Mianmar, país localizado no sudeste asiático, viu a sua jovem democracia ser encerrada de forma abrupta pelos militares que, dez anos após concordarem em ceder o poder a um governo civil, resolveram tomá-lo de volta.
No dia 1° de fevereiro deveria ter ocorrido a primeira sessão do Parlamento, que validaria os resultados das eleições realizadas em novembro do ano passado, e o partido Liga Nacional para a Democracia (NLD), da ativista política e prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, deveria ter iniciado um segundo mandato à frente do governo.
Porém o Exército impediu a sessão e a ativista política, bem como outros políticos, foram presos. Uma Junta Militar assumiu o governo, e Myint Swe se tornou o presidente em exercício do país. Em um comunicado, o novo mandatário alegou fraudes nas eleições para justificar a tomada do poder e a imposição de um estado de emergência, que vigorará por um ano. Porém não há indícios de fraudes em relação às eleições.
A população não deve aceitar tal golpe sem protestar, depois de viver uma década sem os militares no poder. Tal golpe, além de ser um ataque à democracia, também poderá representar grandes perdas econômicas ao país que tentava abrir o seu mercado e atrair investimentos estrangeiros. Porém, a partir de agora, investidores não-chineses poderão ter dificuldades em atuar no país, pois não são bem vistos pelos militares.
Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia e Austrália se manifestaram contra o golpe e pedindo a libertação dos presos políticos. Índia e China informaram que estão acompanhando atentamente a situação no país.
Vamos discutir o Tema. Sigam o perfil do Vida Destra no Twitter @vidadestra !
Essa notícia poderá ser atualizada a qualquer momento com mais informações.