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O FIM DA CORDA

Acordei hoje, dia 25 de agosto, bem cedo e, como sempre faço, fui conferir as manchetes nos sites dos principais jornais. É fundamental começar o dia bem informado, não é verdade? Aproveitei para passar os olhos nos comentários de conhecidos articulistas que, com suas abalizadas opiniões, tanto nos auxiliam na formação da nossa opinião, nós, meros mortais, desprovidos que somos de capacidade de interpretação e análise. É isso mesmo, não é?

Vou relatar o que li:

No site do Estadão – o primeiro a ser consultado – li a sempre atuante Eliane Cantanhede comentando sobre as 115 mil mortes causadas pelo vírus chinês em nosso país. Ela reconheceu que a pandemia é mundial e, portanto, mortes em decorrência dela acontecem em todo Mundo e não apenas aqui. Mas foi além: reconheceu o esforço do Governo Bolsonaro no combate à pandemia, apesar das limitações impostas pelos competentes Ministros do STF que outorgaram aos Governadores e Prefeitos a primazia das ações de combate ao vírus, limitando a coordenação federal. Aliás, criticou severamente os Governadores e Prefeitos pelas absurdas quarentenas sem fim, pelas medidas disparatas e inócuas, assim como pela malversação dos fartos recursos concedidos pelo Governo Federal. Criticou a campanha feita pela imprensa que sempre evocou o parecer dos “especialistas” para justificar a campanha de pânico e oposição ao tratamento precoce com a Hidroxicloroquina. Afinal, conforme já é de conhecimento geral, a própria China vem usando o medicamento, desde fevereiro passado – ela, bem informada e isenta, garantiu. Da mesma forma, citando recente declaração do Diretor da OMS, deu razão ao Presidente quando, desde início, este afirmou que teríamos que conviver com o vírus chinês, evitando sacrificar a economia. E por fim isentou o Presidente de qualquer responsabilidade pelos óbitos, garantindo que se alguém tem tal responsabilidade, este seria o ex-ministro Mandetta que deixou o governo disparando contra o Presidente, contra a HCQ e defendendo que contagiados somente deveriam procurar tratamento quando tivessem problemas respiratórios. Foi isso que ela disse, não foi? Não, não foi. Ela disse exatamente o contrário – aliás, como boa parte da imprensa – afirmando que Bolsonaro não teve a sensibilidade de lamentar a 115 mil mortes pelo COVID-19 no evento “Vencendo a COVID-19”, realizado ontem e que contou com a presença dele.

Na sequência, consulto o site da Folha de S. Paulo – jornal que muita gente se refere injustamente como “Falha de S. Paulo” – e lá leio uma manchete na qual o articulista Helio Schwartsman lamenta e se desculpa pela recente declaração de que “torcia para que Bolsonaro morra” quando este contraiu o coronavírus. Bem fez ele em se retratar. Afinal, quando um articulista de jornal de grande circulação (será que a Falha, digo, a Folha de S.Paulo ainda tem grande circulação, apesar de oferecer gratuidade para diversas categorias?), manifesta tal desejo quando alguém está padecendo de enfermidade potencialmente mortal, revela o caráter de um biltre. Não fosse pela razão de se preservar da pecha de infame, o articulista deve ter considerado que, se algo assim ocorresse nos EUA, por exemplo, ele estaria seriamente implicado em ações judiciais, tanto criminais quanto civis. É claro que Helio Schwarsman tem o direito de se opor ao Governo e opinar sobre isso. Afinal, se fui contra as limitações impostas pelo íntegro Alexandre de Moraes a jornalistas e apoiadores do governo que criticaram o STF, com justa razão devo defender o direito de opinião de opositores. Então, aprovei a manchete que li. Só que não foi isso que aconteceu. Aliás, bem ao contrário, a manchete apenas reitera que o articulista se julga no direito de criticar, mesmo que seja da forma canalha como fez.

A seguir, fui consultar as matérias d’ O Globo. E lá leio um Merval Pereira, jornalista por quem sempre tive muito apreço, comentando sobre a competência do Governo Federal na maioria de suas ações, principalmente as de estar acabando com as tradições nordestinas da seca, da fome e da miséria, como sinalizou Silas Malafaia. Sim, é verdade, Bolsonaro e equipe estão fazendo isso. Com os projetos de dessalinização, perfuração de poços artesianos e conclusão das obras da Transposição do São Francisco em tempo recorde, o Governo Federal vai reduzir significativamente o impacto da seca no nordeste que sempre foi – há muitas décadas – a promessa recorrente dos coronéis das oligarquias políticas nordestinas que tinham, na manutenção de esperança de solução para algo que garantiam insolúvel, apoio para manutenção do poder. É bem verdade que esses políticos trabalharam para mitigar a seca: criaram empresas familiares para distribuir água através de caminhões-pipa, regiamente remuneradas pelo erário. Mas as soluções de Bolsonaro são mais abrangentes, mais duradouras e, com certeza, mais libertadoras das tradicionais amaras políticas nordestinas.

