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Opinião Sociedade

A canalhice sem fim do consórcio de imprensa

A velha imprensa agoniza

 

Quando Jair Bolsonaro escancarou, em rede nacional, as manobras de jornalistas para fugirem do fisco, as coisas começaram a ficar claras parta todos os brasileiros. A imprensa havia se tornado uma espécie de Poder da República, com força para manipular, inclusive, as decisões políticas dos governos anteriores. Era um porto seguro de poder, que se sustentava por meio do monopólio da informação.

Durante as décadas anteriores assistimos a imprensa se posicionar politicamente de acordo com a maré de benefícios que poderia receber. Todos sabem dos milhões despejados em publicidade nas emissoras de TV e rádio, da manipulação da informação para levar a população a se movimentar de acordo com a vontade de quem paga, do viés ideológico preferencial de jornalistas e chefes de redação.

A chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto quebrou uma hegemonia que estava, há décadas, estabelecida de forma efetiva. Os mais atentos se recordarão que o então candidato Jair Bolsonaro chegou encostar Willian Bonner e Miriam Leitão na parede, ao vivo, em rede nacional, nas ocasiões em que fora desafiado ou constrangido publicamente sobre assuntos que pareciam tabus intocáveis como o apoio do Grupo Globo, em editorial, ao regime de exceção,  iniciado em abril de 1964, ou quando escancarou que jornalistas possuem CNPJ para que a empresa e eles próprios fujam de encargos trabalhistas.

Como pássaros de asas cortadas, a velha imprensa se debate na tentativa de alçar voo, sem, no entanto, ter força suficiente diante da descentralização da informação promovida pela internet. Por isso não é de se estranhar que algumas das velhas raposas das redações rosnem feito cães raivosos diante dos feitos e da popularidade do presidente. É uma questão de sobrevivência. É o mesmo caso de um telefone de linha mover o mundo para tentar frear o avanço da telefonia móvel, numa alegoria simples. Para continuar com a hegemonia da informação os grandes grupos de comunicação e imprensa tentam se reinventar mas não conseguem competir com as redes sociais. A notícia não depende mais de um profissional para trazê-la ao público. Cada pessoa com um smarthphone é um órgão de notícias. Portanto os jornalistas que não se adaptam (ou não aceitam a evolução) acabam por concordar com a perseguição às redes sociais e com a regulamentação dos meios digitais. Eles não conseguem mais sobreviver e, portanto, precisam calar aqueles que vocalizam de forma contrária. Preciso concordar com Guilherme Fiuza quanto ao seu posicionamento sobre essa guerra. Ele atribui esse comportamento da imprensa, dos empresários e banqueiros, viúvos da quadrilha que ocupou o poder por quase 14 anos, ao fato de que eles estão perdendo muito dinheiro, o que não tem nada a ver com ideologia, esquerda ou direita. É uma questão de sobrevivência financeira.

Basta olharmos para os cortes promovidos pelo atual governo aos repasses para os veículos de imprensa; dados amplamente divulgados, que veremos o que faz jornalistas da Globo e de outras viúvas do PT, criarem termos constrangedores como “despiora da economia”, ou ainda darem notícias sobre apreensão de drogas ou de diminuição do número de homicídios, como se estivessem anunciando o velório de algum deles. Certamente eles estão colhendo os frutos de não terem evoluído para competir com a internet, ou se adaptar a ela.

Para todos os efeitos, a velha imprensa agoniza, tendo que se virar ou se prostituir para assegurar o retorno da quadrilha vermelha ao poder, para continuar com os dutos de dinheiro público abertos para seus cofres.

A fabricação de mentiras é o último suspiro de jornalistas que ainda vivem no século passado, pensando que os brasileiros esperam até as 20:30 da noite para saber das notícias do dia.  Alguém precisa dizer a esses militantes agonizantes que não adianta tentarem apoiar a censura ou o “cala a boca”, como vimos no caso da cassação do mandato do deputado paranaense Fernando Francischini. A liberdade sempre encontra um caminho. Enquanto houver um fio de esperança na democracia, haverá homens e mulheres dispostos a morrer e matar pela liberdade.

 

 

Davidson Oliveira, para Vida Destra, 09/06/2022.
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Professor de Educação básica-ensino fundamental, séries iniciais. Pós graduado em Orientação Escolar, Supervisão Escolar e Psicopedagogia pela Faculdade Castelo Branco-NUPOEX-Colatina-ES. Autor dos livros “Reflexões Sobre Educação e Controle Social”, “Professores do Acaso” e “ A Farsa Paulo Freire e a Decadência da Educação Brasileira”.