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Política

Socialismo, Establishment e Estado

Li em um artigo postado no blog de um conhecido professor e escritor o questionamento do porquê, em lugar de tentar boicotar e sabotar o governo do Presidente Jair Bolsonaro, que tem demonstrado êxito significativo em muitas de suas realizações, com menos de dez meses de governo, as esquerdas não propõem alternativas viáveis como solução aos problemas do Brasil. Esse questionamento é, na melhor das hipóteses, muito ingênuo.  As esquerdas não propuseram, não propõem e não vão propor nunca nada de positivo, ou propositivo, como meio de beneficiar o Brasil, quando estão na oposição, porque tudo que elas querem é desestabilizar o atual governo federal, apostando no caos, no quanto pior melhor, como estão fazendo em vários países da América Latina. Vide o caso do Chile, que é a nação mais desenvolvida desse continente, cuja capital, Santiago, estava há pouco sob toque de recolher. A justificativa para as violentas manifestações, cujos adeptos incendeiam metrôs, prédios e o que mais houver pela frente foram os aumentos de passagens do metrô. Desculpa fajuta. É apenas uma tática de desinformação, na guerra de narrativas. Não se trata de aumento de passagens, mas da tentativa estratégica de enfraquecimento do atual presidente chileno de direita, como meio de os socialistas voltarem ao poder no país andino. A esquerda não sabe e não tolera viver longe dos cofres públicos, nem dos cargos estatais. Seu interesse é o Poder. Seu interesse é dominar a sociedade usando para isso um Estado gigante e paternalista.

A oposição dos esquerdistas aos governos conservadores é sempre destrutiva, nunca propositiva ou construtiva. O sonho dessa gente é a de ver realizada a utopia do igualitarismo, a qualquer custo, nivelando a todos na pobreza, para que somente eles e também quem financia seus projetos delirantes de poder tenham acesso à riqueza gerada no país. No caso do Brasil, os maiores financiadores das esquerdas são, por exemplo, grandes empresários dependentes do capital estatal, como os Odebrechts e Joesleys da vida. Os esquerdistas detestam quem está no meio da pirâmide social, isto é, quem está entre os pobres e os ricos: a classe média, que tem maioria conservadora.  Quem não se lembra da ideóloga e filósofa petista, Marilena Chauí, dizendo que tinha ódio da classe média? Lula, à época presidente, estava presente e riu ao ouvir isso, demonstrando sua aprovação a esse tipo de pensamento. Essa gente odeia a classe média. Querem os esquerdistas  um Brasil com a maioria da população vivendo na pobreza, recebendo bolsa família e votando neles, para, assim, se perpetuarem no  poder. E também concentrarem a riqueza produzida pelos trabalhadores da nação, pelos profissionais liberais, pelos empreendedores, pelos pequenos e médios empresários em suas mãos,  juntamente com banqueiros e grandes empresários que os apoiam.  Para isso querem voltar a comandar o Estado. Colocaram em prática seu projeto socialista no Brasil, nos anos que estiveram desgovernando a nação, e o país quase foi destruído. Por um milagre de Deus Bolsonaro sobreviveu à facada, foi eleito contra todas as probabilidades, assumiu a presidência e escolheu uma equipe técnica de ministros, a melhor da história republicana deste país, para tocar seu programa de governo, baseado no aumento da eficiência, da produtividade e na redução drástica do tamanho do Estado. Mesmo com brilhante e competente equipe, o estrago produzido pelos esquerdistas foi tão grande, que serão necessários muitos anos para que o país volte à rota do crescimento sustentável, se desvencilhando de seus nós. E esse caminho passa pela redução do Estado e de sua intervenção na economia.

