É muito ruim sentir medo, viver em pânico, ter preocupações além das usuais, que já são muitas, principalmente, para quem mora nos grandes centros brasileiros.
Por que, então, aceitamos passivamente a manipulação tosca de uma grande mídia desonesta? Por que ainda crer em jornais e revistas que fizeram um escândalo sobre os altos preços da carne, como se nunca mais fôssemos comer nada além de batatas, e que, poucos dias depois, não abriu o bico para trazer a boa nova da queda dos preços desse mesmo produto?
Por que, em um mesmo jornal, aparecem quatro, cinco matérias sobre o problema do novo coronavírus na Itália, mas nenhuma nota sobre a dengue no Brasil? Sem querer minimizar ou maximizar nada, mas, somente no Paraná, os casos confirmados de dengue ultrapassam 50 mil, e 37 pessoas já morreram.
A liberdade é um bem precioso, e muitos enchem a boca para se dizerem livres, donos dos seus narizes. Será?
A falta de liberdade não é consequência apenas de prisão física. Quando alguém é direcionado a agir e pensar conforme ditames impostos por outros, ele não pode ser considerado livre. É, na verdade, um escravo do sistema poderoso que o domina sem sua anuência ou percepção.
Esse assunto não é novidade, há décadas vários artigos e livros são escritos para mostrar o quanto somos manipulados pelos donos do poder, ou, usando a expressão em evidência, establishment.
Bom, então, já temos consciência de que a grande mídia manipula e não diz a verdade, portanto, o que ela publica pode não corresponder ao que está acontecendo realmente. A veracidade do que ela buzina aos nossos ouvidos, o tempo todo, vai depender dos sentimentos que ela deseja imprimir em seus súditos fiéis: medo, pânico, lealdade, deslealdade, empatia a criminosos, antipatia ao bem, ódio à moral e aos bons costumes, etc.
Assim, não adianta conferir o que ouvimos falar com o publicado em jornais e revistas desacreditados. E aí fica a pergunta: por que ainda precisamos da última palavra da mídia para acreditar ou desacreditar em algo?
Porque os anos de sequestro de nossas mentes foram mais eficientes do que as recentes tentativas de tratamento contra esse vício maldito. Sim, estamos viciados a ter outros pensando, pesquisando e analisando tudo para nós.
Sinto constatar que isso nada mais é do que uma desídia, uma negligência da nossa parte. Temos que ser mais fortes e enfrentar esse hábito perverso que sequestra a nossa liberdade de decisão, de escolha.
Eu acredito que a maioria de nós prefere viver no mundo real a habitar um universo paralelo, virtual. Vejo, pelo contato com outras pessoas, que elas não acham nada bom serem enganadas, passarem-lhes a perna. Sendo assim, já está mais que na hora de dar uma banana para esse povo. Chega, pessoal! Já deu, não é mesmo? Nós não precisamos deles, temos que soltar as amarras e ganhar de vez a nossa liberdade.
Gogol, para Vida Destra, 11/03/2020
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Somos desorganizados na vida terrena e organizados para a vida após a morte, apesar de ninguém que morreu voltou para contar! A manipulação e cabresto da mídia marrom (aquela que só notícia tragédias) deveria ter por parte da sociedade civil organizada (associações) ações coletivas contra os Jornalecos, mas ficamos lamentando sem agir, porque somos pessoas atrasadas do 5o.mundo das TREVAS, iguais aos haitianos???
Sensacional!!! ???
Ja sinto o cheiro da verdadeira liberdade!
#Dia15EuVou
???????
Sensacional!
Nos últimos dia o melhor é nem ter acesso a nenhuma mídia. Congresso e suas aberrações. Bolsa despencando, apologia aos pedófilos e assassinos. Coronavirus invadindo os países asiáticos e Europeus. Que mais falta acontecer?
Ótimo texto Gogol!!! Parabéns