Aconteceu aquilo que não queríamos que acontecesse. Passados alguns dias após a divulgação do resultado oficial das eleições, estamos agora na expectativa do que virá pela frente.
O país está vivenciando várias manifestações populares, iniciadas pelos caminhoneiros e abraçadas por muitos cidadãos que desejam manifestar a sua indignação em relação ao processo eleitoral que culminou com a eleição do candidato petista.
Os fatos que nos trouxeram até aqui começaram quando o ministro Ricardo Lewandowski, então presidente do STF, fatiou a Constituição durante a sessão no Senado Federal que julgou o impeachment de Dilma Rousseff e de forma ilegal preservou os direitos políticos da ex-presidente. Esta flagrante violação da Constituição, ocorrida dentro da Casa Legislativa responsável por fiscalizar, investigar e julgar os atos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, ficou impune graças à omissão do Senado e abriu o caminho para que novas violações à Constituição fossem cometidas pelos ministros da nossa mais alta corte.
Tudo foi feito de forma sistemática e planejada para chegar ao objetivo que era libertar e tornar elegível o candidato petista. Ministros mudaram o próprio entendimento com relação à prisão após condenação em segunda instância e mesmo após vários pedidos negados ao longo do processo, decidiram acatar “do nada” o pedido da defesa do petista e anular os julgamentos, que já tinham passado por três instâncias da justiça, por uma questão de foro.
Claro que todos sabem como chegamos até aqui. Mas não podemos nos esquecer do papel fundamental que teve a velha e podre imprensa, que se encarregou das narrativas que levaram milhões de cidadãos ao engano após serem ludibriados por narrativas muito bem fabricadas.
Lula venceu. E agora?
Como defensor da democracia, não vejo alternativa senão aceitar o resultado das eleições. Mesmo que tenha ocorrido fraudes, prová-las de forma contundente e irrefutável é tarefa quase impossível com o nosso atual sistema eleitoral. Além disso, qualquer denúncia de irregularidade ou fraude deve ser levada até o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal Eleitoral, que são os responsáveis pelo sistema que em tese poderia ter permitido (ou até mesmo causado) as supostas fraudes.
Todos vimos o tratamento dispensado pelo ministro Alexandre de Moraes às denúncias feitas em relação às inserções da propaganda eleitoral nas rádios, mesmo diante de provas robustas. Não é possível confiar que denúncias de fraudes sejam bem recebidas pelo ministro, que aliás já andou ameaçando aqueles que contestarem os resultados das eleições, afirmando que serão tratados como criminosos.
Na minha opinião, diante do aparelhamento do Judiciário, e diante das decisões dos ministros das altas cortes de justiça, que não hesitam em atropelar a Constituição para que suas opiniões possam ser transformadas em decisões judiciais, não há meios legais que permitam a reversão dos resultados das eleições, mesmo que fraudes tenham ocorrido e possam ser provadas.
Qualquer contestação, mesmo que devidamente embasada por provas, será tratada como “ataque antidemocrático”, como reação da parte “autoritária e fascista” da nossa sociedade, que não aceita os resultados de uma eleição “democrática”.
Não há meios legais para recorrer, mesmo que tenham ocorrido fraudes e mesmo com todas as irregularidades comprovadas durante o período de campanha eleitoral.
Não sou contra as manifestações que estão ocorrendo, desde que não impeçam as pessoas de circularem livremente. Mas não creio que possam resultar em nada além de enviar um recado contundente ao futuro governo, que desde já saberá que não conseguirá impor as suas pautas com facilidade, já que desta vez enfrentará uma oposição de verdade.
Como cidadão já fiz a minha parte ao apoiar o presidente Bolsonaro e votar nos dois turnos das eleições. Como cristão, me manterei dentro da lei e acatarei o resultado das eleições, deixando nas mãos de Deus o controle daquilo que não posso controlar.
Eu creio no Deus vivo, o criador dos céus e da terra, aquele que é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega, aquele que detém todo o conhecimento e poder. Portanto, não posso agir como se este Deus tivesse “errado” em relação aos atuais acontecimentos. Certamente tudo está acontecendo segundo a vontade d’Ele. Desta forma, vou agir balizado pela Sua Palavra, que nos ensina a respeitar as autoridades constituídas e a orar por elas, para que tenhamos uma vida tranquila. Em nenhum momento as Sagradas Escrituras nos ensinam a nos rebelar contra os governantes. Como nos ensinou Jesus, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Lembrando que quando Jesus proferiu estas palavras, a Judeia estava sob o jugo romano e não há nenhum ensinamento para que os judeus se rebelassem contra César e o Império Romano.
Se ocorreram fraudes, se o governante eleito não tem legitimidade, no momento certo a Justiça Divina agirá, já que a justiça dos homens tem falhado reiteradamente.
Por mais difícil que seja, vou atuar no front espiritual, pois creio que Deus permitiu que tudo isso acontecesse para que o seu povo fortalecesse a sua fé. Portanto não vou agir como um filho mimado que não ganhou o que pediu para o Pai. Afinal o Pai sabe o que faz!
Este é o momento para que a Igreja de Cristo aja como Igreja, com maturidade e focando nos ensinamentos da Palavra. Claro que além de dobrarmos os joelhos e orarmos também temos atitudes práticas que devemos tomar nesse momento. E uma delas é não julgar as pessoas que não souberam votar. Ao contrário, vamos fazer o trabalho que deixou de ser feito nos últimos quatro anos, quando focamos demais nas redes sociais e deixamos de falar com as pessoas nas ruas, na vida real. Essas pessoas se tornaram alvos fáceis para as narrativas da velha imprensa e ninguém chegou nelas para mostrar a verdade.
Enfim, que cada um faça aquilo que julgar correto, e que permaneçam dentro das quatro linhas que nos distinguem dos nossos adversários. Não podemos abandonar a ética, a moral e os nossos valores para nos igualarmos àqueles que tanto criticamos e condenamos. Que cada um reforce a sua fé e tenha a certeza que sua fé está sustentada em Deus.
E que Deus tenha misericórdia do Brasil!
“e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.”
2 Crônicas 7:14
Sander Souza (Conexão Japão), para Vida Destra, 04/11/2022.
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