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Os idiotas úteis de Putin: como os extremistas climáticos americanos estão financiando a agenda da Rússia

Prezados leitores:

Publicamos mais uma tradução de artigo da imprensa internacional feita pela nossa colaboradora, a jornalista e tradutora Telma Matheus. Apreciem!

 

Os idiotas úteis de Putin: como os extremistas climáticos americanos estão financiando a agenda da Rússia

 

 

Fonte: The Federalist

Título Original: Putin’s Useful Idiots: How U.S. Climate Extremists Are Funding Russia’s Agenda

Link para a matéria original: aqui.

Publicado em 19 de maio de 2022

 

Autoras: Victoria Coates & Jennifer Stefano

 

A devastação da segurança energética americana tem fomentado as perigosas metas geopolíticas de Vladimir Putin.

A invasão da Ucrânia pela Rússia está trazendo à luz uma verdade feia: a guerra anti-fracking*, no setor de segurança energética da América, está sendo travada por grupos ambientalistas americanos – bem financiados e radicais – como também por interesses vinculados diretamente a Vladimir Putin. Durante anos, o governo americano investigou as ligações financeiras russas com os grupos ambientalistas que pressionam pelo fim da produção americana de combustível fóssil, e que foram bem-sucedidos no fechamento de pontos de perfuração e tubulações, para o prejuízo de trabalhadores e consumidores americanos.

*[Fracking: um tipo de perfuração do solo, também conhecida como fraturamento hidráulico.]

Quem se beneficia? Putin, pois a devastação da segurança energética americana fortaleceu a estatal [russa] Gazprom e também fomentou as perigosas metas geopolíticas [de Putin].

Antes da guerra na Ucrânia, o Congresso americano tinha começado a expor as conexões entre a Rússia e fundações pouco conhecidas que faziam doações aos principais grupos ambientalistas, como o Sierra Club e o National Resource Defense Council (NRDC). No Senado, o Comitê de Meio Ambiente e Serviços Públicos emitiu um relatório em 2014, que revelou que um pequeno grupo de ricos americanos controlava grupos ambientalistas e colaborava com financiadores offshore questionáveis, a fim de maximizar o apoio. Em 2017, dois congressistas solicitaram que se investigasse mais a conexão entre esses financiadores e a Rússia.

Essas doações suspeitas a grupos ambientalistas radicais podiam ser parte de uma estratégia geopolítica mais ampla de Putin, para exercer um maior controle sobre a Europa, antes de sua invasão da Ucrânia. Por exemplo, se os Estados Unidos tivessem incrementado a produção de gás natural, Putin não poderia, hoje, chantagear a Polônia e a Bulgária com ameaças de corte no fornecimento de energia. Tivesse a América permitido mais investimentos em fracking e outras fontes de produção de energia, Putin não teria vantagem estratégica sobre a Europa.

A maioria dos americanos sabe que Putin não quer o sucesso dos Estados Unidos. O que os americanos talvez não saibam é que esses grupos anti-energia, que atuam sob o pretexto de “justiça ambiental”, são financiados por um punhado de americanos prósperos, os quais são muito ingênuos quanto ao papel que desempenham no apoio a Putin, ou são deliberadamente cúmplices.

Não há exemplo mais notório do que [a organização] Heinz Endowment, dirigida por Teresa Heinz, esposa [do diplomata] John Kerry, enviado especial para assuntos do clima. Sob seu comando, a dotação aplicou, desde 2008, pelo menos US$ 13 milhões no ativismo anti-xisto, eliminando empregos e prosperidade em seu próprio quintal, a Pensilvânia, e forçando desnecessariamente a América a entregar parte do mercado para tiranos como Putin.

A fortuna dos Heinz financia, na Pensilvânia, dezenas de grupos engajados em exterminar tubulações e a produção de gás natural. Um dos beneficiários, a Delaware Riverkeeper Network, tem tido sucesso na luta para manter o banimento da produção de gás natural na Bacia Fluvial de Delaware, impedindo o acesso à vastidão de novas reservas.

De fato, a Pensilvânia, onde a família Heinz fez fortuna e permanece instalada, está sofrendo as consequências dessa campanha. O exemplo mais recente é a adição do Estado de Keystone* à Regional Greenhouse Gas Initiative. O Sierra Club e o NRDC fizeram lobby em favor da expansão do pacto interestadual para tarifar emissões de carbono, de modo a incluir a Pensilvânia, muito embora os cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia tenham detectado que 86% das emissões de carbono simplesmente se moverão para estados próximos.

*[Estado de Keystone é o apelido do Estado da Pensilvânia.]

A eliminação de tubulações, o banimento do fracking e a implementação da RGGI significam que mais energia será produzida em outros países, com mais emissões. O gás russo gera 40% mais emissões ao longo do seu ciclo de vida do que o gás natural americano; enquanto isso, o GNL americano está melhorando a qualidade do ar na China. Ao mesmo tempo, a população da Pensilvânia poderá perder 22.000 empregos, e os consumidores enfrentarão um aumento de 30% em suas contas de eletricidade.

Já podemos ver os efeitos lamentáveis dessas políticas nocivas em todos os Estados Unidos. Sob a pressão desses mesmos grupos ambientalistas, o Presidente Biden acabou com as instalações do Keystone XL, eliminando 60.000 empregos indiretos projetados, 11.000 empregos diretos e US$ 800 milhões em salários, os quais resultariam desse importante projeto.

À medida que Putin, agora, potencializa seu domínio energético como ferramenta de coerção, e conforme sua estratégia geopolítica é brutalmente encenada para que o mundo todo veja, Heinz e outros grupos ambientalistas radicais não podem mais alegar que são árbitros inocentes da justiça ambiental, visto que suas ações, intencionalmente ou não, ajudaram e instigaram Putin.

Não estaria na hora de esses americanos se concentrarem em políticas que protejam a Terra, melhorem a segurança energética americana e contenham os inimigos da América?

 

Victoria Coates, membro eminente do American Foreign Policy Council, atuou como conselheira sênior de políticas na secretaria de energia, durante a administração Trump. Jennifer Stefano é vice-presidente executiva da Commonwealth Foundation e membro visitante do Independent Women’s Forum.

 

 

Traduzido por Telma Regina Matheus, para Vida Destra, 27/05/2022.                                  Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail  mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus

 

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Telma Regina Matheus Jornalista. Redatora, revisora, copydesk, ghost writer & tradutora. Sem falsa modéstia, conquistei grau de excelência no que faço. Meus valores e princípios são inegociáveis. Amplas, gerais e irrestritas têm que ser as nossas liberdades individuais, que incluem liberdade de expressão e fala. Todo relativismo é autoritarismo fantasiado de “boas intenções”. E de bem-intencionados, o inferno está cheio. Faça uma cotação e contrate meus trabalhos através do e-mail: mtelmaregina@gmail.com ou Twitter @TRMatheus