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Mas o gado é coletivista!

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A partir de hoje, estaremos publicando quinzenalmente, às segundas-feiras, artigos escritos pelos articulistas do site SER CONSERVADOR, para deleite dos nossos leitores. Apreciem!

Mas o gado é coletivista!

Por Rogério Lemos                                                                                                        @lemosrogerio4

 

Já procurei demasiadamente uma lógica em chamar direitistas e/ou conservadores de gados, porém até o momento ainda não encontrei.

Em busca no dicionário encontrei que, por gado entende-se o conjunto de animais que foram criados pelo homem para aumentar a sua produção, serviços agrícolas, consumo doméstico, comercial ou industrial. A sua criação pode ser dividida em criação de gado em sistema intensivo, semi intensivo, extensivo e semi extensivo.

Na pecuária intensiva os animais são confinados em pequenos espaços. Com o uso da tecnologia é possível monitorar o gado e maximizar os resultados.

Já na pecuária extensiva os animais são deixados livres para pastoreio em uma grande extensão.

Depois voltaremos aos tipos de pecuárias supracitados.

Além disso, sabemos que, os gados são criados em rebanhos, aglomerados, ou seja coletivamente.

O que é coletivismo?

Trazendo o coletivismo para o contexto humano, temos o conceito que é, qualquer perspectiva filosófica, política, religiosa, econômica ou social que enfatiza a interdependência de todos os seres humanos.

Contudo, o que distingue o coletivismo do realismo conceitual ensinado pelos filósofos são as tendências políticas implícitas. Afinal, o coletivismo transforma a doutrina epistemológica em uma pretensão ética.  Ele diz às pessoas o que elas devem fazer. Cada entidade coletivista idolatra seu próprio ídolo e é intolerante com todos os ídolos rivais.  Cada uma ordena a total subjeção do indivíduo; todas são totalitárias.

Desta mesma forma, funciona o sistema entre o gado e o seu dono. O nosso contexto é para tentar entender se, chamar direitistas de gado fez mesmo sentido ou se não é apenas mais um ato da máxima de Wladimir Lenin: “acuse-o do que você faz e xingue-os do que você é”. Então, o termo Gado será usado para representar as massas – os cidadãos; e o dono, obviamente, representará o Estado – governo.

Trazendo para o nosso cenário, temos a percepção de que o estado necessitará ser centralizador e autoritário, afinal o dono é quem dita todas as regras da fazenda ou pasto e o cidadão-gado, deverá ser altamente obediente e dependente do estado-governo ou no caso da alusão; o dono do gado.

Então, a forma como vivem os gados são mais parecido com o comportamento dos direitistas e/ou conservadores, ou com o dos esquerdistas e/ou revolucionários?

Para melhor compreensão do que veremos, vamos para as definições por parte.

Quais as principais características que definem o que é esquerda e direita?

Segundo o economista e doutor em finanças Alan Ghani:

O pilar central para distinguir a direita da esquerda é o papel que o Estado deve exercer sobre a sociedade. Enquanto a esquerda acredita que a redução da pobreza e a representatividade dos direitos de cada um ocorrem pela maior participação do Estado na vida social, a direita, ao contrário, defende a redução estatal como forma de tirar pessoas da pobreza, respeitando a liberdade individual dentro das regras estabelecidas pela sociedade“.

O filósofo italiano Norberto Bobbio, em seu livro Direita e Esquerda, apresenta diversos elementos diferenciadores. Embora não constituam blocos homogêneos ou coerentes, pode-se admitir que a esquerda se orienta essencialmente para a promoção da igualdade e para a mudança da ordem social. Já a direita concebe a desigualdade como algo intrínseco à humanidade e apoia as tradições e a preservação da ordem social.

Como vemos a esquerda defende uma revolução quando se dizem em prol da mudança da ordem social e a direita tende a serem conservadores, quando defendem as tradições e preservação da ordem social.

Ainda segundo Bobbio, a direita apoia o individualismo enquanto a esquerda apoia o coletivismo.

Revolucionários e Conservadores

Revolução (do latim revolutìo, ónis, “ato de revolver”) é uma mudança abrupta no poder político ou na organização estrutural de uma sociedade, que ocorre em um período relativamente curto de tempo.

A essência de uma revolução é a centralização do poder. Engels já sabia disso desde cedo, e fez questão de nos lembrar disso ao longo de vários anos. Não há nada mais centralizador do que uma revolução, disse em seu texto “Sobre a autoridade” de 1873.

Todas as revoluções ocorridas na história geraram uma centralização do poder, olhem para a revolução no Irã, Afeganistão, Cuba e todas as outras.

“Mentalidade revolucionária” é o estado de espírito, permanente ou transitório, no qual um indivíduo ou grupo se crê habilitado a remoldar o conjunto da sociedade – senão a natureza humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente ou portador de um futuro melhor, está acima de todo julgamento pela humanidade presente ou passada, só tendo satisfações a prestar ao “tribunal da História”.

Por que os revolucionários são coletivistas?

Há muitas diferentes tipologias de revoluções na ciência social e literatura. Por exemplo, o erudito clássico Alexis de Tocqueville diferenciou:

1.     revoluções políticas;

2.     revoluções súbitas e violentas, que procuram não só estabelecer um novo sistema político, mas transformar uma sociedade inteira e;

3.     lento, mas profundas transformações de toda a sociedade que toma várias gerações para trazer (ex: religião).

