Em algum momento na História, várias regiões do mundo foram devastadas por cataclismos, crises financeiras de grande monta, guerras e por epidemias diversas. Jamais, porém, o globo terrestre fora atingido concomitantemente pelo mesmo evento. Nem o profeta mais pessimista vaticinaria um período tão funesto, em pleno século XXI.
As praças estão vazias, os ônibus não estão lotados, os representantes comerciais estão trabalhando em ambiente virtual, as crianças não estão frequentando as aulas, as pessoas não estão indo a restaurantes, shoppings e cinemas.
As recomendações de cautela, as orientações de prevenção que têm sido nos passadas a todo instante, e o rubor causado pela participação do Presidente da República, em manifestação no último dia 15 de março, deram lugar a uma preocupação imediata, graças ao alarido provocado pelos “carcarás” nas redes sociais – quando me refiro aos “carcarás”, me atenho aos políticos da oposição que reverberam suas energias ruins e aos “jornalistas” que ao invés de noticiar, adjetivam os fatos e os envolvidos, conforme vossas conveniências.
Aos militantes que sempre têm uma opinião “crítica” e nunca analítica, o silêncio é o melhor dos regalos. Ressalto aqui que o fato de o Presidente ter participado efetivamente da manifestação provocou histeria entre as mencionadas aves oportunistas (e necrófagas, famintas por “cadáveres”), e ele seria igualmente criticado por uma eventual omissão. Se este foi um ato irresponsável, fico na torcida para que não tenhamos consequências maiores que o farfalhar do inimigo.
O mundo enfim, tem porteira! Barreiras foram impostas, fronteiras foram fechadas, e populações inteiras se encontram recônditas em seus lares.
O momento é de união! Não vamos vencer a essa crise digladiando contra os “carcarás” da velha esquerda ou contra os “isentões” da nova. O curso natural dos fatos irá reagrupar os envolvidos e abnegados pelo pronto restabelecimento da nação, quiçá do mundo, contrariando todas as teorias globalistas. Estamos vivendo um momento histórico, em que teremos a oportunidade de juntar todas as peças e montar o quebra cabeças.
Dizem por aí que o pessimista é um otimista bem informado, e eu, como adepto dessa máxima, venho, pelo menos por ora, contrariá-la, nada obstante às eventuais paralisações: estou otimista quanto ao recomeço! Grandes nações passaram por grandes dificuldades, e cresceram ainda mais. Os Estados Unidos se confirmaram como primeira potência após a crise de 1929; países do Eixo e os Aliados (excetuando a extinta URSS, por questão ideológica) são hoje grandes nações, cada qual com referências econômicas específicas; a Coreia do Sul, após a Guerra da Coreia, também conquistou sua pujança, sendo uma referência no mercado digital, automóveis e fabricação de celulares.
Desde os anos 90, não se ouvia a expressão “Pacote Econômico”, no Brasil. Agora o Ministro da Economia, Paulo Guedes, lançou mão de medidas emergenciais, com aporte de 147 bilhões de reais na Economia, com foco nas pequenas empresas, aposentados, facilitação de despacho aduaneiro para produtos farmacológicos, manutenção do emprego, entre outros paliativos no âmbito tributário.
É sempre bom lembrar que muitas das medidas idealizadas pelo governo, e já criticadas por “jornalistas” mais radicais da velha imprensa, necessitam passar pelo Congresso Nacional. A relação não é boa, como notoriamente é sabido, mas os dados do destino colocam mais uma vez, o governo de frente aos inimigos da pátria, não para solucionar uma crise global, mas para estancar seus efeitos deletérios.
O mundo está parado, imagens estarrecedoras dominam as redes sociais, como a de Meca (Caaba), santuário islâmico na Arábia Saudita, sempre com lotação máxima, agora vista sem a presença de um peregrino sequer! Imagens também de Veneza na Itália sem turistas, além de notícias de fechamento do Louvre e da Torre Eiffel em Paris. Nos Estados Unidos, as praias estão fechadas, e tantos outros pontos turísticos às moscas. Em Israel, no Muro das Lamentações, ninguém a lamentar, mas o cuidado, a tristeza, a ansiedade e tantas dúvidas estão na clausura doméstica.
Diante de tantos exemplos, me transformo em otimista de primeira hora, mesmo reconhecendo, que passaremos um período de restrições, mas a relargada para um novo e animador momento será dada no mundo ocidental, estando todos em pé de igualdade, assim que o “safety car”, imposto a todos pela pandemia, sair da frente.
Para tanto, façamos nos valer de que a cultura não é estática e copiemos as coisas boas de outras culturas de povos vencedores. Não há espaço para indolência! Que esse período de pandemia e consequente paralisação seja uma recarga nos ânimos, um aprendizado para os desafios futuros. Se muitas nações cresceram após muitas dificuldades, em breve, o Brasil se apresentará como um novo eldorado.
Max Miguel, para Vida Destra, 18/03/2.020.
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??? brilhante texto. Maravilhoso. Parabéns ao autor!!
Brilhante.