Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveitem!
A verdade no Capitalismo
Confiança?
Quando uma economia é realmente livre, os preços de commodities, produtos e serviços são realmente confiáveis e transmitem informações totalmente confiáveis, como já explicado no artigo anterior. O mecanismo de preços produz e retém o conhecimento necessário para uma coordenação econômica. Essa coordenação pode ser prejudicada por vários fatores, como ciclos econômicos, falhas de mercado, conflitos, situações políticas, restrições exageradas e alguns meios legais/jurídicos.
É importante sempre frisar que o livre mercado é uma economia regida por seres vivos. E seres livres são seres responsáveis. As transações econômicas em um regime de propriedade privada têm uma preocupação da distinção do que é meu, seu e do outro.
Sem responsabilidade e prestação de contas, ninguém é confiável, e sem a confiança, todas as virtudes e características atribuídas a uma economia livre, simplesmente não surgiriam. Aliado ao fator confiança, está o fator legal. Nenhuma economia de mercado pode funcionar de forma segura e adequada sem o apoio de sanções morais e legais, criadas para manter os acordos entre os agentes comerciais, além de evitar determinados prejuízos por mau comportamento, devolvendo a quem o causa.
Vale ressaltar que as economias modernas desenvolveram formas de evitar os custos ou de transferi-los, eliminando as sanções do comportamento desonesto ou manipulador. Vimos isso na crise do subprime dos Estados Unidos, em que os bancos negociavam dívidas que ninguém no mercado poderia garantir, nem os próprios bancos. Vimos isso no mercado de fundos hedge, no qual os gestores negociaram com base na realização de apostas de terceiros em atividades suspeitas, que não são controladas por nenhuma das partes da transação.
Esse tipo de negociação é desonesta, quando não é desonesta, é totalmente injusta, pois há a tributação à economia sem contribuição ou contrapartes, provocando o desequilíbrio, bem como a extração de lucros vultosos, enquanto outros são obrigados a ter custos equivalentes, em outras palavras, prejuízo.
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Nunes, para Vida Destra, 19/08/2021
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