Penso que em determinado momento, todos devemos assumir parte da responsabilidade que nos cabe, pois só assim caminharemos ao encontro à solução de correção dos erros cometidos.
Hoje, vivemos um caos jurídico que até certo ponto causa indignação e insegurança tanto na população como nação, quanto em investidores, e grande parte dessas decisões, partem de nosso supremo.
Mas, seria tão-somente culpa deles?
Deus nos deu o livre-arbítrio, e o poder sobre todas as coisas!
“Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão.
Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Deus os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra.
Disse Deus: Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês.
E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão. E assim foi.” (Gn 2, 26-30 – Grifos meus)
Nesse dia, nos deu o direito a vida, a liberdade, inclusive a de escolha (livre-arbítrio), à terra (propriedade) e a responsabilidade ética e moral para lidar com todas as outras. Nascia aí, os direitos naturais. Lei que nasce da condição humana, e que regiam todas as coisas até a criação da sociedade como conhecemos hoje.
“Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;
Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os.” (Rm 2, 14-15)
Hoje, infelizmente, temos que ter leis escritas, até para garantir os direitos básicos que não estão, nem precisariam estar escritos. E quem faz as leis, são os legisladores escolhidos pelo povo em eleições livres.
Em 1988, foi promulgada a Constituição, essa mesma que temos hoje, toda ela, elaborada por uma assembleia constituinte eleita por nós. Lembram?
Uma assembleia constituinte, basicamente constituída de progressistas, sociais-democratas e socialistas, em sua grande maioria de caçados pelo regime militar, eleitos por nós, o povo. E, que a escreveram, com o pensamento de nunca mais terem seus privilégios caçados, com leis de interpretações dúbias, ou simplesmente carentes de interpretações.
E, o que diz esta Constituição em seu art. 102?
“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:”
Nosso supremo, é composto por 11 ministro, sendo eles escolhidos pelo presidente, como trata o art. 101, e ratificado pelo Senado.
“Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.”
Como diz o ditado: “pau que nasce torto, não há vento que endireite!”
Desde a promulgação da Constituição em 1988, nenhum dos presidentes e congressistas, nos foram impostos a força, todos eles foram eleitos por nós.
Nós elegemos os presidentes que escolheram os supremos, e também elegemos o Congresso que não os controla e/ou regula, então, temos que assumir inevitavelmente, a nossa parcela de responsabilidade pelo que está ocorrendo em nossa nação, pois só assim, teremos condições de mudar a atual situação.
Lembrando que ela não será no grito. Não adianta pedir intervenção militar. Além de não poderem, por grave acusação de crime caso venham a falhar em seu intento (dispositivo bem colocado pelos caçados que escreveram a Constituição), já deixaram bem claro em um passado recente, que não o fariam novamente.
A solução, será a longo prazo, com escolhas acertadas. Lembrem, que esta destruição foi feita a longo prazo e com paciência, sendo a reconstrução, muito mais difícil e lenta!
Adilson Veiga, para Vida Destra, 08/12/2020
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Neste exuberante art. de @Ajveiga2 em que menciona o dir.natural:Amém! Agora tem muita legislação a regulamentar. Tbm quem convocou a Constituinte? PeC da Bengala e a forma de indicação de Ministros q vem p/1/5 deve ser revista. Tudo bem, nossa responsabilidade!
Bom dia Luiz, obrigado por ler e comentar!
Só não concordo com o “legisladores escolhidos pelo povo”. Com essa aberração do coeficiente eleitoral não é bem assim. Abraços
Pois, até para se ter coeficiente eleitoral, precisa do voto do povo!
Que texto! Épico, diria. Quanto respeito, quanta obediência às normas civis e quanta responsabilidade com a necessidade do cego cumprimento à nossa Carta Magna. Quanta felicidade no paralelo “desconstrução/construção. A paciência, resiliência e esperança são virtudes humanas que precisam ser exercidas por nós à bem da Pátria. Parabéns, Veiga.
Bom dia Dr Leão, obrigado!
É preciso lembrar ao povo, que temos sim, responsabilidades sobre o destino de nossa nação!
Concordo com o conteúdo! Nada vai cair do céu.
Assim como não podemos acreditar nas urnas eletrônicas, tenho certeza que muitos foram escolhidos pelo sistema operacional da mesma. Quanto à nossa responsabilidade pessoal, quero apenas acrescentar uma interação bem literal, sem irmos às ruas não vamos a lugar nenhum.
Ótimo texto! Reconhecer a nossa parcela de responsabilidade na situação atual do país, é o primeiro passo na busca de soluções.
Obrigado meu amigo, realmente está na hora de assumirmos nossa parcela de responsabilidade!