Por Lucas Barboza @BarbozaLucaas
Que os eventos esportivos envolvem muitas pessoas, geram empregos e entretenimento não da para se negar, mas por que eles devem ser de responsabilidade privada e não publica?
Pois bem, quando temos um evento da magnitude das olimpíadas ou de uma copa do mundo, quem custeia são os pagadores de impostos, queiram eles ou não, mesmo que aceitem um evento assim em seu país, ninguém gosta de ver seus impostos sendo gastos com algo irrelevante aos problemas que podem estar acontecendo.
Apenas uma vez as olimpíadas tiveram a organização nas mãos da iniciativa privada, e ela ocorreu em Los Angeles no ano de 1984, no auge da Guerra Fria. Um empreendedor conhecido por lidar com orçamentos apertados chamado Peter Ueberroth ficou responsável pelo evento em sua totalidade, desde escolhas dos ambientes para a disputa até os direitos de imagem, criando assim um comitê de empresários para administrar os jogos.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Los Angeles (LA84) deixou claro ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que a cidade não arcaria com nenhum eventual custo adicional e que as instalações esportivas já existentes seriam as mais utilizadas em particular o Los Angeles Memorial Coliseum, que havia sido construído para as Olimpíadas de 1932.
O Velódromo Olímpico e o Estádio Olímpico de Natação, financiados pelo McDonald’s e pela 7-Eleven respectivamente, foram às únicas duas instalações construídas especificamente para os jogos olímpicos.
Os baixos custos de construção, em conjunto com a forte dependência de financiamento privado, permitiram aos jogos gerar um lucro de mais de US$ 200 milhões à época (equivalentes a US$ 464 milhões hoje, ou mais de R$ 2,5 bilhões de reais), fazendo daqueles jogos olímpicos, de longe, o financeiramente mais bem-sucedidos da história.
Para alojar todos os atletas, não foi preciso construir alojamentos como uma faustosa “Vila Olímpica”, os atletas ficaram em dormitórios das faculdades e universidades, bem como outros alojamentos espalhados pela cidade.
Se comparado com os jogos do Rio de Janeiro em 2016, que custou cerca de R$ 39 bilhões de reais, os valores gastos em 1984 chegam a ser irrisórios, os jogos em Los Angeles custaram US$ 546 milhões de dólares (cerca de R$ 3,2 bilhões de reais atualmente)
Nos Estados Unidos existem vários eventos esportivos, como as finais da NBA, Copa Stanley e final da MLS (liga de futebol), que são administrados por uma entidade privada, mas o evento esportivo que gera mais retorno financeiro é de longe o Super Bowl. Para se ter uma ideia, no ano de 2020, um comercial de 30 segundos custou US$ 5.5 milhões de dólares e o evento gerou mais de US$ 3 bilhões em receitas, isso sem nenhum centavo do dinheiro publico e sendo o terceiro mais acompanhado no mundo, atrás apenas das olimpíadas e copa do mundo.
Usando o SuperBowl como exemplo, a iniciativa privada em todo o mundo poderia ficar responsável por toda a organização, assim ficando responsável pelos contratos, a organização e lucros sobre o evento, desonerando o Estado que pode investir os impostos em algo relevante.
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