Créditos:
Artigo de Ayrton Pisco. Mini currículo : Foi professor e diretor da Escola de Música de Brasília. Ele é maestro e violinista. Perfil no Twitter : @ayrtonpisco
Bolsonaro tem sido protagonista de atritos faiscantes com a imprensa, o Congresso e o STF, todavia com o povo ele tem colecionado a simpatia geral da população, sendo aclamado com paixão por onde passa.
Eu fico pensando: já pensou se fosse o contrário?
A esquerda sonha em repetir no Brasil o enredo que incendiou o Chile e a França, com manifestações populares no melhor estilo esquerdista: com incêndios, depredações, saques e prisões. Ficou, até agora, só no sonho.
Até aqui não deu certo, justamente por causa do apelo popular de que desfruta Bolsonaro, justamente graças a esta “inabilidade” em lidar com crises e provocações, esta inabilidade que o faz ser franco, emotivo, direto e politicamente incorreto.
É justamente esta franqueza, frequentemente inesperada para quem ocupa este cargo, que o aproxima do povo, do cidadão que está sufocado pela ditadura do politicamente correto, que impõe frases de efeito que não dizem nada, cara de paisagem e manifestações de apreço ao senhor parlamentar.
Se fosse pensada como estratégia por um marqueteiro, dificilmente seria mais genial.
A esquerda persiste tentando criar uma narrativa que possa erodir a popularidade do Bolsonaro. De torturador, misógino, miliciano, golpista, fascista, genocida, já temos uma coleção enorme de tentativas que, uma após outra, fracassaram.
Se fosse o contrário, Bolsonaro politicamente correto, desviando como um bailarino das cascas de banana lançadas pelo Congresso e a imprensa sem ofender ninguém, costurando com o STF, com um discurso estéril para não ofender os nobres deputados ou os impolutos jornalistas, não gozaria do apelo popular que tem, não seria o presidente que resgatou da garganta do povo o grito sufocado por anos de ditadura do politicamente correto que nos impôs verdades, dogmas e pretende nos obrigar a afetar indignação seletiva.
A maioria dos analistas e até bons quadros de direita, como Janaína Paschoal, Kim e outros ainda não perceberam isso.
Será que, se não fosse o que é, ele sobreviveria tendo que aprovar pautas impopulares necessárias para recuperar o país ou seria esmagado pela sinfonia de horrores que o PT sonha em reger no Brasil?
Excelente artigo!
A análise foi muito boa, parabéns. Mas colocar Kim catacoquin e Janaína Paschoal, dois liberais hipócritas, como conservadores foi um tanto quanto infeliz. Bom domingo.