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DESCULPEM AÍ…

A OMS – Organização Mundial da Saúde, em relação à pandemia pela COVID-19, adotou discursos contraditórios ao longo do tempo.

Inicialmente, minimizaram a importância do vírus chinês e até criticaram o Brasil quando o nosso governo declarou a pandemia, já no mês de fevereiro. Exagero nosso, segundo eles.

Depois, quando já não podiam negar a pandemia, silenciaram quando vários países adotaram a quarentena horizontal como medida mais eficaz para conter a pandemia, cujo vírus, segundo se dizia, é altamente contagioso e mortal. Vacina? Só daqui a um ano ou mais. Terapia? Não existe, a não ser UTI com respiradores, segundo a OMS e muitos médicos.

Nosso governo tentou propor alternativas, afirmando que o confinamento horizontal era tolice e que deveria ser adotado o confinamento vertical, isto é, das pessoas com sintomas e dos pertencentes aos grupos de risco. É claro, ele pretendia conter o agravamento da pandemia com uma previsível crise financeira que fatalmente ocorreria com quarentena forçada e “lockdown”. O país não podia parar, dizia com razão o Presidente.

Além disso, desde o princípio, o Presidente sugeriu que a conhecida Hidroxicloroquina – usada com segurança há muitas décadas no Brasil – poderia impedir a multiplicação do vírus se aplicada precocemente, logo nos primeiros sintomas. Qual a base para isso? Algum estudo científico, alguma opinião de técnicos? Nada! Simples constatação prática.

Vários países do Mundo começaram, um tanto timidamente, a adotar a HCQ, mais o antibiótico Azitromicina, mais zinco e até anticoagulantes, pois já se sabia que os problemas pulmonares decorrentes do contágio, em casos graves, causam trombos, coisa que os anticoagulantes ajudam a evitar.

Por aqui a questão da pandemia se politizou. Dois Ministros da Saúde caíram por se recusarem a incluir a HCQ no protocolo de combate ao vírus, recomendando sempre o uso de máscaras, a higienização com álcool gel, a quarentena horizontal forçada, propondo exames em massa e urgente aparelhamento de hospitais de campanha com caríssimos respiradores que deveriam ser comprados em regime de urgência no mercado internacional.

Governadores e Prefeitos, estimulados pelos opositores políticos e imprensa hostil ao Governo Federal, recorreram ao STF que, em decisão até certo ponto surpreendente, retirou do Governo Federal a autoridade no combate à pandemia. Governadores e Prefeitos – decidiram os Ministros do STF – têm mais e melhor conhecimento sobre as necessidades da saúdes em seus Estados e Municípios que o Governo Federal. A este, coube apenas repassar recursos cujo controle foi muito afrouxado em função da emergência. Afinal, a própria OMS, baseada em um estudo fraudado publicado pela revista Lancet, deixou de pesquisar a eficiência da HCQ precoce. E como silenciou em relação à quarentena, o protocolo sugerido pelo governo foi sumariamente ignorado, sendo que, em alguns Estados, médicos do SUS ficaram impedidos de receitar a HCQ, em função dos possíveis, mas pouco prováveis efeitos colaterais. Afinal, a HCQ foi considerada uma droga perigosa e não havia qualquer comprovação científica de sua eficácia.

As consequências disso pudemos acompanhar – menos pela imprensa que pelas Redes Sociais informatizadas: compras superfaturadas, hospitais de campanha incompletos ou mal aparelhados e um número absurdo de contagiados e óbitos que colocaram o Brasil numa desconfortável posição. E, claro, o pânico se instalou na população.

O “fique em casa” passou a ser a palavra de ordem de Governadores encantados com a possibilidade e exercerem indisfarçável viés autoritário. Vimos atos absurdos sendo realizados em vários Estados por causa disso: gente sendo presa e algemada por estarem circulando em parques e praias; ameaças de multas e punições para quem andasse sem máscaras ou até mesmo circulando pelas ruas; comercio impedido de funcionar; atividades essenciais obrigadas a limitar atendimento e adotar critérios rigorosos de higiene. E, para aumentar ainda mais o temor popular, milhares de presos foram simplesmente libertados sob a justificativa de que a pandemia poderia contaminá-los nos presídios. O que poderia ser mais absurdo que prender cidadãos úteis e soltar apenados, muitos deles com longas e assustadoras fichas criminais? Enfim…coisas de um Brasil que jamais será para amadores.

Sim, é claro, cuidados são e sempre serão necessários, principalmente quanto ao uso de máscaras, álcool gel e certos resguardos, tais como evitar-se aglomerações. Entretanto, não havia e nem há como evitar que atividades como fornecimento água, luz, comunicações, transporte público, segurança, Forças Armadas, mercados, postos de abastecimento de combustíveis, oficinas, Bancos, Cartórios, Justiça, abastecimento, limpeza pública, transportes, serviços de entregas e tantos mais deixem de ser fornecidos à população. Simplesmente impossível parar completamente. E todas essas atividades são realizadas por pessoas que superlotam ônibus, trens e metros, usam elevadores, precisam se alimentar e convivem com outras pessoas em seus ambientes de trabalho. Essas pessoas podem ser contagiadas, levando o contágio para seus lares e familiares. Portanto, o confinamento horizontal por tempo indeterminado é uma insanidade que apenas estende a duração da pandemia, sem evitar o contágio. O principal efeito disso foi alimentar o pânico na população e, como se sabe, uma população em pânico é mais facilmente manipulável.

