Para quem não leu a decisão judicial que possui 51 páginas, nem procurou saber os fatos do suposto abuso da menina, que levaram a uma decisão do juiz de absolver o réu, não é de bom tom externar uma opinião, nem defender um ou outro, pois o caso já teve seu veredito.
Até que haja uma nova interpretação do caso, tomar a atitude de chamar o acusado de estuprador ou falar que a pessoa contrária à narrativa da menina é apoiadora de estuprador, quem estará cometendo o crime é você.
Nem toda suposta vítima ou acusado de crime, os são de fato. Existem, inclusive, fatos de vítimas que viraram acusados, e acusados que viraram vítimas depois de serem analisados todos os fatos e provas. Temos que ter cuidado em expressar nosso “veredito” em redes sociais.
Podemos dar como exemplo o acontecido com Neymar, episódio que deveria ter nos ensinado alguns pontos de vista, ou até a ex-paquita que acusou o marido de agressão, onde ela disse levantar a bandeira da mulher, mostrou cortes em braços e mão, e depois de termos quase linchado o esposo dela, aparece um vídeo de segurança que mostra que ela mesma se mutilou.
É melhor, às vezes, não falarmos sem conhecimento de todos os fatos de alguns acontecimentos para não sermos levados pelo efeito “Voz do Povo”. Nesse caso específico da Mariana, algumas coisas, acontecimentos colocados no processo, fizeram com que o juiz tivesse algumas dúvidas sobre o fato ter sido como se apresentava. Para as pessoas que sabem o que acontece com acusados de estupro na cadeia, fica a pergunta: E se ele for realmente inocente? Depois de ter ido para a cadeia, ficará mais difícil apagar o acontecido.
Claro que existe a possibilidade dele ser realmente culpado, cabe então aos envolvidos, amigos dos envolvidos, ou até pessoas que viram o acontecido, testemunhas, levantarem mais provas para convencer o juiz.
Vou citar alguns fatos para serem ponderados, não estou defendendo ninguém, nem a garota e nem mesmo o “Dono da Balada”. O intuito é mostrar o que apareceu nos autos que deixaram o juiz em dúvida e no caso de dúvida o réu não pode ser condenado e nem a “vitima” virar ré. Só para que não tomemos partido de ninguém.
“Estupro Culposo”, expressão usada pelo o Portal do The Intercept, responsável pela divulgação do conteúdo, que assumiu no próprio site que usou essa expressão somente para resumir o caso para os leigos entenderem as informações da sentença.
Então podemos dizer que ao postarmos que “Estupro Culposo” não existe, estamos sendo óbvios e estamos no efeito “Voz do Povo”. O réu foi absolvido por falta de provas. A vítima falou que tinha sido drogada para o juiz, no entanto o laudo toxicológico dela, deu negativo. Todas as testemunhas que falaram com o juiz foram contra a acusação, contradizendo todos os fatos narrados pela vítima.
Imagens de câmeras de segurança mostradas ao juiz, onde a perícia relata junto com as imagens: “É possível perceber que a ofendida durante todo percurso, mantém postura firme, marcha normal, excelente resposta psicomotora e não apresenta distúrbio de marcha, característica de pessoas com a capacidade motora alterada por ingestão de bebidas alcoólicas ou substâncias químicas”. Mostra também na sentença que o próprio Ministério Público manifestou a absolvição do acusado.
Com base em tudo isso, tirou a capacidade do juiz de manifestar sentença contrária, já que cabe à acusação o ônus da prova. Vale lembrar que, ao invés da vítima denunciar que tinha sido constrangida em manter relações sexuais mediante violência ou ameaça, alegou que no momento estava incapaz de consentir ou não o ato sexual. Vale lembrar também que no laudo do IML não consta nenhum tipo de marcas de agressão; algo incomum para quem não concede o relacionamento sexual e é forçada.
Com isso não foi provado por exames toxicológicos, testemunhas, laudos de segurança ou IML que o crime relatado, de fato aconteceu. Tiveram até imagens dela indo a pé para outra “balada” procurar seus amigos, bem como “prints” das conversas trocadas por ela que em nenhum momento demonstra estar muito bêbada ou drogada.
