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Como as bets viraram uma ‘epidemia’ com 52 milhões de apostadores no Brasil

Com o endividamento em alta e consequentes desafios econômicos e sociais, governo compara apostas virtuais a epidemia e atua para impor regras mais restritivas para o mercado de jogos online

Vida Destra - Jornalismo by Vida Destra - Jornalismo
22 de novembro de 2024
in Noticias
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Como as bets viraram uma ‘epidemia’ com 52 milhões de apostadores no Brasil
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O vício em jogos de azar é um problema familiar e crescente em todo o mundo — dos EUA ao Reino Unido e à Austrália — na esteira da legalização de novas plataformas de apostas. Mas o que torna o Brasil único é o senso de urgência que esse boom causou entre os formuladores de políticas públicas em Brasília, que detectam na população do país maior vulnerabilidade. Quase um em cada três brasileiros vive abaixo da linha da pobreza, e a pobreza amplifica o desejo de fazer fortuna instantânea apostando no seu time de futebol ou girando uma roleta virtual.

Um estudo recente do Banco Central ressaltou a magnitude desse problema e causou ondas de choque em Brasília: 20% do dinheiro que o governo concedeu para o Bolsa Família em agosto teria sido gasto em sites de apostas online. “A vulnerabilidade que vem com a pobreza é algo que nos diferencia”, disse Daniel Dias, professor da Faculdade de Direito da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. Adicione a isso o fato de que muitos brasileiros agora têm acesso a empréstimos pela primeira vez em suas vidas — por meio de aplicativos e cartões de crédito que cobram taxas de juros anuais de até 438% — e forma-se um “coquetel explosivo”.

As dívidas provenientes das apostas são tantas que o Nubank divulgou um comunicado em setembro para tranquilizar seus investidores de que tem um mecanismo de exposição limitada a empréstimos para apostadores problemáticos.

A pilha de dívidas: o caso de Beatriz Azevedo dos Santos

Beatriz Azevedo dos Santos começou a jogar há dois anos, quando tinha 17 anos. Era algo inocente, apenas algumas pequenas apostas em um jogo de cassino virtual chamado Crash. Inicialmente, ela teve algum sucesso: “Eu ganhava algumas e perdia outras”, contou. Para ela, o hype propagado por grandes influenciadores brasileiros parecia verdadeiro — fortunas realmente poderiam ser feitas em jogos de azar.

Com um salário de R$ 500 por semana entregando pizza no Recife, Beatriz viu no jogo uma oportunidade de alcançar o estilo de vida luxuoso que via nas redes sociais. “As pessoas faziam parecer fácil”, disse. No entanto, o sonho rapidamente virou pesadelo. As apostas aumentaram e, em pouco tempo, Beatriz acumulou uma pilha impagável de dívidas. Após o roubo de sua bicicleta, ela gastou o pagamento do seguro de R$ 1.700 em apostas, além de pedir dinheiro a familiares e até ao proprietário de seu apartamento, sem sucesso em quitá-las. “Eu sentia que tinha controle sobre o jogo e que vencer dependia apenas de mim”, lamentou.

A expansão e os desafios da regulamentação

Durante décadas, os brasileiros apostaram de forma ilegal, como no jogo do bicho ou em salas de bingo clandestinas. A prática foi legalizada em 2018 e cresceu sem regulamentação até que o Ministério da Fazenda, enxergando uma chance de aumentar as receitas fiscais, implementou regras mais precisas no ano passado. Hoje, existem duas formas principais de aposta no Brasil, sendo o futebol o principal foco. Apostadores investem dinheiro em eventos como o time vencedor ou o número de cartões distribuídos em uma partida.

O jogo tornou-se difícil de evitar, com redes sociais inundadas por anúncios e influenciadores promovendo a prática. Empresas como Betano, Blaze e Pixbet patrocinam os times mais populares e utilizam jingles cativantes para atrair o público. O número de apostadores dobrou nos últimos seis meses, alcançando 52 milhões, segundo o Instituto Locomotiva. O Banco Central estima que os brasileiros gastam entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês em apostas.

Endividamento e influência social

A combinação de pobreza, altas taxas de juros e a promessa de enriquecimento rápido cria um cenário preocupante. Viviane Fernandes, pesquisadora do Idec, observa que o superendividado, geralmente, é um bom pagador que busca alternativas desesperadas para quitar dívidas, como recorrer a agiotas ou financeiras menores. O uso de cartões de crédito para apostas é outro agravante, com taxas de juros que chegam a 1.000% ao ano em alguns casos.

A ostentação de influenciadores, como Deolane Bezerra, reforça a ilusão de riqueza fácil. Com 22 milhões de seguidores, ela exibe carros de luxo e mansões, atraindo ainda mais pessoas ao vício. “As estratégias dos influencers são muito convincentes”, disse Fernandes.

A resposta do governo

A controvérsia aumentou a pressão sobre o governo para regulamentar o setor. O Ministério da Fazenda antecipou prazos para regular as empresas de apostas e proibiu o uso de cartões de crédito. A partir de janeiro de 2025, o governo promete ter controle total sobre as operações, incluindo a possibilidade de limitar valores apostados e observar sinais de lavagem de dinheiro.

Ainda assim, a regulamentação chega tarde para pessoas como Beatriz. Aos 19 anos, ela acumula uma dívida de R$ 7.000 em cartões de crédito de diversos bancos. Apesar de ter cedido o controle de suas contas bancárias à namorada, Beatriz ainda faz apostas ocasionais, movida pelo vício e pela ilusão de uma vida melhor. “Hoje, sei que isso foi só um sonho”, desabafou.

 

 

 

 

*Esta notícia pode ser atualizada a qualquer momento

*Fonte: Bloomberg Linea

 

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