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Destrinchando – Como ser um conservador – 1

Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveite.

 

Socialismo  – A grande fraude

O socialismo, na verdade, é um sistema de governo forçado e imposto de alto a baixo. Em geral as leis organizadas pelos partidos socialistas e replicadas nos diversos países, propunham organizar a sociedade para o “bem maior de todos”. Alguns dos itens abaixo são totalmente propostos e colocados em prática pelos socialistas:

  • Marginalizar ou proibir atividades
  • confisco de empresas dos empreendedores
  • abolir gramáticas escolares
  • mudança de padrões da linguagem
  • forçar a fusão de escolas
  • controlar as relações nos locais de trabalho
  • regular as jornadas de trabalho
  • forçar a obrigatoriedade de filiação à sindicatos
  • proibição de caça
  • expropriação de propriedade do seu dono e outorgá-la ao inquilino
  • coação de empresas ao governo por um preço imposto
  • controlar toda a sociedade mediante o trabalho de órgãos paraestatais

Esse desejo de controlar a sociedade em nome da “igualdade”, expressa o mesmo desprezo pela liberdade humana. Indivíduos devem ser livres, livres em todos os sentidos, até das pretensões insolentes dos hipócritas que querem controlá-los.

 

Ray Honeyford e a Salisbury Review

Raymond Honeyford foi professor, escritor e crítico britânico das falhas do multiculturalismo. Quando o mesmo era diretor da Drummond Middle School em Bradford, Yorkshire, no início da decáda de 80, escreveu um artigo para a revista Salisbury Review de Roger Scruton. Neste artigo ele defendia  a integração das novas minorias via sistema de ensino, lamentava o isolamento das famílias paquistanesas cujos filhos ele se esforçava para lecionar.

Ray Honeyford era um professor justo e consciente, acreditava que sua missão de vida era preparar as crianças para uma vida responsável na sociedade. No seu artigo, ele propunha integrar as crianças  no ambiente cultural secular, protegendo crianças e mulheres de punições islâmicas; e com razão, ele não via sentido na doutrinação baseada em multiculturalismo, o futuro do país dependeria da integração de um currículo comum nas escolas para as minorias recém chegadas.

Por falar a verdade, Raymond Honeyford foi chamado de racista, perseguido, caluniado e demitido. Dali em diante, a Salisbury Review foi rotulada como uma publicação “racista” e a carreira acadêmica de Roger Scruton foi posta em xeque. Esse foi um exemplo de como funciona o expurgo stalinista executado pela rede de ensino para remover os sinais de patriotismo das escolas e apagar a memória da Inglaterra do registro cultural, mas similarmente aplicada em demais países. Qualquer pessoa que debatesse as mudanças introduzidas pela imigração em massa, eram rotuladas como  racistas. A acusação sendo a prova da culpa e ainda assim ninguém sabe dizer qual é o crime.

Esse modus operandi é o mesmo de décadas, não mesmo, caro leitor?

 

 

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Nunes, para Vida Destra, 19/11/2020
Vamos discutir o Tema. Sigam os perfis do Vida Destra no Twitter @vidadestra e o reserva @VidaDestra_Sup

10 COMMENTS

  1. Bom dia! Eu sempre achei a liberdade algo fundamental, desde os meus primeiros anos de ginásio, quando tive que enfrentar uma professora que não gostava de que eu pensasse demais e expressasse minhas opiniões sobre a matéria que ela lecionava, no caso, geopolítica. Inclusive suas provas, dissertativas, tinham que ter as respostas de acordo com a sua didática, não podia haver entendimento e, principalmente, não podia haver algo que fugisse do conceito explicado.
    Hoje entendo que ela tinha um viés socialista, mas na época pensava simplesmente que ela era uma ditadora.
    Em suma, gostei de mais esta parte da sua dissertação sobre um tema tão importante.
    Abs.,

    • Bom dia, obrigado pelo tempo dispensado na leitura e na escrita do comentário. Infelizmente a maioria dos professores do primário não gostam de alunos “pensantes”, criativos e indagadores, pois estes mesmos professores não têm a resposta para suas argumentações. Não se esqueça, toda quinta-feira estarei aqui postando o estudo deste livro.

  2. Excelente artigo e importante iniciativa!
    Vamos incentivar as pessoas a conhecerem mais sobre o conservadorismo e, ainda, incentivar o hábito da leitura!

  3. “Qualquer pessoa que debatesse as mudanças introduzidas pela imigração em massa, eram rotuladas como racistas. ”

    Mais atual que nunca.
    A França se calou, fechou os olhos e agora tem uma dinamite de longo pavio, porém aceso, nas mãos. A Alemanha, com seu convite em massa, expresso por Angela Merkel, já começa a sentir as consequências. A sociedade tenta se reorganizar, se amoldar aos novos hábitos e ao imposiciobamento da tolerância, devido ao que eu chamo, complexo de Hitler. A sociedade começa a se dividir, em silêncio, porém em passos lentos, muito lentos. Enquanto isso, os convidados vão se organizando, se unindo e, com apoio dos partidos “do bem comum” e da imprensa se tornando fortes.

    Muito bom artigo e muito boa a iniciativa em geral do Vida Destra. Acompanho sua publicações no Twitter. (Graças ao Fábio Talhari)

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Empreendedor, colunista da seção Desnudando o Mercado!