Por isso o velho establishment oligárquico e corrupto, incluindo as elites intelectuais esquerdistas, que prosperaram com o aumento do tamanho do Estado, por meio do aumento contínuo da carga tributária, ao longo de décadas, estão furiosos com o Presidente e tentam a todo custo apeá-lo do poder, mesmo Bolsonaro tendo sido eleito de forma legítima e nada tendo feito que justifique seu afastamento. Isso ocorre porque os interesses corruptos dessa gente foram muito prejudicados. Não toleram que o Estado venha a ser reduzido, porque eles precisam de um Estado paquidérmico, inchado, gigante para que seus projetos de poder e de riqueza possam ser bem sucedidos. Eles querem um Estado colossal, ineficiente, com justiça lerda, atulhada de processos, que não investiga nem pune os poderosos, para que possam continuar a fazer tranquilamente suas negociatas escusas e suas práticas corruptas. Por isso lutam desesperadamente para acabar com a Operação Lava Jato, a mais bem sucedida do mundo no combate à corrupção do colarinho branco. A diminuição do Estado significa, para eles, muito menos oportunidades de praticar o butim nas verbas públicas. Significa a possibilidade de ficarem fora do jogo, como ocorre agora com a Odebrecht, que  pode entrar em processo de falência, caso não consiga reestruturar sua imensa dívida. Bolsonaro já avisou que não vai fazer nada para impedir a quebra dessa empresa. E ele está certo, tendo em vista o grau de envolvimento da mesma em grandes escândalos financeiros de corrupção. A Odebrecht foi uma das principais empresas que financiaram o projeto de poder dos esquerdistas. Suas práticas corruptas transbordaram as fronteiras do Brasil, corrompendo dirigentes em vários países latino americanos, como é o caso do Peru, onde quatro presidentes se envolveram nas teias de corrupção da empresa: um se matou, dois estão presos e outro está foragido.

Estado enxuto significa menos estatais a serem saqueadas por maus dirigentes e governos.  Significa menos cargos de diretorias de empresas públicas a serem distribuídos para a companheirada incompetente. Foi com um Estado gigante que por muito pouco não destruíram a Petrobrás, nos anos em que estiveram no poder. Uma empresa petrolífera como essa, que já foi orgulho de muitos brasileiros, quase chegou à insolvência financeira, diante dos rombos bilionários que gestões ineptas praticaram. Foi por um triz que a empresa não se tornou insolvente, já que o seu grau de endividamento havia tomado trajetória explosiva de crescimento.  No governo Bolsonaro, com diretoria escolhida por critérios exclusivamente técnicos e meritocráticos, a Petrobrás voltou a ser uma empresa muito lucrativa. Quebrar uma empresa petrolífera é a suprema arte da incompetência administrativa e da corrução empresarial. Foi isso que quase ocorreu na época da ex presidente Dilma. Certa feita, o grande magnata da indústria de petróleo, John Rockefeller, disse que o melhor negócio do mundo seria uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor negócio seria uma empresa petrolífera precariamente administrada. E o terceiro melhor negócio do mundo seria uma empresa desse ramo pessimamente administrada. Os diretores da Petrobrás, nas gestões petistas, eram escolhidos por critérios totalmente avessos à meritocracia. As indicações eram feitas com base no loteamento de cargos entre partidos políticos, dentro do esquema de toma lá da cá do chamado presidencialismo de coalizão. O sujeito poderia não entender bulhufas de exploração petrolífera, poderia nunca ter visto uma gota de óleo na vida, mas era chamado a desempenhar um alto cargo na diretoria apenas com base no compadrio político, porque era apadrinhado do presidente da vez, ou do senador ou deputado da base governista da época. Para piorar a situação, na gestão da Dilma, chegaram ao cúmulo de congelar os preços dos combustíveis da Petrobrás apenas com fins eleitorais, aumentando mais ainda o rombo nas suas contas. Não foi à toa que a gigante estatal, antes conhecida por sucessivas quebra de recordes de lucros, passou a dar prejuízo. Para isso ocorrer, é preciso extrema incompetência e deslavada corrupção.

