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Carros: A tentativa de se criar um carro popular nos anos 90 no Brasil

A crise se instalou no mercado nacional nos primeiros anos da década 90 e para piorar a situação das montadoras instaladas aqui, as importações iam de vento em popa, com a entrada de carros mais modernos e até mais baratos que os nacionais.

Contudo, isso era dos males o menor, pois, as vendas precisavam subir a qualquer e assim surgiu uma solução de bate-pronto: uma nova categoria de veículo que deveria custar o mínimo possível e ter motor 1.0 litro.

Este veículo receberia do governo federal, do então presidente Itamar Franco, um IPI simbólico de 0,1% e seria conhecido como “Carro Popular”, com o programa começando em 1 de fevereiro de 1993 e a ser encerrado em 31 de dezembro de 1996.

No entanto, já na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o programa foi abreviado para 1 de fevereiro de 1995, quando o IPI passou a ser os “eternos” 7% para carros até 1.0 litro.

Como naquela época quase tudo acontecia da noite para o dia (até rimou…), os fabricantes fizeram o que faziam bem, adaptar projetos antigos para a realidade do momento.

Por isso, a primeira coisa foi reduzir o tamanho dos motores, algo que apenas uma delas havia feito até então, sendo essa a Fiat, que em 1990, criou o Uno Mille, um modelo que tinha apenas 48 cavalos, ficando no lugar do antigo 1050.

No entanto, em 1993, o Fiat Uno Mille teve sua potência reduzida para 47 cavalos, mas com isso, a Fiat saiu na frente ao já dispor de seu carro popular.

Já a Autolatina, que reunia Ford e Volkswagen, reduziu o tamanho de seu motor AE-1600 e assim criou o AE-1000, com então 50 cavalos.

Com este motor OHV de origem Renault, a Autolatina lançou dois populares de um total de três, sendo eles o Ford Escort Hobby e o VW Gol 1000.

Ele tinha 52 cavalos no Escort Hobby, por conta do porte e peso, enquanto o Gol 1000 entregava 50 cavalos.

No caso da GM, a novidade do carro popular a fez desenvolver o motor 1.0 a partir do 1.6 do Chevrolet Chevette, uma ação que se mostraria bem ruim, com este entregando 50 cavalos.

Além do quarteto, o presidente Itamar pediu o retorno do Fusca e beneficiou o motor a ar 1600 como forma de recolocar o besouro nas ruas.

Com 58,7 cavalos, o Fusca apelidado de Itamar era o mais potente entre os carros populares.

Em 1994, o Chevette Junior saiu para dar lugar ao Corsa Wind com o motor 1.0 OHC Família I de 50 cavalos.

Todos os carros da época eram bem simples, não possuindo sequer ar quente, nem retrovisor do lado direito.

Limpador traseiro, vidros verdes, fonte 12V ou limpador de três velocidades nem eram opcionais em alguns deles.

A ordem do dia era extrema simplicidade para manter o preço na casa dos R$ 7.500, porém, quando FHC subiu o IPI, o preço foi para a faixa dos R$ 12.000. No final, o mercado cresceu, mas a qualidade dos carros nacionais, retrocedeu…

 

 

 

*Esta notícia pode ser atualizada a qualquer momento

*Com informações de Notícias Automotivas 

 

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