Outro dia pedi aos amigos que nunca usem o figado, usem a razão, se informem antes, não vão pela primeira opinião, reportagem e/ou postagem, mesmo que de pessoas de confiança.
Pedi isso porque podemos ser cúmplices de enganos e, pior, ajudar a oposição.
Nós estamos a 99 dias do primeiro turno das eleições e o único fato que pode fazer com que o Presidente Bolsonaro — ou qualquer outro governo — perca as eleições é a economia. E essa anda muito bem, apesar de 2 anos de pandemia e a guerra Rússia/Ucrânia.
Taxa de desemprego caindo para 9,4%, menor nível desde 2015, segundo o Ipea. Na outra ponta, a população ocupada em abril chegou a 97,8 milhões de trabalhadores, o maior patamar desde 2012 — PIB crescendo etc.
Porém, hoje, o Presidente tem duas pedras em seu sapato: a inflação…
E a Petrobras — antes do limite de 17% no ICMS imposto aos estados e da queda de preço nas bombas de combustível, como temos observado.
A inflação faz parte do jogo de mercado e, com a produção (oferta) voltando ao normal, a tendência é que caia, mas o preço do gás e dos combustíveis estão enquadrados na oferta mundial — prejudicada, principalmente, pelos embargos impostos à Rússia, segunda maior produtora de petróleo — e, como a oposição está desesperada com o bom desempenho do governo, está usando a Petrobras como narrativa contra o Presidente, tipo: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Por que digo isso?
Porque se o Presidente intervier nos preços do gás e dos combustíveis, as ações da empresa caem, e vão acusá-lo de dar prejuízo à empresa. Se ele deixar o mercado agir normalmente (o certo), vão continuar dizendo ser culpa dele os aumentos, que isso é fácil de resolver — como disse o ex-presidente e Corrupto-Mor, Lula, que mudança de preços na Petrobras pode ser feita com uma canetada —, pura narrativa, pois todos lembram o prejuízo causado pela ex-presidente Dilma no passado.
Inclusive, citei na sala do Space do Momento político — aqui — que o Presidente Bolsonaro, sob a pressão imposta pelas narrativas da esquerda, chegou usar da retórica.
Teve um amigo na sala que chegou a dizer que, então, eu estava afirmando que o Presidente estava mentindo — retórica — e afirmou ele: “o Presidente não mente”.
Aqui abro um parêntese: santa inocência! Todos, em algum momento, mentem! O que não é o caso do Presidente, quando usa da “retórica”, e explico, assim como explico o meu pedido de atenção e cuidado antes de os amigos levarem adiante uma informação sem pesquisar a fundo.
O site Poder360 publicou uma matéria intitulada “Petrobras teve o 2º maior lucro entre petroleiras no mundo”, e um quadro comparativo compartilhado nas redes sociais por várias pessoas da direita — que não se deram conta da armadilha —, demonizando a empresa.
O lucro da empresa é um fato, mas a esquerda pega esse fato e, ao divulgá-lo, o transforma em uma narrativa, escondendo o “como e o porquê” daquilo ter acontecido — as meias-verdades, e as meias-mentiras, como eles chamam.
Perguntado e, na impossibilidade de dar uma explicação (aula) detalhada — por que, assim como seus ministros da Economia e de Minas e Energia, o presidente também sabe o porquê do lucro —, o Presidente Bolsonaro criticou o lucro da Petrobras. Mentiu? Não, usou da retórica no momento — lembram do amigo me acusando de dizer que o Presidente mente? — mais tarde, a explicação veio através de seu ministro de Minas e Energia.
O que a reportagem do site Poder360 não fala é que, diferentemente das outras petroleiras do gráfico, o carro-chefe da Petrobras não é o refino e venda de combustíveis — pois nossas refinarias são antigas e não refinam o petróleo extraído aqui, por falta de capacidade técnica — e, sim, a exploração e exportação do petróleo que, com o dólar em alta, faz crescer em muito o lucro da empresa.
Abro outro parêntese: se não fossem os desvios e desmandos da época dos governos petistas, tais como: refinaria de gás construída na Bolívia e dada de presente aos bolivianos, compra de refinaria sucateada e enferrujada (Pasadena-EUA) e várias refinarias usadas para corrupção e lavagem de dinheiro, que nunca foram terminadas como: Premium I (Maranhão), Premium II (Ceará) e Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), seriamos autossuficientes no refino de petróleo, não precisando usar paridade do dólar na política de preços.
E como sabe ser impossível mexer nos preços e/ou nos lucros da Petrobras, o Presidente e seus ministros — sem retóricas — cortaram os impostos federais dos combustíveis, além de articularem o PL 18/2022, que limita em 17% o ICMS (estados) não só sobre os combustíveis, mas sobre todos os bens e serviços essenciais relativos à energia elétrica, às comunicações e ao transporte coletivo.
Jogada de mestre que baixou os preços dos combustíveis, como já pode ser visto em vários estados.
O fato é que não devemos cair nas artimanhas da esquerda, mas devemos sempre procurar e pesquisar contrapontos, mesmo quando o assunto advém de um fato ou de pessoas confiáveis, para evitarmos dar munição aos inimigos, alimentando narrativas, colocando mais ainda o Presidente nas mãos da esquerda.
Adilson Veiga para Vida Destra, 05 de julho de 2022.
Vamos discutir o tema! Sigam-me no Twitter @ajveiga2 e no GETTR @ajveiga2
Receba de forma ágil todo o nosso conteúdo através do nosso canal no Telegram!
Sensacional, Adilson! A esquerda quer nos tirar do sério, tenta minar nosso ânimo como povo. Estamos atentos!
Eles não descansam nunca, minha amiga!
Obrigado pelo comentário!