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Relativismo Psicótico

Quando vemos a imprensa abordando os fatos e respectivamente gerando um reflexo midiático numa sociedade já anestesiada, observamos com estarrecimento o uso indiscriminado do relativismo e do ceticismo como moeda para justificar os abusos de uma mente doentia.

É notório que o pensamento moderno abandonou os conceitos da Paideia grega que abraça três pilares na construção do ser: a verdade objetiva, o bem e o belo.  Passando rapidamente pelo conceito grego de que a “Liberdade é um ato de virtude”, para se atingir estes preceitos da alma, o ser humano necessita desenvolver o intelecto, a vontade e a memória.

Já em oposição a pedagogia grega, na modernidade, principalmente quando focamos no período pós-guerra, temos com a escola de Frankfurt o relativismo, o ceticismo e a inexistência de um conceito objetivo de verdade levado ao extremo do desconstrucionismo simbólico dos valores tradicionais.

Ou seja, hoje em dia nem tudo que é verdade é uma verdade e o que é certo é certo.  Perdemos assim, nossa capacidade das certezas conquistadas e adquiridas ao longo de milênios de vivências, práticas e experiências que nos capacitaram a perceber quais caminhos nos levavam à sobrevivência e à busca da felicidade.

Ao retomar o parágrafo inicial, discorrendo sobre o estarrecimento das verdades relativas, refiro-me em específico às nossas escolhas morais e a flexibilidade desta mesma.

Partindo do pressuposto (questionável e manipulado pela grande imprensa) que um presidente da república é machista e tantos outros termos pejorativos, uma parte da sociedade prefere escolher um conceito alternativo de delitos, optando por demonizar um homem dito como grosseiro e insensível, e relativizando um corrupto preso.

Ora, prezados leitores, quando se relativiza a corrupção, se relativiza o genocídio. E assim devemos classificar sem rodeios o ato de prevaricar. Quando se desvia o dinheiro das estradas, mata-se milhares de condutores por causa de vias inadequadas para a circulação. Quando se desvia dinheiro da segurança pública, aumenta a criminalidade, e tantos inocentes são brutalmente assassinados. Quando se desvia dinheiro da saúde, milhares de pessoas morrem agonizando nos hospitais. Quando se desvia dinheiro da educação, mata-se uma geração inteira, que fica fadada ao obscurantismo, e controlada indiscriminadamente por estes mesmos corruptos que desejam nossa ignorância.

Quando você criminaliza um homem “dito” machista e sem muito formalismo na fala em favor de um corrupto, suas escolhas o levam a rejeitar um homem rude e escolher um assassino.

Esse relativismo estarrecedor, de optar pelas mãos de assassinos de colarinho branco, fazem com que as mãos do relativista “inocente” também estejam sujas do mesmo sangue que escorre por uma nação já cambaleante.

 

 

Adriano Gilberti, para Vida Destra, 28/04/2021.                                                              Sigam-me no Twitter, vamos debater o meu artigo! @adrianogilberti

 

Crédito da Imagem: Luiz Augusto @LuizJacoby

 

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2 COMMENTS

  1. Esse relativismo, que vem sendo gradualmente aplicado desde a Constituição de 1988, é culpado por milhões de mortes de brasileiros, com foi muito bem exemplificado neste artigo.

  2. Neste exuberante artigo de @adrianogilbert s/o relativismo psicótico, só posso dizer q esta transe é derivada dos pobres inocentes alienados ficarem sentados no sofá, assistindo TV e lendo jornais da mídia tradicional, sem saber q o seu País caminha rumo a Venezuela. Quando estiverem comendo cachorro a grito,reclamem!

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Adriano Gilberti – C.O da Startup Transcender Studios. Comunicólogo, Relações Públicas, Cineasta, escritor e roteirista com diversos trabalhos no cinema e teatro. Autor dos livros “Cartas para Palavra” e “Necas de Pitibiriba”. Indicado como melhor ator longa metragem 2010 com o filme "Bem Próximo do Mal" pelo prêmio Sesc/Sated. Sua dramaturgia Belatriz recebeu três indicações no prêmio Usiminas/Sinparq.