Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveitem!
Entenda o Nacionalismo e suas verdades – Parte VIII
Fronteiras
No artigo anterior, explicamos alguns motivos que o federalismo norte-americano não criou um império, mas um Estado-nação. Em suma, a afirmação : “A democracia exige fronteiras, e as fronteiras precisam do Estado-Nação”, é verdadeira. As pessoas dentro de um Estado-nação, definem sua identidade, desempenham a sua nacionalidade e se sentem representados pelo local que pertencem.
O common law dos anglo-saxões cumpre e afirma veemente que a lei é propriedade comum de todos aqueles que residem em sua jurisdição. As leis da mesma emergem da resolução dos conflitos locais e não pela imposição de um órgão, fundação, país ou instituição soberana.
Uma língua e um currículo comuns têm efeito semelhante ao da transformação da familiaridade, cotidiano e hábitos, aumentando assim um vínculo em comum. Essencialmente, os hábitos desenvolvidos pela base da sociedade, entre a livre associação entre vizinhos, resultam em lealdades que não são anexadas ao lugar e à sua história. Exemplo disso: nações podem mesclar-se em unidades mais complexas – veja a ligação entre o País de Gales, a Escócia e a Inglaterra – ou podem dividir-se como os thcecos e eslovacos, ou quando os escoceses reivindicarem sua soberania nacional.
A fronteiras nacionais podem ser vulneráveis ou seguras, com falhas ou impenetráveis, mas independentemente de sua configuração, oferecem aos povos uma identidade, sintetizando e mesclando os direitos dos cidadão, deveres e a fidelidade aos mais próximos, confiando assim uma paz cívica.
Obediência religiosa não define nossa lealdade ou compromisso ao nacionalismo, nação, ao estado de direito ou aos nossos concidadãos.
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Nunes, para Vida Destra, 22/04/2021
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Já fomos Estados Unidos do Brasil, hoje a desunião é a regra. O sistema federativo recentemente foi negado pelo STF ao afirmar que o Juizado Federal do Paraná foi incompetente ao julgar o ex presidente corrupto. Os coiteiros soberanos precisam de reparação pelas ações disformes.
Com toda certeza, amigo Welton Reis. A que ponto chegamos.