A origem da doutrinação religiosa na América Latina
A esquerda aparelhou, na América Latina, primeiramente a Igreja Católica com sua nefasta Teologia da Libertação, que nada mais é do que a adaptação (ou corrupção) das Escrituras à ideologia comunista. Permita-me contar, com auxílio de alguns escritos de minha autoria, contidos no meu livro “A Farsa Paulo Freire e a Decadência da Educação Brasileira”, como chegou até nós essa aberração. Veja:
“O (…) Conselho Mundial das Igrejas, influenciado pela KGB[1], foi sede do movimento soviético iniciado na Romênia para atingir a América Latina por meio da Religião Católica, com o intuito de aproximar, amigavelmente, o comunismo dos cristãos adeptos do catolicismo. A Romênia foi escolhida por ser o único país do bloco soviético a ter uma língua de origem latina. Segundo a versão narrada pelo ex-agente Ion Pacepa, da KGB, em 26 de outubro de 1959, Nikita Khrushchev simulou seis dias de férias (raros para um líder de alto escalão da KGB) na Romênia. Nikita desejava “entrar na história como o líder soviético que exportava o comunismo para a América Latina, do Sul e Central”[2] (DIAS, 2016).
Era uma tendência de conversações ideológicas, em que a União Soviética procurava fixar raízes em países e regiões estratégicas. Na América do Sul, a KGB “[…] tinha uma propensão pelos movimentos de ‘libertação’. O Exército Nacional de Libertação da Colômbia (FARC), criado pela KGB com a ajuda de Fidel Castro; o Exército Nacional de Libertação da Bolívia, criado pela KGB com a ajuda de Che Guevara; e (fora da América) a Organização para a Libertação da Palestina, criada pela KGB com a ajuda de Yasser Arafat” (DIAS, 2016).
A teologia da Libertação teve importância no chamado Programa de Dezinformatsiya, usado pela KGB para influenciar novos aliados. A esta altura, o Conselho Mundial das Igrejas já era alvo certo para ampliar o campo de influência comunista. Restava à KGB assumir o controle deste conselho, “usando-o como cobertura para converter a Teologia da Libertação numa ferramenta revolucionária na Igreja Católica sul-americana”[3] (DIAS, 2016).
Para aqueles que não se informam a fundo, o Conselho Mundial das Igrejas teve como membro o “patrono da educação brasileira”, Paulo Freire. Figuras como Leonardo Boff e Frei Beto eram muito próximas a Freire, o que nos permite desconfiar que ele ajudou a arquitetar esse movimento.
Agora estamos assistindo a Lula e sua quadrilha fazendo uma ridícula tentativa de aproximação aos evangélicos. A notícia ruim para o ex-presidiário é que a Igreja Evangélica foi atingida em escala bem menor por sua ideologia. Apesar de algumas denominações ou dissidências de denominações tradicionais terem se bandeado para a esquerda, essa parcela é mínima. Porém, por serem muito fiéis às Escrituras Sagradas e não possuírem lideranças mundiais institucionalizadas, as igrejas evangélicas são estruturalmente muito mais enraizadas nos princípios bíblicos, notoriamente antagônicos aos da esquerda.
Além de tudo isso, os católicos que não se deixaram corromper por lideranças comprometidas com o comunismo – como a CNBB, as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e até mesmo o próprio Papa socialista, totalmente assumido – acabam por não se dobrarem à ideologia dos comunistas.
Resta aos petistas tentarem desmentir aquilo que Lula deixa escancarado em seus discursos, apoiando aborto, ideologia de gênero, pautas globalistas que ferem diretamente os princípios do cristianismo. Quanto mais se aproximam dos evangélicos, mais tropeçam em suas mentiras. Lula é capaz de discursar num centro de candomblé e num templo cristão, teimando ser adepto aos dois espectros ao mesmo tempo, sem pudor de mentir descaradamente para estes dois conglomerados religiosos. Não tem coragem de admitir que é seguidor das ideias de Karl Marx, que apregoa, conforme Graham, pastor da Igreja Batista de Prestonwood, Texas, que “o socialismo está fundamentalmente em desacordo com a cosmovisão cristã” (…). “Ninguém que leva a sério sua fé cristã pode apoiar o socialismo”.[4]
Notas:
[1] Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti, cujo significado em português é Comitê de Segurança do Estado. KGB era a principal organização de serviços secretos da ex-União Soviética, que esteve em funcionamento entre 13 de março de 1954 e 6 de novembro de 1991.
[2] Jornal https://ceiri.news/o-papel-da-uniao-sovietica-na-origem-da-teologia-da-libertacao/
[3] Jornal https://ceiri.news/o-papel-da-uniao-sovietica-na-origem-da-teologia-da-libertacao/
[4] https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/como-regimes-socialistas-perseguiram-e-ainda-perseguem-a-religiao/
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 19/05/2022.
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