Padre, eu quero me confessar. Eu votei no Jair Bolsonaro e estou muito preocupado em perder a minha salvação eterna por causa de tal ato impensado.
Sabe padre, eu pensei que votar em alguém que fosse contra o aborto estivesse de acordo com o que ensina a Santa Igreja a qual o senhor jura defender, e também de acordo com o Cristo, a quem representas aqui na terra.
Sabe padre, eu pensei que votando num candidato que eleva o nome de Deus acima de todos os outros eu estivesse agindo de acordo com os mandamentos do Altíssimo e da Igreja. Bem, pelo menos foi isso que me ensinaram na catequese. Pode ser que tenha mudado, não?
Sabe padre, eu não sabia que o Bolsonaro era um bandido, talvez seja por isso que tentaram assassiná-lo, não é? Exatamente como fizeram com Celso Daniel e Toninho do PT. Veja como os bandidos e corruptos amam o presidente. Se eu soubesse disso antes eu teria desistido de votar em alguém assim.
Eu pensei que votando em quem defende que nossas crianças tenham suas infâncias protegidas de ideologias que visam destruir suas inocências e purezas, eu estivesse de acordo com o que o Nosso Senhor Jesus Cristo, cabeça da Igreja que o senhor pastoreia, nos ensina a respeito delas, que são tão amadas por ele.
Eu juro que pensei que votar em um homem que defende Deus, pátria e família fosse algo bom e que estivesse de acordo com os mandamentos da própria Igreja em seu catecismo. Mas é claro que eu deveria ter escolhido outro, não é mesmo? Afinal, a revolução francesa já aconteceu há bem mais de 200 anos.
Eu achei que não querer de volta uma ideologia que sozinha já matou mais de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo, inclusive de fome, e, que por onde passa deixa um lastro de miséria, fosse um ato de amor a Deus e à Igreja, que também sofreram muito por causa desse mesmo pensamento.
Eu pensei que o “perigo ameaçador, bolchevista e ateu, que se propõe como fim peculiar revolucionar radicalmente a ordem social e subverter os próprios fundamentos da civilização cristã.” denunciado e excomungado nas encíclicas de três grandes papas (Pio IX, Qui Pluribus, 1846; Leão XIII, Quod Apostolici Muneris 1878; Pio XI, Divini Redemptoris, 1937), fosse o suficiente para me fazer perder a salvação e a comunhão com a Igreja de Cristo. Pelo jeito isso já mudou. O mal é Bolsonaro, o Comunismo é bom. Perdão, padre; eu pequei!
Obrigado pela leitura! Eu fico por aqui.! Até a próxima!
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Dica de livro: Como Ser Um Conservador, Roger Scruton
João Alves, para Vida Destra, 07/07/2020
Muito bom! Que a mente desse padre comunista se ilumine com a dose cavalar de ironia contida no texto.
Excelente!
Meus parabéns!
Parabéns pelo texto. Deus continue te iluminando
Excelente meu amigo!
Perfeito
Texto maravilhoso!
Brilhante texto. Parabéns!