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Facebook censurou revista científica por questionar vacina da Pfizer

Por Vinicius Mariano                                                                              @viniciussexto

 

O Facebook censurou, em novembro de 2021, o periódico British Medical Journal (BMJ), uma das maiores revistas científicas do mundo, após a publicação de um artigo que questiona supostas práticas irregulares nos testes da vacina da Pfizer. A matéria da BMJ se baseia numa série de e-mails apresentados por uma ex-funcionária da empresa Ventavia, que atuou nos testes clínicos da Pfizer no Texas, em setembro de 2021, e mostram práticas inadequadas, como falsificação de dados, treinamento incorreto dos aplicadores do imunizante e demora para acompanhar os efeitos colaterais relatados no estudo de fase III da vacina.

Os e-mails, que incluem documentos internos, fotos, vídeos e áudios, também revelam que um diretor da empresa tomou conhecimento das irregularidades, mas após acionar o FDA (Food and Drug Administration – a ANVISA americana), foi demitido pela própria Ventavia mais tarde, conforme a reportagem.

Após a publicação da matéria na página oficial da BMJ no Facebook, internautas denunciaram que estavam sendo coagidos pela rede social de Zuckerberg ao tentar compartilhar o conteúdo, recebendo a mensagem “usuários que compartilham notícias falsas podem ter seu alcance reduzido”. Outros também comentaram que, ao clicar no link da BMJ, eram direcionados para a página da Lead Stories, a agência de “checagem independente dos fatos” que presta serviços ao Facebook e censurou a matéria.

A Lead Stories foi além e chamou o site da revista científica BMJ de “blog de notícias” e diz, em sua “verificação independente de fatos”, que “o British Medical Journal não revelou relatórios sobre falhas nos ensaios de vacinas Pfizer para Covid-19”. No entanto, para comprovar a checagem, não apresentou nenhum documento, apenas reproduziu declarações da Pfizer, que “analisou as acusações e concluiu que não foram comprovadas”, e do FDA, que disse que “os benefícios da vacina Pfizer superam em muito os efeitos colaterais raros e os dados dos ensaios clínicos são sólidos”.

Atualmente, ao tentar compartilhar o artigo da BMJ no Facebook, a rede emite um alerta de conteúdo falso e, se o usuário insistir no compartilhamento, a “checagem” da Lead Stories aparece logo abaixo da postagem, que acaba levando um selo de informação “sem contexto”. A BMJ entrou em contato com a agência responsável pela checagem, mas ela se recusou a alterar sua avaliação.

Carta a Zuckerberg sobre censura

Inconformados com a censura à ciência promovida pelo Facebook, editores da BMJ escreveram uma carta aberta ao CEO da Rede, Mark Zuckerberg, criticando a checagem da Lead Stories e cobrando uma solução imediata. No entanto, a carta não foi devidamente respondida e a censura à BMJ no Facebook, ao tentar compartilhar o conteúdo, continua.

 

*Esta notícia pode ser atualizada a qualquer momento

 

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