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A EVOLUÇÃO DE BOLSONARO

A alta e crescente popularidade de Bolsonaro é pública e notória para todos aqueles que analisam o cenário político nacional fora de sua bolha ideológica. Todavia, no que tange às pesquisas de popularidade e rejeição, os resultados informados pelos institutos de pesquisa quase sempre contrariavam a lógica da realidade e dos fatos.

Este fenômeno ocorre desde antes da eleição do Presidente, em 2018, durante o período de campanha eleitoral, uma das pesquisas realizadas pelo Datafolha, mostrava derrota de Bolsonaro em todos os cenários de Segundo Turno e, como todos nós sabemos, a vitória de Bolsonaro foi contundente em ambos os turnos.

A partir daí, a descrença na credibilidade dos institutos de pesquisa só aumentou e os mesmos tornaram-se motivo de chacota. Entretanto, mesmo sob a crescente reprovação popular, os institutos de pesquisa continuaram a divulgar pesquisas negativas em relação ao Presidente da República, isto até as pesquisas divulgadas na última semana, onde se notou uma completa mudança no panorama dos resultados. Mas o que foi que mudou para que os institutos de pesquisa divulgassem resultados mais próximos da realidade? É isto que vamos esclarecer a partir de agora.

Nas pesquisas de aprovação e rejeição popular realizadas na última semana, pudemos notar um expressivo crescimento na popularidade de Bolsonaro através da aprovação de seu governo, com os números mais positivos desde o início de seu mandato. Além disso, notou-se uma vertiginosa queda em seus índices de rejeição, principalmente na região Nordeste, conhecido reduto lulo-petista que foi, em 2018, a região mais inclinada à esquerda e mais resistente ao voto em Jair Messias Bolsonaro.

A leitura destes dados é muito importante. A mudança significativa que ocorre no Nordeste, não resulta apenas em uma aceitação maior do Presidente, mas na quebra de um paradigma que perdurava por quase duas décadas, onde a esquerda dominava de forma incontestável toda a região. Isto significa uma libertação do curral ideológico e eleitoral imposto por poderosas famílias da região, bem como sinaliza uma conversão de voto para as eleições gerais de 2022, podendo resultar em uma histórica margem de pontos percentuais em favor de Jair Messias Bolsonaro.

Esta mudança tem várias justificativas e a principal delas é a dedicação do Governo Federal com a região. Desde que assumiu a Presidência da República, Bolsonaro tem conferido atenção especial ao Nordeste, principalmente nas áreas de Infraestrutura e Saneamento Básico. O trabalho do Ministro Tarcísio, bem como as parcerias estabelecidas pelo Governo Federal, significou uma revolução ao povo nordestino, principalmente no acesso à água potável. Tecnologias de dessalinização de águas marítimas, de captação de água através da umidade do ar, a concretização da transposição das águas do Rio São Francisco, todos esses investimentos significaram ao povo nordestino, a independência da necessidade dos caminhões-pipa, muito utilizados como moeda de troca de votos por inúmeros políticos. A água agora brota com fartura na região.

Durante o período de pandemia do novo Coronavírus, o auxílio emergencial também significou uma ratificação das políticas de Assistência Social do Governo Federal na região, reforçando a importância do Bolsa Família. A compreensão de que o auxílio financeiro às famílias de baixa renda é vital para a sobrevivência das mesmas, fez com que o Governo Federal se aproximasse ainda mais da faixa mais sensível da população brasileira, justamente aquela que vivia sob as rédeas e mordaças da esquerda. O equilíbrio entre um governo com políticas econômicas liberais e políticas públicas de bem-estar social, graças à brilhante atuação de Paulo Guedes, sob comando de Bolsonaro, propiciou à população de baixa renda, os melhores números de eliminação da pobreza extrema nas últimas quatro décadas.

Tudo isso aproximou mais ainda o povo de um Presidente popular por natureza e conservador como o povo nordestino. Mas ainda faltava um detalhe, fazer com que essa realidade popular chegasse à realidade das páginas dos jornais através das pesquisas de popularidade. Como fazer isso ante um sistema que odeia o Presidente e sonha em derrubá-lo 24 horas por dia?

A mudança na Secom, com a recriação do Ministério das Comunicações, chefiado por Fabio Faria, é a chave para esta difícil equação.

