Muito embora o ano tenha iniciado a praticamente três semanas, este é o meu primeiro artigo de 2022. Então, já começo dizendo que, ainda que eu não seja vidente – e nem pretenda – já posso afirmar, sem medo, que teremos um ano agitado.

Não falo isso, obviamente, apenas pra lembrar que este é um ano eleitoral, e que, consequentemente, serão realizadas eleições gerais. Teremos cerca de ⅓ do Senado – além do Congresso Nacional e das Assembleias Estaduais – totalmente modificados. Mas também haverá troca de comando no poder executivo. E é aí que a coisa complica.

E se complica não só pelo fato de termos um corrupto solto e com condenações anuladas, o que o torna elegível; mas também porque vimos, graças às redes sociais, o que esses políticos fizeram nos últimos quatro anos. Com raras exceções, poucos trabalharam. Certamente, vão querer mostrar serviço ao longo do ano.

Mas como estamos falando do país do futebol, do carnaval e onde tudo termina em uma bela pizza, é bom que o pessoal fique atento ao que os nossos amigos de toga podem aprontar até outubro. Nunca se sabe o que passa na cabeça dos senhores que, verdadeiramente, mandam no país.

Só pra terminar esse texto, já que a temporada mal começou, que tal o início de um certo “reality show”, tão famoso quanto o Cristo Redentor? Parece que o ano só inicia depois que todo mundo resolve dar uma ‘espiadinha’. E a farra só acaba durante a folia de Momo. Literalmente.

Feliz ano novo, Brasil. Ou não.

“Não pedi coisas demais pra não confundir Deus que à meia-noite de ano novo está muito ocupado“. (Clarice Lispector)

Lucia Maroni, para Vida Destra, 21/01/2022.                                                              Sigam-me no Twitter, vamos debater o tema! @rosadenovembroo

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