Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveitem!

Entenda o Nacionalismo e suas verdades – Parte II

Falamos anteriormente sobre o Nacionalismo se espalhando por toda a Europa, por mais de uma centena de anos, provocando um verdadeiro processo de desordem e conflitos por todo o continente. Vários historiadores atribuem a desordem provocada por Napoleão, como origem para as duas guerras mundiais vindouras.

Quando a paz foi restabelecida na Europa, após 1945, a Alemanha estava em ruínas e os países do Leste Europeu estavam sob o jugo soviético. Segundo o consenso da nova classe política, seriam necessárias para o futuro do continente,  mudanças drásticas em relação a política nacionalista e era hora de focar na reconstrução das nações.

Nacionalismo, como uma ideologia, é extremamente perigoso apenas à medida que as ideologias são perigosas. Pois ao ocupar o lugar deixado vago pela religião, estimula o verdadeiro crente a venerar a ideia nacionalista e a buscar soluções e concepções que ela não pode oferecer, ou seja, era a ideia nacional tal qual era invocada por Sieyès e na literatura alemã nazista.

Como explicado nos artigos anteriores, a ideia de nação defendida por pessoas comuns é totalmente diferente da ideia defendida acima. Pessoas comuns que vivem em livre associação, veem a nação como uma identidade histórica e a lealdade que as une em um corpo político. Os sentimentos de identidade nacional podem ser inflamados por guerras, comoção ideológica ou civil. E no estado normal, há os sentimentos pacíficos como uma espécie de paz entre vizinhos.

Continua.

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Nunes, para Vida Destra, 11/02/2021
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