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Opinião de um Palmeirense!

Opinião de um Palmeirense! 115: Palmeiras x São Paulo (Choque-Rei) – Copa do Brasil 2022

Por Sander Souza

Twitter: @srsjoejp Instagram: @sander_r_s

 

Palmeiras x São Paulo – Copa do Brasil 2022

Oitavas de Final – Jogo de Volta

 

Pré-Jogo

 

Quando surge, amigos palestrinos!

Hoje viramos a nossa chave e voltamos as nossas atenções para a Copa do Brasil. Receberemos a equipe do São Paulo no Allianz Parque para mais um Choque-Rei, a esperada partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.

Vindo do empate em 0x0 com o Fortaleza pelo Brasileirão, em partida disputada no Castelão no último domingo (10), o Palmeiras entra em campo buscando reverter a vantagem tricolor, que joga pelo empate por ter vencido o jogo de ida por 1×0.

Desde a década de 1990, quando se intensificaram as disputas de mata-mata, o Palmeiras já reverteu 20 resultados negativos do jogo de ida, o último deles, inclusive, contra o próprio São Paulo, pela final do Campeonato Paulista desta temporada: 1×3 no Morumbi e 4×0 no Allianz Parque.

A um jogo de completar 80 duelos como mandante pela Copa do Brasil, o Palmeiras possui um excelente retrospecto neste cenário: são 79 duelos no total, com 55 vitórias, 16 empates, 8 derrotas, 178 gols marcados e 62 gols sofridos. Destes, 56 valiam classificação ou título (ou seja, o segundo encontro dos confrontos de ida e volta ou jogo único), e o Verdão levou a melhor em 45.

O São Paulo é o time que mais vezes foi derrotado pelo Palmeiras no Allianz Parque: o Verdão venceu 10 dos 15 jogos contra o rival em sua arena, além de dois empates e três derrotas.

Considerando os clássicos contra o São Paulo desde 2015, quando o Palmeiras passou a mandar seus jogos no Allianz Parque, o Verdão tem um retrospecto extremamente favorável, com quase o dobro de vitórias: 32 jogos, 15 vitórias, nove empates, oito derrotas, 44 gols marcados e 23 gols sofridos.

Preparação

Após o jogo na capital cearense no domingo (10), o elenco alviverde retornou a São Paulo, descansou na segunda-feira (11) e se reapresentou na manhã de terça-feira (12) na Academia de Futebol, para dar início à preparação para esta importante partida.

Como é praxe na preparação, os titulares que atuaram por uma etapa ou mais minutos na partida contra o Leão do Pici fizeram atividades regenerativas na parte interna do Centro de Excelência. Os demais foram a campo onde a comissão do Professor Abel Ferreira comandou dois trabalhos técnicos. No primeiro, com o campo demarcado por estacas, os jogadores exercitaram passes, movimentações e posse de bola. Ainda em campo reduzido, na sequência, os atletas fizeram simulações de jogos de nove contra nove com dois tempos de 10 minutos.

Desfalque nas últimas duas partidas da equipe em razão de um corte no pé direito, Gabriel Veron, o camisa 27, foi a campo e treinou normalmente com os companheiros.

O jogador Gabriel Veron, da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco)

O Verdão voltou aos treinos preparatórios na manhã de quarta-feira (13) na Academia de Futebol. O Professor Abel Ferreira comandou mais de 1h de atividades táticas. Com duas equipes divididas no gramado, orientou posicionamento, movimentações e jogadas preparadas para o clássico. Na sequência, os jogadores praticaram cobranças de pênaltis.

Os jogadores da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco)

Escalação

Pendurados: não há
Suspensos: não há
Desfalques: Rafael Navarro (lesão na coxa direita), Jailson (lesão no joelho direito), Jorge (trauma no joelho direito) e Rony (lesão na coxa esquerda)

A torcida alviverde ficou na expectativa, aguardando informações a respeito da gravidade da lesão de Rony, sofrida na partida contra o Fortaleza. Infelizmente foi constatada uma lesão na coxa esquerda, que deve manter o jogador afastado por um bom tempo.

Outra expectativa que tomou conta da torcida palmeirense era sobre quem substituiria Rony depois que o provável substituto, Gabriel Veron, protagonizou um episódio lamentável, sendo flagrado bêbado em uma balada quando deveria estar concentrado em preparação para esta partida. Com isso muitos esperavam que Wesley recebesse a oportunidade de entrar como titular no ataque mas não foi o que aconteceu.

Para esta importante partida o Professor Abel Ferreira montou o seguinte time: Weverton fechando o nosso gol; Marcos Rocha na lateral direita e Piquerez na lateral esquerda. Gustavo Gómez e Murilo na zaga. Danilo, Gustavo Scarpa, Raphael Veiga e Zé Rafael no meio-campo; Gabriel Veron e Dudu na linha de ataque. Time organizado num aparente esquema tático inicial 4-3-3.

Não deverá ser uma partida fácil mas temos plenas condições de reverter o placar e avançar para as quartas de final, e devemos contar com o apoio maciço da torcida, já que os números preliminares apontar que teremos recorde de público no Allianz Parque.

O Jogo

O jogo começou com o Verdão em alta rotação e já no primeiro minuto Raphael Veiga recebeu na área e na finalização foi travado pelo zagueiro. Jogando em alta pressão, o Verdão teve boa oportunidade em cobrança de escanteio aos 7 minutos, com o Zé Rafael desviando e Murilo cabeceando para fora.

Pouco depois, aos 9 minutos, Scarpa tocou para Veron, que tocou para trás e Piquerez recebeu e mandou uma bomba para o fundo do gol tricolor, abrindo o placar no Allianz Parque. O primeiro gol do robozão com o nosso manto! Porco 1×0 Trikas!