Mas não parou nisso. Nerval também comentou a competência de Bolsonaro e do Ministro Tarcísio de Freitas ao imprimirem ritmo célere em obras de infra-estrutura, especialmente na pavimentação de rodovias e construção de ferrovia, tão importantes para alavancar o progresso e escoar produção. Somente um completo incompetente não reconheceria isso, pois havendo infra-estrutura e canais adequados de movimentação, haverá a possibilidade de proliferação de indústrias e outras empresas, garantindo mais empregos, educação e melhoria da saúde, com impacto altamente positivo na renda e qualidade de vida da população local. Foi isso que Nerval disse, confere? Infelizmente, não. O título da matéria do articulista é exatamente o oposto disso. Ele afirmou que “Bolsonaro não tem capacidade para o cargo”. Em outras palavras: decretou a alcunha de “incompetente” justamente a quem está fazendo aquilo que nenhum outro antes dele teve capacidade e competência para fazer.

Depois li, ainda n’O Globo, um tanto superficialmente confesso, o comentário de Miriam Leitão elogiando as mudanças propostas pelo Presidente e seu Ministro Guedes no antigo programa Bolsa Família, que passará a ser chamado de Renda Brasil. Tais mudanças não apenas preveem aumento no benefício concedido e ampliação do número de beneficiados, como possibilitaram a liberação, por vários meses, de significativo auxílio emergencial para as famílias mais carentes, nestes tempos de pandemia, cujas restrições e quarentenas impostas por Governadores e Prefeitos tresloucados, provocaram avalanches de falências e desemprego. Foi isso que realmente li? Infelizmente, não. Como de hábito, a articulista ex-guerrilheira afirmou que isso é “Verba pública para pavimentar o populismo”. Não me recordo dela haver criticado, em qualquer ocasião, o “Bolsa Família” nos mesmo termos. Alguém lembra? Mas, o mais significativo é que ela intencional e maldosamente, chama de populismo medidas emergenciais absolutamente necessárias que, se não resolvem os problemas de quem perdeu o emprego ou ficou impossibilitado de trabalhar, ao menos mitigam as aflições dos desafortunados e evitam o caos social.

Por fim – e não querendo me aborrecer além da conta com tanta deturpação e oposição rasteira – fui passear os olhos pelas manchetes do Correio Brasiliense. Nada digno de nota, a não ser a costumeira e irrelevante oposição.

Caros leitores, ironias à parte, o que a gente mais lê nos principais jornais são críticas – muitas vezes descabidas ou fruto de deturpações de fatos – ao Governo Federal. Na ausência de escândalos de corrupção e incapazes de comentar positivamente os importantes acertos do atual governo, essa nossa imprensa – de forma geral e talvez carente dos antigos “cala a boca” das verbas publicitárias oficiais de governos anteriores – dedica-se a inventar crises, semear cizânia entre o Presidente e seus colaboradores diretos, apegar-se a falas presidenciais e publicar matérias raramente imparciais, quando não provocativas. É possível que acreditem que jornal ainda seja fonte primária de informação da população e que ainda podem manipular a opinião pública. Esquecem, porém, que quem tem hábito de leitura desenvolvido é, normalmente, gente com mais senso crítico e que já encontra nos meios virtuais e nas Redes Sociais de Internet canais alternativos e até mais isentos. Penso que não percebem que quanto mais assim agem, mais perdem relevância e leitura; estão chegando ao fim da corda e, na ponta dela, não percebem que há um laço. É puro suicídio.

Laerte A. Ferraz para Vida Destra, 24/08/2020

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14 COMMENTS

  1. No excelente artigo de Laerte com o título, o fim da corda, não vou perder meu tempo e dinheiro com a imprensa tradicional. Não sou masoquista. Hoje, a mídia alternativa c/Brasil Sem Medo, Gazeta do Povo, Crítica nacional, entre outros, te permitem ficar a par do noticiário. Sem falar nos canais de youtubers conservadores.

  2. Perfect!
    “No fim da corda, há duas possibilidades: “Ou tem um nó (o laço!), ou está desfiada, o que a torna imprestável.”
    Parabéns!

  3. Excelente análise. Mostra uma imprensa desesperada que precisa destituir o presidente para sobreviver. E a única munição que possuem e a mentira. Quanto mais mentem, mais perdem a credibilidade. E como não há outra alternativa, dobram as apostas. E se afundam cada vez mais. Por isso estão trabalhando para impor a censura nas redes, e o farão se não reagirmos.

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Advogado, jornalista e publicitário. Escritor, articulista, palestrante e consultor empresarial em Marketing e Comunicação