Na última sexta-feira, e com um ano de atraso por conta da pandemia, começaram as olimpíadas em solo japonês pela segunda vez na história, já que a primeira edição foi em 1964. Nesse ano, porém, a grande temática dos jogos é o discurso em respeito à diversidade e à igualdade entre homens e mulheres.
Eu poderia, se quisesse, fazer um longo texto sobre isso, já que o politicamente correto atingiu não só o Olimpo, como também seu maior lema – CITIUS, ALTIUS, FORTIUS (mais rápido, mais alto, mais forte). Tudo em nome da igualdade de gênero.
Só que, em se tratando de Brasil, parece que as coisas se resumem à questão política. Logo nas primeiras medalhas ganhas por atletas brasileiros, a questão se aflorou. Em sua estreia nos jogos como nova modalidade, o skate, que é um esporte originalmente de rua, trouxe duas medalhas para o país.
Seus representantes foram dois jovens: o paulista Kelvin Hofler a a maranhense Rayssa Leal. Eles nem bem conquistaram suas medalhas e a cobrança por posicionamento político nas redes sociais começou. Em se tratando da Rayssa, é mais cruel ainda, já que ela só tem 13 anos.
É duro perceber que o esforço e o histórico de vida dos atletas, além da conquista da medalha propriamente dita, fica pequeno quando, para os justiceiros de Internet, o que interessa é pra quem a pessoa votou na última eleição. Meritocracia? Esqueça. A ideologia está acima disso tudo – ou seja, eu respeito sua opinião, desde que você concorde comigo.
“A polarização política é uma coisa assustadora, onde todos querem ter razão, mas são poucos que fazem uso da consistência e discernimento para se expressarem e passarem suas ideias”. (Antonio de Pádua Elias de Souza).
Lucia Maroni, para Vida Destra, 30/07/2021. Sigam-me no Twitter, vamos debater o tema! @rosadenovembroo
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Sem falar que colocaram um marqueteiro na Presidência da Confederação Brasileira de Skate, um tal de Eduardo Musa, q diz que não há um racha entre skatistas brasileiros. Põe politicagem!