Nem bem terminamos de comemorar o primeiro gol e Dudu deu um belo passe para Veiga, que aproveitou a saída do goleiro Jandrei e tocou para o fundo do gol, ampliando o placar no Allianz Parque! Porco 2×0 Trikas!

Após o segundo gol o Palmeiras diminuiu o ritmo, administrando o placar favorável. O São Paulo estava apático em campo, sem conseguir reagir à pressão palmeirense. Após 3 minutos de acréscimos, terminou o primeiro tempo no Allianz Parque. Placar parcial: Palmeiras 2×0 São Paulo.

Foi um primeiro tempo muito intenso, com predomínio total do Verdão. Mesmo com o placar favorável, eu ainda achava que precisávamos ampliar ainda mais o placar e matar o jogo logo no primeiro tempo. Vuaden errou ao não ir ao VAR verificar o claro pênalti em Dudu.

Voltamos para a segunda etapa sem alterações no time. Entramos em campo com uma rotação mais baixa que a apresentada na primeira etapa, mas ainda com bom domínio do jogo.

Aos 8 minutos tivemos uma boa oportunidade em jogada de Dudu pela esquerda, que tentou a finalização mas a zaga conseguiu cortar. Aos 16 minutos, Veron recebeu em profundidade e finalizou, a bola ia entrar no gol e a zaga tirou a bola pertinho da linha!

Aos 18 minutos, após análise do VAR, o juiz Leandro Pedro Vuaden marcou pênalti para o Verdão. Nosso cobrador oficial Raphael Veiga foi para a cobrança e nesse momento me veio à memória aquele pênalti perdido, e confesso que não senti a mesma confiança no Veiga que eu sentia antes. E infelizmente meu feeling estava correto. Veiga cobrou e mandou a bola por cima da meta, perdendo o seu segundo pênalti seguido…

Poucos minutos depois o juiz assinala nova penalidade máxima, desta vez para o Trikas. O tricolor converteu, fez o seu primeiro e empatou no placar agregado. Porco 2×1 Trikas.

Com o empate no agregado, o Verdão buscou de todas as formas um gol para garantir a vitória no tempo regulamentar e evitar a decisão nos pênaltis. Eu torci muito para que o jogo não fosse para os pênaltis, principalmente depois do Veiga ter perdido um nessa partida e por conta do nosso péssimo retrospecto em disputas de pênaltis.

Aos 31 minutos o Professor Abel Ferreira fez a nossa primeira substituição, com o Breno Lopes entrando em substituição ao Gabriel Veron. Pouco depois, aos 36 minutos, boa oportunidade com o Dudu partindo pela esquerda e chutando colocado, obrigando Jandrei a fazer a defesa.

No minuto seguinte Breno Lopes dá uma bola na medida para Scarpa, que chutou e levou perigo ao gol tricolor. Aos 41 minutos o Professor fez nossas últimas substituições, com o Wesley e o Gabriel Menino entrando em substituição a Dudu e Zé Rafael.

Tentamos, tentamos mas não conseguimos. Após 5 minutos de acréscimos Vuaden terminou a partida e a classificação para as quartas de final seria decidida nos pênaltis. Placar da partida: Palmeiras 2×1 São Paulo. Placar agregado: Palmeiras 2×2 São Paulo.

Fomos para os pênaltis e Veiga, o nosso melhor batedor, foi para a primeira cobrança e o impensável aconteceu! Veiga bateu pra fora, errando seu terceiro pênalti seguido e o segundo numa mesma partida! Felizmente Weverton defendeu a cobrança do Luciano e ficou tudo igual.

Na sequência Scarpa, Gómez e Piquerez converteram pelo Verdão e Calleri, Nikão e Igor Vinícius converteram pelo Trikas. O último a bater pelo Verdão foi Wesley e Jandrei defendeu. Igor Gomes foi para a última cobrança e converteu, dando a vitória ao Tricolor em pleno Allianz Parque. Placar nos pênaltis: Palmeiras 3×4 São Paulo.

Apesar de vencermos a partida no tempo normal, perdemos nos pênaltis e demos adeus à Copa do Brasil. O Verdão foi superior em campo, principalmente no primeiro tempo, mas cometeu o erro de não matar o jogo quando teve chance. Estávamos com a faca e o queijo na mão e infelizmente o pênalti perdido pelo Veiga no tempo regulamentar fez falta no resultado, pois poderíamos ter vencido de forma tranquila.

Fomos superiores em campo, jogamos melhor e é por isso que é tão difícil não ficar indignado com essa derrota dentro de casa diante do maior público que já esteve presente no Allianz Parque desde a sua inauguração. O que era pra ser um dia de festa se tornou um dia de tristeza.

E concordo com quem afirmou que o Rony fez muita falta, principalmente nos minutos iniciais quando o modo rolo compressor alviverde estava ligado. Veiga tem grande responsabilidade nesta derrota mas não vou criticá-lo além do limite, pois ele sabe que errou e eu espero que ele se recupere e volte a ser o terror dos goleiros adversários. E não, eu não teria colocado o Veron como titular depois do que ele fez, mesmo com poucas opções no elenco para substituí-lo.

Fomos eliminados e isto é fato. O lado bom é que daqui pra frente poderemos nos dedicar às outras competições sem tanta pressão do calendário de jogos, que sempre foi um problema para a gestão do elenco.

Bora virar a página, enxugar as lágrimas e seguir em frente, pois temos outras competições e títulos a disputar.

Nosso próximo compromisso será na segunda-feira (18) quando enfrentaremos o Cuiabá no Allianz Parque, em partida válida pela 17ª rodada do Brasileirão.

Até lá e #AvantiPalestra

 

*Sander Souza é editor do Vida Destra Esportes.

 

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