Já faz um mês que voltei a viver aqui no Brasil. Neste período, passei pela experiência de readaptação, não apenas ao fuso horário, mas também a um modo de vida com o qual eu não tive contato nos últimos vinte anos! Vim preparado para viver um verdadeiro choque cultural, mas para minha surpresa, o Brasil evoluiu muito, e a distância social que o separava do Japão certamente diminuiu bastante!
Este meu retorno recente me proporcionou uma experiência que, sinceramente, preferia não ter vivenciado! Como retornei em meio à pandemia de Covid-19, acabei vivenciando duas realidades diferentes, no que diz respeito ao combate ao coronavírus. Como já mencionei em artigos anteriores, a maneira como o Japão está lidando com a pandemia é tão distinta da maneira brasileira, que nem parece que estamos tratando da mesma doença!
De fato, deixei um país onde não houve lockdown, nem quarentena forçada. As pessoas são incentivadas a adotar as mesmas medidas preventivas que já são adotadas anualmente para prevenção da influenza, como o uso de máscaras, e os cuidados com a higiene. Por serem medidas corriqueiras, não houve grandes mudanças no dia a dia das pessoas. As escolas adiaram o início do ano letivo, que seria em abril e ocorreu em junho; as empresas funcionaram normalmente, e somente aquelas que dependiam de insumos importados, ou que exportavam seus produtos, tiveram suas atividades paralisadas por conta da interrupção da cadeia global de suprimentos. No Japão, apenas eventos de grande porte foram cancelados ou adiados, como ocorreu com as Olimpíadas. Não houve paralisação dos órgãos e serviços públicos, e nem restrições ao direito de ir e vir, com o governo se limitando a orientar as pessoas a evitar sair de casa sem necessidade, não sendo aplicada nenhuma sanção a quem o fizesse. Os números mostram que o governo japonês, até aqui, tem sido bem sucedido: de 13 de janeiro, quando foi registrado o primeiro caso de Covid-19, até hoje, foram 98.877 pessoas infectadas, 90.118 curadas e 1.731 mortos.
Após passar quase trinta horas ininterruptas usando máscara, cheguei no Brasil. Nos aeroportos japoneses, e no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, onde o voo fez uma escala, não houve nenhuma preocupação anormal em relação ao Covid-19, apenas as inspeções de segurança de praxe! Em Guarulhos, foi a mesma coisa! Porém, o medo que encontrei no Brasil superou qualquer expectativa! A histeria que até então eu só conhecia através dos noticiários, se apresentou a mim da maneira mais crua possível.
Neste mês que passou, não reencontrei nenhum parente além dos mais próximos, e nenhum dos meus amigos. Alguns me ligaram e disseram que quando a pandemia acabar, marcaremos um encontro para nos rever e matar a saudade. Da ultima vez que estive no Brasil, todos os dias eu recebia amigos em casa! Os convites para almoçar ou para um churrasco no final de semana eram frequentes. Desta vez, o medo falou mais alto que qualquer outro sentimento.
Estou muito triste por constatar que, mesmo com tudo o que escrevi, e mesmo com toda a minha vivência prática, mostrando que a pandemia não é isso tudo que foi veiculado na mídia brasileira, meus amigos e familiares escolheram acreditar na narrativa da imprensa alarmista. É triste constatar que o medo venceu a razão.
Mais triste ainda é constatar que muitas destas pessoas, estarão nas filas dispostas a tomar uma vacina qualquer, apenas para ter a ilusão que a pandemia acabou. É triste constatar que, apesar de toda a luta que empreendemos, muitos ainda caem nas narrativas criadas pelo sistema nefasto que controla o mundo. Mas isto não é motivo para desanimar, esta triste constatação precisa servir de motivação para seguirmos em frente, combatendo estas narrativas e os seus autores, até que obtenhamos a vitória! Que Deus nos ajude!
Sander Souza (ConexãoJapão), para Vida Destra, 31/10/2020.
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Para a surpresa de @srsjoejp em seu art. uma pandemia, duas realidades,posso dizer q foi realmente um Mito das Cavernas provocado p/Imprensa e TV. Agora, Alexandre Garcia fez uma hipótese se a pop. Brasileira toda fosse o/Japão, aposto que trancafiados e c/terremotos já estariam mortos de depressao.
Muito obrigado por sempre prestigiar o meu trabalho!
Brilhante. Infelizmente a narrativa da imprensa venceu e você mesmo está vendo com os próprios olhos, como as coisas funcionam no Brasil
Infelizmente, meu amigo, as coisas estão piores do que pensei!
Muito triste isso tudo, eu hora nenhuma tive medo.
Muito obrigado por ler e comentar, Ana!
Infelizmente nem todos tiveram a consciência real da situação!
Uma.análise precisa e oportuna Sander. Infelizmente a população está adestrada.
Muito obrigado pelo apoio, Paulo!
Infelizmente a população ainda não está totalmente liberta da doutrinação e da influência da mídia!
Acho que até na primeira semana da aparição do COVID-19, posso até aceitar o MEDO das pessoas, mas depois disso,com tantas informações disponíveis, não né? É inacreditável mesmo,por mais que eu tente falar sobre a verdade com meus amigos,sempre existe um ” pois é, mas não é bem assim” …qta ignorância ….não tive medo em nenhum momento, nem tomarei vacina nenhuma! Bem vindo de volta!
Muito obrigado por ler e comentar!
Infelizmente, informação por si só, não tem feito muita diferença nestes tempos!
Sander, em meu entender vc identificou dois conceitos-chave para o que está acontecendo: “histeria” e “narrativas criadas pelo sistema nefasto que controla o mundo”. A primeira decorre da segunda e ambas demonstram o gravíssimo momento em que vivemos e pelo avanço totalitário embutido nas “medidas científicas” para combater a pandemia. Parabéns.
Muito obrigado por ler e comentar!
Às vezes é tudo tão surreal que fico esperando o momento de acordar!