Apesar de disso, o número de contagiados e de óbitos aumentou. Como seria possível com todas as restrições que vinham sendo feitas? Logo se suspeitou que os números estivessem sendo artificialmente inflados, especialmente porque em vários Estados as mortes, independente de confirmação formal, passaram a engrossar as estatísticas como sendo pelo vírus. Para Governadores e Prefeitos tirânicos isso é muito conveniente, pois quanto mais grave a pandemia, mais recursos federais têm que ser liberados, menor é a fiscalização e controle e o eventual fracasso na administração pública será lançado na conta da pandemia. Mas, pior, os números alarmantes começaram a ser creditados ao Presidente. Por absurdo que pareça, imprensa e opositores passaram a cobrar de Bolsonaro a responsabilidade pelos números crescentes da pandemia, em atos da mais pura e cínica hipocrisia. Pior, muita gente acreditou nisso e até criticou quando foi sugerida a recontagem de óbitos.

Pois bem, o tempo passou e a OMS acabou tendo que reconhecer que o estudo publicado pela Lancet estava eivado de erros e retomou, após grande perda de precioso tempo, aos estudos da eficácia da HCQ ministrada precocemente e associada aos outros medicamentos. Com certeza muita gente morreu por causa disso. Quantas? Jamais saberemos.

Mais recentemente a OMS veio com duas novas bombas: a primeira é que – segundo agora afirmam – pessoas contagiadas, mas assintomáticas, muito raramente transmitem o vírus. Em outras palavras: quarentena horizontal pode realmente ser uma grande bobagem. A segunda bomba é que passou, com base nisso, a afirmar que jamais recomendou quarentena ou “lock down” como medida eficaz no combate à pandemia. O problema é que fizeram isso com mais de três meses de atraso, depois do pânico instaurado nas populações que perderam seus empregos em países que tiveram suas economias feitas em frangalhos. Inclusive o nosso.

Será interessante observar como Governadores, Prefeitos, Ministros do STF, políticos de oposição e imprensa vão se comportar em relação a essas novas revelações da OMS. Será que, finalmente, darão o braço a torcer e reconhecerão que Bolsonaro estava e está certo? Ou será que, como a OSM, inventarão novas desculpas?

Pois bem caros leitores, a questão aqui nem é dizer, como o tempo tem demonstrado, que Bolsonaro tinha razão desde o princípio, mas constatar que a OMS foi, nesse episódio da pandemia, profundamente incompetente. Numa comparação, até parece o motorista bêbado que após atropelar pedestres sobre a calçada, cinicamente diz: “Desculpem aí, hein? O problema foi a má sinalização”.

Laerte A. Ferraz, para Vida Destra, 09/06/2020.

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Rosangela Deckmann
Rosangela Deckmann
4 anos atrás

Parabéns, excelente seu texto! gostaria de q alguém, com bem mais paciência do q eu, aproveitasse para fazer uma linha do tempo, utilizando sua análise! qto à oms, não desculpo.eles que peçam desculpas aos q mataram e ainda irão matar, e tb às suas famílias. #BrasilForaDaOMS

Fabio Paggiaro
4 anos atrás

Resumiu tudo. Desde o início, o objetivo foi criar pânico e caos econômico no mundo para abrir espaço as ideias comunistas. Os “especialistas” que pregarem o isolamento horizontal deveriam responder por genocídio no Tribunal de Haia.

Welton Reis
4 anos atrás

Muito bom. O excesso de politização é o problema. Ontem disse para alguns parentes que a OMS nunca foi um órgão científico e sim político. Houve espanto, são jovens, ora é uma entidade que faz política de saúde para o mundo, porém se perdeu na política ideológica trazendo insegurança e desgraça para muitos.

Sander Souza
4 anos atrás

Parabéns pela excelente análise, Laerte! A canalhice da OMS não pode passar batida! Medidas precisam ser tomadas, mesmo que de forma unilateral!

Marcos Antº Portugal
Marcos Antº Portugal
4 anos atrás

As Forças Armadas usam a HCQ há mais de 70 anos em toda suas tropas. A Marinha do Brasil possui laboratório para produção em massa entre outros remédios da HCQ. Somente agora é que descobriram que a HCQ tem efeitos colaterais como se fosse a HCQ o único remédio com tais atributos.

Moises
Moises
4 anos atrás

Muito bom!!!

Hilda
Hilda
4 anos atrás

BOLSONARO ESTAVA CERTO!

Nunes
Admin
4 anos atrás

Ótimo artigo meu amigo. Bolsonaro tinha razão em todas as questões.

Fernanda Papaterra Limongi
Fernanda Papaterra Limongi
4 anos atrás

Excelente seu texto, Laerte! Falou e disse!

Advogado, jornalista e publicitário. Escritor, articulista, palestrante e consultor empresarial em Marketing e Comunicação