Contudo, outros tipos de revolução, criados para outras tipologias, incluem a revolução social, então vamos focar nas revoluções que estão com mais proeminência no ocidente ou no Brasil, onde os direitistas são chamados de gado, que é revolução proletária ou revolução comunista inspirada pelas ideias do marxismo, que visa substituir o capitalismo com o comunismo. Aqui vale salientar que, hoje o termo revolução proletária já não é muito utilizado devido aos avanços tecnológicos e a elevação dos padrões de vida dos trabalhadores, o que deixou essa “classe operária” confortáveis e acomodados, ou seja, a visão de Marx sob o proletário era extremamente equivocada.

Porém, para não ficarem socialmente isolados e politicamente ineficazes, “os revolucionários têm de encontrar algum outro grupo social cujo conflito de interesses com o resto da sociedade possa ser explorado. Mas não existe nenhum que tenha com a burguesia um antagonismo econômico tão direto e claro, um potencial revolucionário tão patente quanto aquele que Karl Marx imaginou enxergar no proletariado.”

Em seu artigo “Regra Geral”, Olavo de Carvalho diz: “Não havendo nenhuma ‘classe revolucionária’ pura e pronta, o remédio é tentar formar uma juntando grupos heterogêneos, movidos por insatisfações diversas. Daí por diante, quaisquer motivos de queixa, por mais subjetivos, doidos ou conflitantes entre si, passarão a ser aproveitados como fermentos do espírito revolucionário.”  Os chamados lumpemproletariados, daí a importância da coletivização sob qualquer pretexto ou reclamação. Então quem esta mais propenso a isso do que a juventude?

Já pararam para pensar que, sempre celebram a juventude como uma época de rebeldia, de independência e amor a liberdade? O jovem que sempre é incentivado a ter o espírito de rebanho, fazer parte de uma tribo, temer o isolamento e ter a ânsia de se sentir iguais e aceitos pela maioria cínica e autoritária? Também incentivado a tudo ceder para com os sujeitos bacanas?

E os conservadores, por que não são coletivistas?

Como vimos:

Segundo o historiador Danilo Cavalcante:

“Ser coletivista é abrir mão da sua autonomia de pensamento e vendê-la a determinado grupo somente para que ele o aceite. O coletivismo é autoritário e esmaga pensamentos divergentes. Ser conservador é, em essência, ser cético -neste caso, a grupos que arrogam para si a autoridade de promover uma catarse profunda no mundo. O conservadorismo valoriza a vida em comunidade, mas representa força em oposição ao coletivismo”.

Em relação aos tipos de pecuária desenvolvidas, e já mencionadas anteriormente, vimos que os tipos são:

intensiva e extensiva, onde, desta forma, podemos classificar os gados–cidadãos, há também dois tipos de tratamentos perante seu dono, o Estado.

Na pecuária intensiva, onde os gados são tratados em menor espaço, logo em menor quantidade, podemos incluir os membros de um determinado partido, ou os funcionários do estamento burocrático, pseudo intelectuais, dentre outros.

Na pecuária extensiva onde vivem “livres” -sim, merece aspas, afinal, vivem dentro de um cercado, podemos incluir todo o povão -ou os proletas, como diria George Orwell.

Orwell, como socialista, sabia muito bem como funcionava um sistema comunista após suas respectivas revoluções e tratou corretamente como viviam os membros do partido (pecuária intensiva) e os povão ou proletas (pecuária extensiva) em sei livro 1984.

Os proletas representam a maioria e são exatamente estes que possuem o poder de derrubar o totalitarismo, porém estes precisam primeiro reconhecer seus poderes e perceber que de fato não são livres, apenas vivem soltos em um pasto controlado. Mas como terem tal percepção? Afinal é investido muito em suas doutrinações, seja nas escolas ou mídias.

Ultimamente, no contexto da pandemia do vírus chinês, temos visto muita gente chamando pessoas da direita de gado por não serem a favor do isolamento horizontal, obrigatoriedade das máscaras e das recomendações da dubitável OMS. Porém, aceitar tudo isso, sem questionamento, não é o que seria uma atitude “gadista”? Pois, é o gado quem é altamente dependente do Estado–dono do gado, para cuidar de si.

Então, como vimos, os esquerdistas, além de revolucionários e coletivistas, possuem como suas características fundamentais a participação maciça do Estado na sociedade, para que este o diga o que deve ser feito, preferem terceirizar ao máximo suas responsabilidades ao passo que permitem ainda mais participação do Estado na vida dos cidadãos, ao contrário, pensam os direitistas, principalmente os conservadores, que o governo deva estar sujeito à ordem que governa e limitado pela premissa da sua conservação. O conservador será sempre, por essas decisivas razões, avesso a todas as formas de totalitarismo. “A ordem da sociedade não é o todo da ordem e não pode haver um soberano absoluto ou qualquer tipo de poder ilimitado.”

Sabendo de todos esses fatores, quem é o gado?

 

 

Ser Conservador para o Vida Destra, 15/02/2021.                                                  Visitem o nosso site: serconservador.com.br                                                           Sigam-nos no Twitter: @conservador_ser

 

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4 COMMENTS

  1. Boas vindas ao “Ser Conservador”. Gado é aquele que não consegue ter vontades próprias e pensar com a própria cabeça. É aquele que precisa de “seres iluminados” para lhe dizer quais são suas vontades.

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