Deus é o Deus da “justiça social”. Essa é uma mensagem ouvida em muitas das igrejas e sinagogas na América e no Ocidente hoje. Aqui está um grande problema. A Bíblia não diz isso, realmente. Disse Isaías: O Senhor Deus é um Deus de justiça (Isaias 30:18-19). Você encontrará muitas referências à Justiça na Bíblia, mas nunca pela palavra “social” a sucederá.
Provavelmente você está pensando: qual é a diferença? Deus é não é o Deus da justiça e da “justiça social”? Não, se ele for consistente. Veja bem, Deus não pode ser Deus de Justiça e de da “justiça social”, porque “justiça social” não é justa. Justiça é quando você obtém o que você merece sem favor. Já pela “justiça social” é conseguir o que você não merece porque é favorecido.
A Justiça é cega. A “justiça social” não é! Digamos, que um homem rouba uma loja, a justiça exige que ele seja julgado em um tribunal de justiça e se ele é considerado culpado ele é punido. Mas não é assim que a “justiça social” funciona. A “justiça social” não pergunta apenas se a pessoa é culpada: ela pergunta sobre a condição econômica; ela pergunta se é pobre ou rico, ela pergunta sobre sua educação; ela questiona que tipo de infância ele teve; também sobre sua raça ou etnia: seria ele de um grupo historicamente oprimido? A Justiça exige que todos sejam iguais nos termos da lei.
A “justiça social” exige que todos sejam iguais economicamente, socialmente e qualquer maneira possível. A Justiça pergunta: o que ele fez? Já a “justiça social” pergunta: por que ele fez? Perdida em todas essas considerações da “justiça social”, deixa de ser responsabilidade do indivíduo o que ele fez. É por isso que os advogados da “justiça social” abandonaram o termo “justiça”.
Eles consideram a Justiça sozinha como injusta. E as vezes é. Um homem que foi espancado por seu pai e abandonado por sua mãe efetivamente tem mais probabilidade de cometer um crime violento do que um homem criado em um lar amoroso, mas esses fatos não poderiam e não deveriam determinar sua inocência ou culpa. Por que? Porque a Justiça é, acima de tudo, sobre verdade: uma pessoa é culpada ou inocente do crime? Nenhum de nós é onisciente. Não sabemos por que as pessoas fazem o que fazem. Afinal de contas, grande maioria das pessoas criadas em lares abusivos não cometem crimes violentos. Nem a grande maioria das pessoas que são membros de um grupo historicamente oprimido devem ser consideradas vítimas, e por conseguinte, “inocentes” de quaisquer atrocidades que cometam. Ter um histórico familiar trágico ou pertencer a um “grupo oprimido” não é desculpa para magoar ou ferir outras pessoas.
E aqueles que são feridos – as vítimas desses crimes que esses “oprimidos” cometeram? Não deveriam eles e outros cidadãos cumpridores da lei ser os primeiros as serem considerados? Os advogados da “justiça social” dizem que não – aliás, consideram esses cidadãos como “opressores”! Dizem que precisamos de “justiça social” para equilibrar as coisas. E isso significa favorecer os que não têm perante os que têm – o pobre sobre o rico, a mulher perante o homem, o negro sobre o branco.
A Bíblia não vê o mundo dessa maneira. De fato, ele fala contra isso em termos muito explícitos.
Aqui está uma lei no livro de Êxodo: “Não perverter a justiça, tomando partido da multidão, e não mostrar favoritismo a uma pessoa pobre em uma ação judicial ” ( Êxodo-23: 1-3 ). Aqui está um em Levítico: “Não pervertam a justiça, não mostrem parcialidade para com os pobres ou favorecem o grande, mas julgue seu próximo com justiça” Levitico (19:15). Moisés, o maior legislador da Bíblia, declara em Deuteronômio: “Sigam a justiça e a justiça apenas” Deuteronômio (16-20). O Novo Testamento declara no Livro de Romanos: “Deus não mostra parcialidade” Romanos (2-11:16).
Nada disso significa, entretanto, que não haja lugar para compaixão e perdão em um sistema de Justiça. Certamente, a Bíblia está preocupada com a proteção da viúva, do órfão e do infeliz, mas a compaixão e o perdão seguem a Justiça, não o contrário. Ou seja, primeiro se verifica a culpa, depois pode-se aplicar o perdão, caso a caso.
A Justiça por si só é compassiva primeiro com as vítimas do crime e seus entes queridos e depois com o criminoso: como você pode se tornar um ser humano melhor, se você reconhece primeiro que fez algo errado, para depois se seguir também o arrependimento. É por isso que sempre que colocamos um adjetivo depois da palavra “justiça” não temos mais Justiça! Justiça econômica, justiça racial, justiça ambiental – qualquer forma de justiça “social”, que busque “corrigir” a Justiça Real, mina a ela própria.
Então, se a “justiça social” não é um conceito bíblico, por que tantas igrejas e sinagogas a promovem? Porque muitos cristãos e judeus não consideram mais os princípios bíblicos vinculativos. Porque é muito mais fácil dispensar compaixão que mantém as pessoas em uma discussão bíblica, e porque o esquerdismo substituiu a Bíblia em muitas casas de culto – o esquerdismo, como princípio orientador, sustenta que os fracos são bons e os poderosos são ruins. É por isso que a grande batalha de nosso tempo é entre valores judaico-cristãos e valores de esquerda. O primeiro está enraizado na justiça, o segundo não.
Texto e vídeos originais de Allie Beth Stuckey – Apresentadora Blazetv Para a Prager University.
Link do vídeo do youtube:
Caravana, para Vida Destra, 05/05/2020
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A parcialidade como regra. É isso que pregam os baderneiros de plantão. E o STF criou mais uma maneira de blindar a verdadeira justiça: o entendimento. Um perigo.
Sim, Ana, não temos mais segurança jurídica.
Infelizmente o relativismo tomou conta do mundo.
Sempre um enorme prazer os artigos do Vida Destra …
Obrigado pela leitura!
Excelente! O que temos hj também é a tentativa de convencimento por meio da teoria pura e simples. E, pior, muitos caem nessa armadilha e passam a viver em mundo paralelo, irreal. É também o que acontece com quem acredita nas mentiras da mídia podre, passam a viver uma “realidade” paralela, em um mundo virtual. O meu pai me contava que foi criado dos 9 aos 18 anos em um seminário que também era orfanato, depois que a minha avó morreu. Todos os alunos eram criados exatamente da mesma forma. Alguns se tornaram criminosos, outros tantos, trabalhadores; e muitos se formaram padres. É um laboratório que prova que a teoria, por mais convincente que possa parecer, muitas vezes não reflete a vida real, e esta é a que nós vivemos.
Sim Gogol, muitas falácias progressistas.
muito bom! novamente parabens