Desde que assumiu, Fabio Faria modificou completamente a forma de agir da comunicação direta do Presidente da República. Os perfis da Secom nas redes sociais passaram a contar com uma atividade muito maior, voltada para a divulgação massiva das benfeitorias realizadas pelo Governo Federal e no esclarecimento de dúvidas pertinentes. Antes, ineficaz, a Secom fazia com que o próprio Presidente precisasse usar suas redes sociais para esclarecer essas dúvidas, gerando conflitos e debates desnecessários com opositores, que utilizavam as redes para atrapalhar o trabalho de Bolsonaro.

Com a mudança na Secom, as discussões, debates e polêmicas, que antes necessitavam de atuação direta do Presidente da República para sua solução, agora são resolvidas através da comunicação oficial do governo. Com isso, Bolsonaro ganhou mais tempo para dedicar-se à sua agenda oficial, bem como para utilizar suas redes de forma a ratificar os esforços do governo, sem a necessidade de defender-se de polêmicas inócuas, que agora são resolvidas pela própria Secom.

A partir dessas mudanças, Bolsonaro também teve uma reaproximação com as ruas, que foram, desde o início de sua caminhada política, sua maior força. Bolsonaro fez visitas a vários pontos do país, principalmente no Norte e Nordeste, levando uma multidão de pessoas às ruas, tornando impossível para qualquer veículo de mídia, questionar a sua popularidade.

Ainda dentro das atividades do novo Ministério das Comunicações, o Governo Federal passou a dialogar muito melhor com o Congresso, gerando uma segurança muito maior ao Presidente, que com as mudanças na liderança de seu governo, vem construindo uma base de apoio muito forte. Bolsonaro demonstra muita maturidade neste ponto, aprendendo a dialogar e negociar com o material humano disponível na Câmara e no Senado.

Tudo isso causou uma pressão descomunal para ser administrada pelos institutos de pesquisa em um ano eleitoral. Como manter a credibilidade dos institutos frente às eleições que se avizinham, negando todas as mudanças positivas que ocorreram no Governo Federal?

Frente a essa dúvida, a única solução foi reconhecer a evolução do governo Bolsonaro de forma numérica e o instrumento para isso é justamente a pesquisa de popularidade do governo.

Precisamos lembrar que os institutos de pesquisa sobrevivem da encomenda de pesquisas e sem a credibilidade mínima, teriam um prejuízo enorme nos meses que se avizinham.

As eleições municipais em todo o Brasil serão importantíssimas e não há nenhum político em todo o território nacional, com popularidade minimamente comparável a Bolsonaro. Portanto, as pesquisas de intenção de voto serão fundamentais para definir o destino de cada Prefeitura. A partir deste cenário, os partidos e seus respectivos candidatos, precisam de pesquisas que gozem de credibilidade popular. Levando tudo isto em conta, o instituto que estiver mais próximo da realidade, largará na frente de todos os demais no momento da contratação de serviços.

Por último, todavia, não menos importante, temos o afastamento do Presidente Bolsonaro da ala mais radical de seu governo, a conhecida ala “olavista” – que fique claro que não se trata de uma crítica ao trabalho do Professor Olavo de Carvalho, mas sim aos que utilizam da imagem e palavras de Olavo para propagar ideias próprias, sem qualquer embasamento prático de sua eficácia – que vinha causando sérios problemas ao governo ao oporem-se frontalmente à presença de militares no governo. Vale ressaltar que Bolsonaro é militar e o respeito para com as Forças Armadas é uma obrigação cívica, independente de apreço ou não por elas e de qualquer afinidade ou diferença ideológica.

Com o Governo Federal trabalhando de forma mais pragmática e técnica, tivemos uma evolução significativa de seu reconhecimento por parte de toda a população, que em sua maioria, não se atém aos aspectos ideológicos contidos no discurso do Presidente, mas nos resultados das políticas propostas pelo governo, que tem melhorado a vida do cidadão brasileiro.

Lucas Jeha, para Vida Destra, 19/8/2020.

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5 COMMENTS

  1. Parabéns pelo ótimo artigo!
    Os institutos de pesquisa, principalmente na área eleitoral, não gozam de credibilidade nenhuma. Seguindo na narrativa de baixa popularidade do presidente em ano eleitoral, seria um tiro no próprio pé.

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Bacharel em Relações Internacionais. Jornalista. Conservador e Patriota. Siga-me também no Twitter @LucasJeha