Dez de agosto de 2021, Congresso Nacional, Brasília, Brasil. Foi nesta data e neste local que ocorreu o maior atentado institucionalizado da história da política nacional. A covardia de uma geração de políticos totalmente alheia aos anseios do povo brasileiro chegou a um nível risível. Os “articuladores” do governo não conseguem nem se organizar numa frente única de defesa da vontade da maioria dos brasileiros. Houve aqueles que se dizem governistas fazendo malabarismos para justificar o seu medo de aprovar mais uma camada de segurança na suspeitíssima votação eletrônica, sob as mais absurdas desculpas, como por exemplo dizer que a votação manual em papel voltaria, o que, para aqueles que fizeram pelo menos a antiga primeira série do primário, que lessem a PEC 135/2019, seria imediatamente desmentido.
A vergonhosa sessão foi um circo dos horrores, com figurinhas como Alessandro Molon (PSB-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e até mesmo deputados eleitos na aba de Bolsonaro, como André Janones (AVANTE-MG), se desmanchando em narrativas do tipo “voto em papel é retrocesso”, “voto impresso é a volta do voto de cabresto”, “O governo está tentando desviar o foco da pandemia e dos escândalos” ou “Bolsonaro está intimidando o Congresso com tanques do exército”. Na prática foi uma demonstração de alinhamento entre a oposição ao governo e o STF.
Promovidas e defendidas pelo TSE, sobretudo pelo “ministro político partidário” Barroso, que junto a seu comparsa Alexandre de Moraes, fez uma mágica com os covardes congressistas que habitam o planalto, as “moderníssimas” urnas eletrônicas de 1996, possuem sérias situações que colocam em dúvida sua segurança. Para quem não acredita nas informações da live do presidente do último dia 05, é importante que assistam a entrevista dada ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, pelo engenheiro Carlos Rocha, um dos criadores do dispositivo. Seus esclarecimentos sobre a necessidade de mais camadas de segurança para o frágil processo eleitoral nos fazem compreender, definitivamente, que a PEC 135/2019 não é um assunto supérfluo, como afirmaram, mentirosamente, alguns indignos representantes do povo no Congresso, na votação de ontem.
O que resta é tentarmos entender que tipo de benefício trouxe a vinda de Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil. Se ele não foi capaz de articular com os membros de seu partido sobre um consenso na votação referida, qual a chance de ele articular com o Congresso inteiro, já que esta é a função do seu ministério?
Fica a dúvida se o centrão já está com as armas para se unir à esquerda para dar o próximo passo: Tornar Bolsonaro inelegível.
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 12/08/2021.
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Crédito da Imagem: Luiz Jacoby @LuizJacoby
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Fica a dúvida se o centrão já está com as armas para se unir à esquerda para dar o próximo passo: Tornar Bolsonaro inelegível.
Infelizmente é bem provável que sim, eu não confio no centrão ?