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O preconceito e a falta de respeito ao próximo

Racismo, homofobia, misoginia etc. Sabe o que é mais intrigante nisso tudo? É que todos têm um amigo ou até parente de outra etnia, de outra orientação sexual, de outro sexo e de outra classe social.

Não tem como negar que exista, mas não assim como os defensores de minorias querem que acreditemos.

Acredito que as questões de preconceito, principalmente no Brasil, país miscigenado como o nosso, reside em dois casos: reação e educação ― e em muitos casos, os dois juntos, já que para muitas pessoas é impossível ver certas coisas sem reagir com ofensas.

Sou de uma época que não existia sopa de letrinhas ― homossexuais eram homossexuais. E, apesar de os fatos e as notícias não propagarem como atualmente, sempre contávamos com as vizinhas conversadeiras para nos pôr a par de tudo; e, tirando um ou outro mais escrachado, eles normalmente eram sempre contidos em questões pessoais e, por isso mesmo, melhor aceitos na sociedade e até no seio da família.

Atualmente, além da famosa sopa de letrinhas, querem nos impor certas coisas que muitas vezes nem os casais héteros fazem. Exemplo. Com raríssimas exceções, todo casal hétero, em um restaurante ou bar, senta-se um de frente para o outro e, normalmente, evitam contatos físicos. Já os casais homossexuais, também com raríssimas exceções, sentam-se lado a lado, se acariciam e se beijam, não se importando nem se no recinto há crianças — e, se você se indignar, é homofóbico.

Isso acontece em qualquer lugar, até na rua. E não vou nem falar em crianças nas paradas LGBTQIA+, porque para mim já é problema de intelecto mental dos responsáveis que as levam.

Isso sem contar o fato de essas chamadas “minorias” dizerem que lutam por direitos iguais — como se não tivessem o mesmo direito de sofrer as agruras que sofremos —, quando, na verdade, sabemos que a grande maioria quer mesmo é privilégios — outra ação que normalmente vem com uma reação!

Essas ações e reações advêm da educação, tanto de quem age quanto de quem reage. E, quando falo de educação, não falo de escola, falo de família.

Normalmente um homem não agredirá uma mulher ou vice-versa — existe! —, nem ofenderá alguém de etnia ou orientação sexual diferente, se tiver crescido em um lar onde se aprendeu respeito, principalmente o respeito ao próximo. E aqui falo por experiência própria.

Não sou um primor de exemplo, tenho tantas falhas como a maioria — e, pior, às vezes pouca paciência. Mas aprendi o respeito, principalmente, aos mais velhos.

Sendo o mais velho de seis irmãos, com pai e mãe trabalhando fora, muitas vezes ficamos sozinhos, sob os cuidados dos vizinhos que sempre davam aquela olhada para ver como estávamos. Meus pais sempre diziam: “Comportem-se, respeitem fulano e nunca respondam”.

Lembro de um caso ocorrido um dia, não sei se por maldade ou por mau entendimento. Ao chegarem em casa, meus pais brigaram conosco por conta do que a vizinha contou para eles. Após as explicações, quando mostramos que não havia ocorrido o que ficaram sabendo, o assunto morreu. Se algum dia meus pais tiraram satisfação com a vizinha ou conversaram com ela sobre o ocorrido, nós nunca ficamos sabendo, porque se ficássemos, perderíamos o respeito por ela, e isso meus pais jamais permitiriam.

É esse tipo de respeito que trago até hoje — e que graças ao bom Deus, minha esposa também —; é o mesmo que tentamos passar para minha filha. Acredito ser esse respeito, tanto da parte dos que agem quanto dos que reagem, que pode melhorar a convivência entre todos. Tanto de nós em relação às chamadas “minorias”, como delas em relação a nós.

Como podem ver, essa não é uma questão a ser resolvida com doutrinação, ou leis, e sim com ensinamentos. Ou como bem disse Pitágoras: 

“Eduque as crianças, e não será preciso castigar os homens.”

P.S: Contarei um caso acontecido com minha filha: minha filha trouxe do colégio uma lista de exercícios a serem feitos. Ao terminar, veio ter comigo, queria saber se existia fórmula de um exercício de lógica, para que fizesse mais fácil caso caísse em uma prova. Orientei-a a procurar no Google.

A isso, ela me respondeu: Não, não farei isso, pois seria injusto com os outros alunos que fizeram sem consultar.

Esse é o respeito que quero que ela tenha para com o próximo, independentemente de quem seja e de suas opções.

 

 

Adilson Veiga, para Vida Destra, 03/10/2023.
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1 COMMENTS

  1. Todas as famílias são iguais: um ovelha negra, um homossexual, um religioso fanático, etc. O problema hoje é a união das minorias com a ideologia socialista que prega, embora neguem a divisão entre comportamentos. O racismo velado ou a aversão ao homossexualismo e outros sempre existiu e no processo de civilização a educação para a convivência harmoniosa é evidente, portanto a intensificação da divisão o maior problema, na real é a deseducação. Vivemos momentos de regressão civilizatória. Excelente artigo!

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Pai de família, conservador e cozinheiro nas horas vagas.