Há quem se oponha. Sou capaz de entender. Minha dificuldade é compreender quem torce contra e difama. Opor-se é parte do jogo democrático, pois, afinal, todos têm o direito de discordar. Mas a torcida contra me parece coisa de quem, incapaz de fazer melhor, deseja do fundo de sua alma mesquinha que o adversário apenas erre sempre e em tudo. E quando isso não acontece se vale da difamação para desmerecer tudo e qualquer coisa que esteja sendo feita; foca na pessoa o seu ressentimento. E temos visto muita gente assim no Brasil, especialmente nos últimos nove meses.
Olho isso e me lembro da imagem daqueles que estão num barco a afundar e, enquanto alguns tentam tirar a água, há outros que nada fazem a não ser criticar e ironizar, como se o problema não fosse com eles.
Hoje o Brasil comemorou seu aniversário de fundação como país independente. Pela primeira vez em muitos anos, vi gente com esperanças comemorando as cores de nossa bandeira, numa demonstração que o patriotismo está ressurgindo e que o país já está melhorando. Mas também vi aqueles que se trajaram de preto. São esses que se recusam entender que estamos no mesmo barco. Se nada de positivo querem fazer, bem que poderiam limitar-se ao silêncio obsequioso que tanto vale para o ambiente eclesiástico, como deveria valer para a política.
Laerte A. Ferraz, para Vida Destra, 8 de setembro de 2019.
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