Na live presidencial de 07 de abrir de 2022, o presidente do Inmetro, Marcos Heleno Guerson, disse que foi formalizada uma parceria com a PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), o Laboratório Labelo (Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica) e o organismo da Coréia do Sul de Certificações PCN, visando a implantação da infraestrutura de qualidade tão necessária para o Inmetro, com a construção de um laboratório de testes de baterias elétricas em Porto Alegre (RS), que ficará pronto até novembro de 2022.
Tal certificação é imprescindível para o Inmetro no desenvolvimento do carro elétrico, porque, caso não se possa testar as baterias, avaliar e dar um padrão de certificação, qualquer empresa brasileira que queira desenvolver as baterias teria que enviá-las para o exterior, o que se tornaria extremamente inviável. Mormente que o papel do Inmetro é dar suporte e qualidade ao produto que será comprado.
Tendo em mente que o mundo está caminhando para que, até 2035, 60% dos carros sejam elétricos, o que garantiria maior sustentabilidade e uma agenda verde para o país, a fim de que possa atingir as metas estabelecidas nas COPs (Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), o Inmetro participou pela primeira vez da Expo Dubai 2020.
Lá, assinou-se uma carta de intenção com o Korea Testing Laboratório (KTL), um dos laboratórios mais avançados do mundo para ensaio de produtos. A parceria prevê a transferência de metodologias de testes em bateria de veículos elétricos, para assegurar que os veículos comercializados no Brasil tenham baterias seguras e de qualidade, conforme notícias do website Gov.br, de 04 de abril de 2022.
Inclusive, a construção do laboratório não necessitará de recursos públicos, já que foram obtidos R$ 17 milhões em Dubai, podendo chegar a R$ 420 milhões, permitindo à indústria brasileira desenvolver o carro elétrico no Brasil — atendendo uma demanda mundial por carros econômicos e menos poluentes —, gerar empregos e testar as baterias. Será o primeiro laboratório na América Latina, podendo exportar tecnologia e conhecimento aos países vizinhos, dentro do modelo de governança entre governo, empresa e academia, afirmou Guerson.
O Grupo Moura defende a importância da infraestrutura de qualidade, que contribui para a concorrência leal e correta, dentro dos padrões, inclusive está antenado para as questões da eletrificação veicular, conforme notícia do website Gov.br, de 04 de abril de 2022.
O Presidente Bolsonaro disse, na live, que a energia elétrica provém de hidrelétricas, energia solar, eólica, da queima de combustíveis fósseis, do bagaço de cana e de biodigestores. Mas que, segundo informação do ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, estão desenvolvendo 2 protótipos de baterias de nióbio, no Laboratório Nacional de Luz Sincroton (LNS), em Campinas.
A bateria seria armazenada com um supercondutor com nióbio, stênio, cobre e titânio, aliado ao fato de que, diferentemente das baterias de lítio, não teria efeito memória — descarrega com o tempo e é passível de descarte —, o que a tornaria quase perpétua. Além do nióbio, existe a possibilidade da bateria carregada por grafeno.
Segundo o Presidente Bolsonaro, o Brasil é rico em matéria-prima. Temos toda a tabela periódica no solo brasileiro; o que não tem cabimento é levarem nossas riquezas naturais e recebermos uma canoa de laptops. Temos que agregar valor. O BRASIL TEM FUTURO. É investimento em ciência e tecnologia. E, no carro elétrico, grande parte é a bateira, que você tem múltiplas fontes de armazenamento, com velocidade e sem aquecimento.
Quando me debrucei para redigir o artigo sobre energia nuclear, li sobre o contrato Brasil e Alemanha, de 15 anos, sobre transferência de tecnologia para desenvolvimento do reator nuclear em território nacional, mas a que custo, envio de carregamentos de URÂNIO IN NATURA para o exterior. O importante é a busca de parceiras com ganho de tecnologia.
