Existem três meios básicos para se perder uma democracia — Estado Democrático e/ou Estado de Direito.
O primeiro e mais antigo era através das revoluções, como aconteceu em Cuba ― esse meio sangrento dificilmente acontecerá hoje, ficou meio que na história.
O segundo é entregarmos o poder aos socialistas, como fizeram recentemente nossos vizinhos: Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia; e também os Estados Unidos estão nas mãos dos progressistas.
E existe o terceiro, sobre o qual falaremos, que é quando somos forçados, por violência psicológica e aparelhamento do Estado, a colocar o poder nas mãos dos socialistas.
Após 33 anos de socialdemocracia, que estava pronta a nos colocar no caminho que andam agora nossos vizinhos, resolvemos acordar para a situação e, na última eleição presidencial, elegemos um presidente que, apesar de a vida política ser toda no centro, tinha um alto conceito conservador. E sua eleição foi o suficiente para levantar as forças contrárias, o establishment, aportuguesado para estabelecimento (forças político-econômicas que dominam o estado).
Não tem como negar que, com um país administrado e legislado durante 33 anos por socialistas, haveria uma máquina administrativa inchada e totalmente aparelhada, incluindo aí o judiciário.
Foram todas essas forças que se levantaram contra o atual Presidente.
Com uma Suprema Corte tendo 9 de seus 11 ministros indicados pelo PT, último partido a nos governar antes do Presidente Bolsonaro, não foi difícil que esta virasse instrumento nas mãos da oposição, e, principalmente, nas mãos de quem os indicou.
Não entrarei aqui nas várias interferências do Supremo nas prerrogativas do Presidente, ou de quantas vezes ele teve processos abertos no Supremo — 200 ações para ser exato —, pois esse assunto está mais do que batido e é de conhecimento de todos.
Voltaremos ao terceiro modo de como perder a democracia, colocando o poder nas mãos dos socialistas.
Acontece que esse modo só funciona com a conivência do povo, ou pior, aquele que é o nosso caso, a omissão.
O último partido socialista a nos governar, o PT — Lula 01/01/2003 a 31/12/2010, Dilma 01/01/2011 a 31/08/2016 quando foi destituída — foi elevado ao nível de quadrilha, com envolvimento em desvios de verba pública, corrupção e lavagem de dinheiro, tendo como chefe e líder supremo, o ex-presidente Lula — condenado em três processos, um em terceira instância, acabou preso em 2018, mesmo que na superintendência da polícia federal.
Com o pífio desempenho do seu candidato à presidência em 2018 — Fernando Haddad, adversário do Presidente Bolsonaro —, e mais pífio ainda nas eleições municipais de 2020, o Supremo entrou em ação para colocar Lula em condições de disputar as eleições de 2022.
O Supremo, que alterara o entendimento permitindo a prisão após julgamento, em 2016, voltou a proibi-la em 2018, com intuito de soltar o ex-presidente.
Só que isso não resolveria o caso, pois com o crescimento do Presidente Bolsonaro devido a sua boa administração, com economia melhorando, com índices melhores do que os de governos PTistas — apesar da pandemia e da guerra Rússia/Ucrânia, tivemos aumento do emprego, crescimento do PIB, apreensão de drogas e diminuição da violência —, resolveram partir para o tudo ou nada, pois o ex-presidente e chefe do partido-quadrilha, mesmo solto, continuava condenado e com ficha suja.
Foi então que, em 2019, o Supremo deu seu golpe fatal!
Apesar de a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo ter renunciado dos processos — Triplex e sítio de Atibaia — em favor da justiça federal em Curitiba; apesar de vários recursos de incompetência da 13ª vara federal de Curitiba para julgar os casos terem sido negados à defesa, primeiro pelo TRF4 e depois pelo próprio Supremo, inclusive pelo ministro Teori Zavascki, morto em acidente de avião em 2017, o ministro Edson Fachin resolveu, de uma canetada só, em março de 2021, anular todas as condenações de Lula em Curitiba — referendado um mês depois pelo pleno do Supremo —, limpando sua ficha e o liberando para disputar as eleições presidenciais de 2022.
Enquanto isso, o Supremo começou a apertar o cerco aos apoiadores do Presidente Bolsonaro, tanto os políticos, quanto a população, a ponto de não podermos falar sobre a ligação do PT com o PCC — matéria de delação à polícia federal, do ex-operador do PT, Marcos Valério, no caso do mensalão.
Como podem ver, estão tentando colocar o socialismo no poder. E com a omissão do povo!
Porque quando o soltaram com a anulação do entendimento da prisão em 2ª instância, ninguém foi às ruas protestar.
Quando anularam as condenações do corrupto, ninguém parou o país — aliás, quando, em 2021, os caminhoneiros resolveram parar o país em apoio ao Presidente, inclusive cercando Brasília, todos ficaram com medo de desabastecimento e pediram para acabar a paralisação.
Agora, estamos proibidos de falar o óbvio pelo ministro supremo e futuro presidente do TSE — monocraticamente e em um plantão — que esse partido é uma quadrilha e seu líder, um corrupto, a pouco mais de dois meses das eleições, novamente nos calamos.
Ou tomamos uma atitude agora e, principalmente, resolvemos comparecer em massa às eleições, ou teremos o mesmo destino de nossos vizinhos, que concluíram com sucesso a segunda forma de perda da democracia: caíram nas mãos dos socialistas.
Adilson Veiga para Vida Destra, 16 de agosto de 2022.
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