Falando de petróleo, observem o que ocorre na Venezuela, que possuía, em 1950, a quarta maior renda per capita entre as nações. Outrora um dos países mais ricos do mundo, foi para o buraco, com maioria da população vivendo na miséria, mesmo dispondo das maiores reservas petrolíferas do planeta. Foi esse o resultado do socialismo. Sempre será assim onde isso for implantado.  A Venezuela possui muito mais petróleo que o Canadá. Ambos tem uma população semelhante. Mas a situação econômica dos dois é totalmente assimétrica, muito diferente. Enquanto a Venezuela possui população de 32 milhões de habitantes e reservas de 298 bilhões de barris de petróleo, sua atual renda per capita é de cerca de 3.300 dólares. Nos últimos doze meses, a inflação nesse país ultrapassou 50.000% e o total de pobres está em torno de 87%. Isto mesmo, quase 90% da população venezuelana vive na pobreza. Pelo critério da pobreza extrema, são 67%. Mais da metade das crianças com menos de cinco anos de idade está desnutrida.  Não é à toa que mais de 4 milhões de venezuelanos fugiram do caos e da pobreza do país. Milhares deles vieram para o Brasil. Já o Canadá, país riquíssimo, um dos mais desenvolvidos do mundo, com população de 35 milhões de habitantes, tem reservas de 173,6 bilhões de barris de petróleo, possui renda per capita de 47.000 dólares e inflação anual abaixo dos 2%. Ao contrário da Venezuela, onde cada vez mais habitantes fogem do país, o Canadá recebe todos os anos dezenas de milhares de imigrantes de todo o mundo. Outro fato que distingue brutalmente os dois países é o controle do governo sobre os meios de comunicação e a liberdade de pensamento e de imprensa. Enquanto no Canadá esses liberdades são respeitadas e existe ampla concorrência na mídia, na Venezuela se dá o oposto: a liberdade de imprensa e de pensamento é severamente cerceada e o governo socialista estatizou as grandes empresas de comunicação, a fim de monopolizar a difusão de notícias e exaltar o regime de Maduro.

O socialismo foi colocado em prática no Brasil, nos governos de esquerda, e quase levou o país ao caos total. Os esquerdistas querem que esse pesadelo volte novamente. Mas não conseguirão. O Brasil que trabalha, que produz, que está do lado da Verdade e do Bem, está atento, está vigilante, usa as redes sociais para se informar e não os veículos da velha mídia, como é o caso da rede Globo, que recebeu bilhões de reais dos desgovernos esquerdistas. Dinheiro oriundo dos impostos. Já que essa fonte foi cortada por Bolsonaro, como vingança, a ainda poderosa emissora tenta de todas as formas desestabilizar o atual governo, como se vê nesse vergonhoso e repugnante episódio de tentativa de assassinato de reputação de Bolsonaro. Ultrapassaram todos os limites da falta de sensatez, de ética e do profissionalismo, ao levar ao ar reportagem ignominiosa, torpe e vil, tentando vincular o Presidente da República ao assassinato da vereadora Mariele Franco. O conteúdo de tal reportagem foi totalmente desmentido por novos fatos trazidos à lume, com provas cabais que anulam a versão apresentada pela emissora. Bolsonaro já havia alertado à rede Globo, anteriormente, que sua concessão poderá não ser renovada em 2022. A reação da emissora a esta possibilidade foi violenta, atacando a honra do Presidente, com a tática de assassinato de reputação, no que pode até mesmo se configurar como crime contra a Segurança Nacional. A rede Globo, como de resto a velha imprensa, outrora monopolizadoras da informação, está agora enfrentando a forte concorrência das redes sociais nas quais o povo passou a se informar, diretamente, sobre os atos do governo, sem precisar da mediação distorcida e de viés esquerdista da mídia mainstream. Assim, além de perder receitas governamentais, a grande mídia perdeu também fatia considerável de público  e  influência.  Por isso, o establishment, incluindo a Globo,  quer calar as redes sociais, usando a CPMI das Fake News. Eles não toleram a verdade, porque a verdade liberta. Não toleram a concorrência, porque isso significa, para eles, menos receitas e menos capacidade de influir na sociedade. A rede Globo, como o antigo establishment, quer a manutenção do Estado gigante, porque disso se beneficiam.

O socialismo/comunismo e outras variantes não tem como dar certo, com seu Estado inchado, por um motivo simples, ensinado pelo grande economista austríaco Ludwig Von Mises em 1922, há quase 100 anos portanto: O socialismo faz desparecer o mercado; sem mercado não pode haver cálculo correto de preços; sem cálculo correto de preços, não há planejamento; sem planejamento, não pode haver socialismo. O socialismo, como dizia a Primeira Ministra britânica Margaret Thatcher, só dura até acabar o dinheiro dos outros.

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Lívio Luiz Soares de Oliveira. Economista, analista pesquisador, articulista do Vida Destra