De acordo com o Presidente Bolsonaro, 38% do nióbio do mundo está em solo brasileiro, principalmente em uma mina em Catalão, que foi vendida integralmente ao capital estrangeiro no Governo passado. UM ABSURDO! Mas existe também em Araxá, onde 70% do capital é brasileiro e 30%, estrangeiro. E também em São Gabriel da Cachoeira (AM), na Região dos Seis Lagos.
No que concerne à pesquisa e lavra de recursos minerais, o § 1o do artigo 176 da CF dispõe:
A pesquisa e lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União (grifo meu) no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
Entendo que a autorização de um serviço público é um ato que não tem prazo certo e determinado, podendo o Poder Público fazer o desfazimento a qualquer momento. Já a concessão pública, aguardamos o final do contrato de exploração para não renovação, uma vez que a mina não se exaurirá até lá, oportunizando o retorno da nossa riqueza para o Brasil, a fim de abastecer as baterias dos carros elétricos.
Agora, para surpresa geral da ex-presidente Dilma Roussef, sobre a tecnologia para estocar vento, o Presidente Bolsonaro disse que está bastante incipiente, mas já está no papel. O Nordeste pode produzir, em poucos anos, o equivalente a 10 usinas de Itaipu, basta que torres eólicas sejam instaladas no mar para produzir hidrogênio verde. OLHA O POTENCIAL DO BRASIL! Esta energia também pode abastecer os nossos veículos.
A propósito, segundo o Global Wind Energy Council, o Brasil subiu no ranking mundial para 6a posição na produção de energia através da energia eólica, com 21,5 gigawatts de potência instalada e recorde de expansão de capacidade de energia elétrica, conforme notícia da Segov, de 10 de abril de 2022.
Voltando ao tema dos carros elétricos, a Great Wall, fabricante privada chinesa de carros, instalou uma fábrica em Iracemápolis (SP) e pretende começar a comercializar, no primeiro trimestre de 2023, 100% de carros elétricos ou híbridos, tipo SUV ou picapes, conforme notícia da CNN, de 08 de fevereiro de 2022.
No caso dos carros 100% elétricos, a Great Wall diz que os modelos 100% elétricos utilizarão baterias com até 85 KWh de capacidade, sem uso de cobalto, material raro e caro. Já os híbridos serão alimentados por uma bateria de 45 kWh de capacidade, que movimentará os veículos através de um propulsor elétrico. Existe a possibilidade de híbridos, do tipo plugável, em que as baterias seriam carregadas na tomada ou utilizariam carregadores rápidos, que podem recuperar 80% da carga em 30 minutos.
Concluindo, demos um excelente passo com a instalação dos testes de baterias no Brasil, quiçá com as baterias a nióbio alimentando os veículos produzidos no território pátrio, sem poluição, com o desenvolvimento da indústria brasileira, propiciando mais empregos, crescimento econômico e com tecnologia. O Brasil é nosso!
Luiz Antônio Santa Ritta, para Vida Destra, 13/04/2022.
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A previsão do lançamento “Comercial” das baterias é a partir de 2024, nessa época provavelmente teremos o protótipo do Reator de Fusão Nuclear, e o reator de Fissão Nuclear (Seguro e portátil) da Tesla em funcionamento.
A energia eólica não deve ir para frente no futuro, acredito que muitas hélices espelhadas pelo mundo irão alterar a circulação planetária do Ar, já li comentários sobre isso em algum lugar.
No mar podemos Usar a energia das ondas, e painéis Fotovoltaico nos açudes (Que já está em teste no Brasil).
@RJ_em_Alerta de onde você retirou esta previsão de lançamento comercial de baterias, poderia me dizer a fonte. Segundo, os protótipos de reatores nucleares da Tesla saíram a que preço Acredito, que em Campinas estão desenvolvendo com tecnologia brasileira no Laboratório Nacional de Luz Sincroton, com custo melhor. Já as hélices espelhadas, não seria hélice espalhadas no mundo. Cite-me a fonte. Já o mar, vai viajar na maionese!