Pensei muito antes de escrever esse artigo, até porque estava fazendo uma tentativa (vã, confesso) de fugir do assunto que ultimamente tem monopolizado as atenções nas redes sociais. Mas como não falar da CPI do Pão e Circo, já que a cada semana se supera na sua patetice? Quando se pensa que já viu de tudo, os comandantes dessa esparrela conseguem ser ainda mais cômicos. Pra não usar um termo ainda mais depreciativo.
Tem um sábio ditado popular que diz que “tudo o que começa mal, acaba mal”. Quem aí em sã consciência acha que, uma CPI que teve sua origem por ordem de um ministro do STF; que tem em seu comando um sujeito feito Renan Calheiros (MDB), cuja pilha de 17(!!!) processos está parada na Suprema Corte; com outro senador – Omar Aziz (PSD) – cuja família está envolvida em esquema de corrupção por desvio de dinheiro (pasmem!) da saúde na casa dos R$ 260 milhões. Além de Randolfe Rodrigues (REDE), cujo mérito foi conseguir que o DPVAT não fosse extinto pelo governo federal.
Não à toa, a população que ainda teima em assistir o show de horrores que acontece no senado, não só rotulou a CPI de circence, como apelidou carinhosamente o trio acima mencionado de “três patetas”, referindo-se ao clássico de Hollywood. Só que com uma diferença: ao contrário do trio original – Moe, Larry e Curly-Joe – que sabia fazer rir até com um humor mais ingênuo e encantar gerações, o trio do senado, além de ser uma verdadeira tragédia, faz o povo de palhaço.
Até onde isso vai? Ninguém sabe. Que o desejo deles é transformar o país num imenso picadeiro, não é segredo pra ninguém. Mas daí a querer fazer um país inteiro de palhaço, a distância já é grande. E se depender da vontade da população, cansada de tanta marmelada, ninguém mais vai dar palco – tampouco holofote – pra maluco dançar.
“Eu continuo sendo um palhaço, o que já me coloca em um um nível mais alto do que o de qualquer político“. (Charles Chaplin)
Lucia Maroni, para Vida Destra, 02/07/2021. Sigam-me no Twitter, vamos debater o tema! @rosadenovembroo
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O pior de tudo que pode caminhar apenas para o circo, e tomarem o pão do povo.