No dia em que se comemorava o dia do Exército Brasileiro, seu representante mais célebre, o Presidente da República, legitimamente homenageou a força, da qual fez carreira, em evento multitudinário, onde muitos pediam a intervenção militar ou o AI-5. O Presidente discursou e agradeceu o apoio, respeitando a liberdade de expressão. Em governos anteriores, presidentes homenageavam as suas classes de origem e os patrocinadores de vossos interesses como sindicatos, banqueiros, emissoras de televisão entre outros.
Não concordo com tudo o que apregoa o Presidente, nem com todas as manifestações, como nem sempre concordei com o meu chefe, com meu pai ou com minha mãe, mas acato o que lhe for facultado, tendo ou não o meu voto e ouso exprimir o óbvio ululante. A democracia representativa se legitima com o voto da maioria.
Poucos dias antes do isolamento social, escrevi aqui que o otimismo havia me contagiado*, pois recomeçaríamos em pé de igualdade com o mundo, mas estamos perdendo uma belíssima oportunidade de sobressair à crise tripla que nos assola. A intempestiva e excruciante disputa pelo poder leva o povo brasileiro a um temor além da crise, hoje a pergunta de um milhão é: como sairemos desse confinamento bovino sem empregos e sem recursos para recomeçar? O auxílio emergencial é apenas um paliativo para amenizar as faltas que a situação impõe.
As constantes quebras do pacto federativo, a usurpação do poder por parte do legislativo, a “legislatura” do STF, imiscuindo despudoradamente os poderes do executivo são eventos inconstitucionais.
O que mais se ouve nesses dias, é que as instituições funcionam, o que não duvido, mas os agentes das ditas instituições são reconhecidamente fracos, inexperientes e ressentidos, um parlamento incipiente, com agentes ainda não afeitos aos ritos, contrastando com outros mais, que viciados por um sistema falho de corrupção sistêmica, não promovem a paz e a ordem necessárias para o seu bom andamento, associado ao mais fraco Supremo Tribunal Federal da história, que militam sem embasamento constitucional, em favor de quem quer que seja, desde que contra o presidente e/ou Governo Federal. Estamos em ano de eleições municipais, e nossos agentes, funcionários públicos, pagos a peso de ouro, negligenciam o fato, numa clara intenção de se adiar o pleito, em mais um ato inconstitucional.
Lutando pela permanência na presidência das respectivas casas, Câmara dos Deputados e Senado Federal, Maia e Alcolumbre se estrebucham em suas cadeiras, travam pautas importantes, retardam outras tantas, ameaçam e chantageiam o Governo Federal.
Há um discurso corrente, de que o Presidente da República declarou guerra ao legislativo e ao STF, mas a leitura é de fácil entendimento, e se percebe que o parlamento com o aval do STF quem de fato declarou essa guerra. A polarização que permeia a sociedade brasileira desde 2013 tem sido demasiadamente nociva à democracia. Algo que sou repetitivo, mormente em momento de tamanha instabilidade.
Estamos vivendo em um filme de ficção-científica, ruas desertas, os poucos transeuntes, mascarados, o povo acasulado a espera de um maná das estrelas, sonham com a abdução de políticos nefastos que fazem jus aos poucos votos angariados nas últimas eleições.
Não faço defesa desabrida do Presidente da República, nem ataques deliberados aos seus detratores, mas mantenho o apoio à liberdade de expressão, tão cara em outros momentos de nossa história.
Espero que a ordem seja estabelecida, que nos torne a alegria, a honra em sermos brasileiros, e o espírito democrático nos fortaleça, e que não seja necessário o atendimento das últimas demandas, que os poderes se enquadrem e produzam exatamente aquilo para o qual foram eleitos ou designados, e sem dúvidas, os melhores frutos serão colhidos. Que saiamos deste estado de penúria e isolamento, que possamos enfim, gozar das maravilhas de nosso país!
Grande pátria; Desimportante; Em nenhum instante; Eu vou te trair; Não, não vou te trair! Cazuza
*https://vidadestra.org/sejamos-otimistas/
Max Miguel, para Vida Destra, 20/4/2.020.
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Muito bom o texto
Olá, meu amigo! Para que possamos sair dessa trama macraba, porcamente alavancada pelos criminosos políticos em abstinência de dinheiro público, devemos eliminar as sujeiras, por partes. Agora é hora de tirar, de uma vez por todas, o Maia da presidência da Câmara. A substituição é urgente, e o povo nas ruas, todos os dias e em todas as cidades é fundamental. Não podemos aceitar essa turma de ditadores. E ele tem que ser o primeiro a cair.