Nesta série de artigos, sempre publicados às quintas-feiras, analisaremos a obra: Como ser um conservador, do filósofo e escritor inglês Roger Vernon Scruton, que faleceu em 12 de Janeiro de 2020. Acesse o sumário neste link, não se esqueça de colocar o mesmo nos seus favoritos. Lembrando que os títulos e subtítulos podem não ser iguais aos existentes no livro. Sem mais delongas, aproveitem!
Entenda o Nacionalismo e suas verdades – Parte VII
EUA, o Estado-Nação
No artigo anterior, deixamos a seguinte indagação, para ser refletida: Você já se perguntou, por que a experiência de um governo federal, que na Europa resultou em um império injustificável, conduziu a uma democracia viável nos Estados Unidos?
A resposta é simples: porque o federalismo norte-americano não criou um império, mas um Estado-nação.
Três fatores foram o estopim para que isso acontecesse:
- Disputas acerca dos direitos dos Estados.
- Guerra Civil.
- Legado da escravidão e do conflito étnico.
Três fatores foram determinantes para que o Estado-Nação se sobrepujasse:
- Estado de direito secular.
- Jurisdição territorial.
- Idioma comum em um lugar que as pessoas reivindicavam o país como sua pátria ou lar.
Diferente da comunidade europeia, as pessoas da comunidade norte-americana tratavam umas às outras como semelhantes, não como companheiros de uma mesma raça, religião, grupo étnico ou classe. Isso significa que as pessoas se viam como companheiras de uma comunidade na terra que compartilhavam. Os conflitos eram resolvidos pela Lei da Terra, sua lealdade à lei política cresceu com as obrigações da vizinhança.
Em um mundo ideal, a lei deveria funcionar dentro das fronteiras territoriais definidas por vínculos anteriores ou seculares, vínculos entre as pessoas e não por burocracia transnacional, que permite que pessoas se apoderem das leis dos diversos países, colocando a soberania dos países e as fronteiras como insignificantes.
A democracia exige fronteiras, e as fronteiras precisam do Estado-Nação.
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Nunes, para Vida Destra, 08/03/2021
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Creio que a origem do sucesso norte-americano veio pelo reconhecimento de que todos os seres humanos são iguais, ou seja, não há nobres e plebeus, senhores ou servos, credos ou raças. São semelhantes como vc bem colocou. Com base nisso, e nos conceitos protestantes de que o ser que trabalha duro e é temente a Deus progride na vida, surgiu a primeira e a mais funcional das democracias, apesar de todos os defeitos. Mas, estes, são decorrentes da natureza humana e os sistemas políticos apenas os potencializam ou atenuam. Excelente, Nunes. Os pontos que vc ressaltou no artigo levantam questões profundas.
Muito obrigado pela participação e complementação do artigo, com o seu comentário. Realmente o case norte-americano é único.