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O ônus de se ter uma geração relativista

Há muito tempo eu venho ouvindo que a atual geração que está saindo da adolescência, ou até mesmo os que já estão quase na casa dos 30 anos – mais precisamente dos anos 90 para cá – é uma geração perdida. Claro que aqui dá para colocar uma parcela de culpa nos pais, especialmente os da minha idade, que deixaram a criação dos filhos “correr solta”.

Com o passar dos anos, e com pais cada vez mais ausentes, essas crianças (que obviamente cresceram e estão no auge da juventude) tinham que buscar, senão na própria casa – e muito provavelmente fora – maneiras de não se sentirem sozinhas. E nessa brincadeira de querer se enturmar, vale até mesmo relativizar as bobagens que o parceiro faz. Ou mesmo as suas próprias.

Qual o problema de se beber em demasia? Em se usar drogas? Em se passar pano para os crimes que o seu político de estimação comete, o famoso “rouba, mas faz”? Ou mesmo para os absurdos que ele fala, relativizando as misérias da população?

Claro que, nesse sentido, os anos em que a esquerda comandou o país ajudaram – e muito – para que esse cenário devastador se desenhasse. Afinal de contas, foram anos comandando o país e o aparelhando em todos os níveis. A vida, na concepção dessa gente, não vale absolutamente nada – a não ser, é claro, que se possa fazer dela um palanque para discursos inúteis. E isso vale também para a questão do aborto, tão intensamente discutida – e combatida.

Infelizmente, parece que a necessidade de se “passar pano” para toda e qualquer bobagem que o outro faz se alastrou, de tal maneira que as pessoas estão cada vez mais cegas. Isso para não dizer idiotizadas. Com isso, toda e qualquer tentativa de se colocar um freio moral, através da religião, é tida como retrocesso.

Não se pode mais, em nome do politicamente correto, sequer proteger os mais vulneráveis, as crianças. Nem estas estão sendo poupadas da sanha autoritária de meia dúzia de gênios “iluminados”. Vão querer que até mesmo os pequenos se tornem escravos do relativismo.

Se não agirmos com firmeza, o futuro da humanidade será sombrio. Nossos jovens caminharão, às cegas, para o precipício. Ou rumo à autodestruição.

“Relativismo: a certeza absoluta de que não existem certezas absolutas”. (Paul Washer)

 

 

Lucia Maroni, para Vida Destra, 17/09/2021.                                                              Sigam-me no Twitter, vamos debater o tema! @rosadenovembroo

 

Crédito da Imagem: Luiz Jacoby @LuizJacoby

 

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Jornalista desde 2013, formada pela Puccamp (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)