Uma jornalista de uma grande emissora brasileira indagou sobre o efeito do 7 de setembro. Na ocasião, ela se perguntou se as manifestações teriam o mesmo efeito da facada de 2018.
Entre uma e outra, o jornalista acostumado a passar vergonha em enquetes pelo Twitter, Ricardo Noblat, chega a escrever sobre a real chance de o Presidente Bolsonaro levar no primeiro turno, a vitória.
Um palestrante, daqueles que ganham muita grana com suas palestras e que é jornalista da Globo News nas horas vagas, está um tanto quanto atordoado com o “efeito Bolsonaro” nas redes sociais, e critica aqueles que estavam cantando vitória antes da hora.
Essas e muitas outras reações normais entre os militantes de redação, do grande consórcio da verdade, estabelecido no Brasil com as bênçãos da esquerda que resolveu querer uma democracia sem povo, mostram que a invasão e o aparelhamento de quase tudo promovido pela esquerda gramscista estão no auge de sua eficiência.
É necessário aprender, e rápido, uma realidade sobre essa hegemonia agonizante da velha imprensa. O que a esquerda fez nos últimos 60 anos foi se apropriar de tudo o que é fonte de informação, ensino, cultura e finanças. Essa última talvez seja a mais forte de todas, pois controla o restante. No mundo atual, estamos acostumados a ver milionários, mundo a fora, determinando políticas em nível global, utilizando-se do poder financeiro para ditar políticas de várias naturezas, desde identitárias até regras de produção agrícola. Portanto, o aparelhamento defendido e orquestrado por Gramsci e seus adoradores chegou ao ápice de sua eficácia, porém, encontrou no meio do caminho uma “coisa” chamada povo, que majoritariamente é conservador. A rispidez da revolução é a repetição do erro do passado, quando as tentativas de revoluções armadas não se mostraram eficazes, visto que a população sempre tem a tendência de não aceitar nada que seja forçado.
A imprensa brasileira já mostra sinais de cansaço. Isso é algo normal, já que o trabalho de militância é tocado 24 horas por dia e o fator audiência não tem ajudado muito. Escrevo este texto no momento em que números de audiência entre entrevistas dos dois principais candidatos chegam a mim. Bolsonaro e Lula, no último dia 12 [de setembro], concederam entrevistas a canais distintos. O primeiro deu uma entrevista a um canal de jovens evangélicos e o segundo, a um renomado jornalista no canal da CNN. O resultado foi a popular “lavada” de audiência do Presidente Bolsonaro, mesmo que o canal ao qual ele deu entrevista não seja vinculado a nenhuma grande rede de TV ou veículo de mídia.
Essa é a nova tendência. Talvez Gramsci não previsse isso. Evidentemente que ele não esperava que a informação circulasse de forma tão livre como hoje, com a democratização da Internet.
Enquanto isso, os jornalistas continuam, em marcha cansativa (seus semblantes já demonstram o cansaço e o desânimo), buscando restabelecer a velha “harmonia” que existia na época dos governos que destinavam milhões aos órgãos de mídia para publicar balancetes de estatais e propagandas no melhor estilo “engana bobo”. Reparem os esforços para diminuir as manifestações de 7 de setembro de 2022. Nossos olhos veem milhões, mas a mídia agonizante vê alguns milhares, e se esforça a todo tempo para convencer o povo de que aquilo que ele vê não é real, é um delírio. Jornalistas militantes se movimentam em uma frenética tentativa diuturna de diminuir aquilo que será considerada a ultima pá de cal na esquerda brasileira.
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 15/09/2022.
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