Assim, não tinha provas para o juiz pautar uma sentença contrária. O vídeo do julgamento, que foi manipulado pelo portal The Intercept, e onde segundo o Ministério Público aparece a suposta vítima sendo humilhada pelo advogado do acusado, tanto juiz como promotor interferem, trechos estes excluídos na edição para dar a impressão que eles permitiram a humilhação. Mas a conduta do advogado do acusado, creio eu, ser outra questão, quem sabe seria motivo para um outro processo, que teria que ser analisado.
Então, antes de destruirmos reputações, fazermos textos enormes em redes sociais, devemos ver o que tinha em mãos quem julgou o caso. Diante de tudo isso, será mesmo que o correto seria condenar uma pessoa por estupro? E deixar uma pessoa sofrer na cadeia o que sofre quem é preso por esse crime?
Não estou defendendo ninguém, por mais que isso pareça, mas estou levantando os fatos ditos e mostrados para o juiz do processo. AH! Mas e se fosse sua filha? Entendo. Mas e se fosse seu filho? Você não gostaria de ter provas convincentes?
Não devemos julgar, principalmente o que não vimos e desconhecemos. Mas caso ainda queira fazer o julgamento sobre esse caso, então terá de imaginar em primeiro lugar, como sendo sua filha passando na mão de um suposto estuprador safado, canalha. Também terá de imaginar seu filho tendo sua vida devastada e preso injustamente por falsa acusação.
Agora em relação a Constantino; sim ele fez uma live sem se preparar adequadamente e acabou a conversa ficando confusa. Não pensou melhor nas palavras e, ao assistir com mais calma a parte do vídeo polêmico, a conclusão não o favorece. Mas se assistir todo o contexto do vídeo, perceberá que ele não fez apologia ao estupro e muito menos defendeu quem comete uma barbaridade dessas, pelo contrário.
Mas, empresas privadas podem dispensar os serviços de qualquer colaborador, pelos motivos que acharem adequados. Assim como o povo pode boicotar uma empresa, se achar injusta atitude com determinado funcionário ou prestador de serviço, ao dispensá-lo.
Na minha opinião as empresas não foram justas ao dispensar Constantino, se deixaram levar pelo efeito “Voz do Povo”, não por ignorância, mas por covardia. Cederam à pressão de uma esquerda histérica que retirou um trecho da live de Constantino, para viralizar contra o mesmo.
A esquerda, por odiar pessoa igual a Constantino, que não reza sua cartilha, faz de tudo para difamar aqueles que são contrários à sua ideologia.
No vídeo, em seu contexto, Constantino estava condenando mulheres que banalizam o estupro; mulheres que se envolvem em situações humilhantes e depois tentam se beneficiar injustamente da situação que elas causaram. Fora o fato que Constantino não ligou esse fato com o ocorrido em Santa Catarina.
Vale ressaltar que na Jovem Pan, Vera Magalhães debochou da Ministra Damares pelo ocorrido com ela quando criança. Dois pesos e duas medidas. Não vi tanto falatório também quando Maria do Rosário defendeu um estuprador que matou sua vítima com requintes de crueldade, essas mesmas pessoas condenaram Jair Bolsonaro na época. Seriam as mesmas pessoas agora querendo condenar um juiz sem provas?
Vídeos manipulados, falta de provas, histórias mal contadas, população no efeito “Voz do Povo”, ignorâncias, falta de leitura, live com trechos fora de contexto, e uma certeza: Não somos ninguém para julgar, e isso já nos foi dito há muito tempo.
Claiton Appel, para Vida Destra, 07/11/2020
Vamos discutir o Tema! Sigam-me no Twitter @appel67
- A CPI do Ódio atropelada pelo Brasil sobre rodas - 25 de maio de 2021
- Povo verde e amarelo, com as famílias cristãs, decretam Artigo 5º da Constituição Federal - 18 de maio de 2021
- O decreto do Artigo 5º da Constituição Federal, um necessário “pleonasmo abusivo” - 11 de maio de 2021
Excelente análise, Claiton. Desnuda os fatos. E mostra que foram utilizados para destruir a reputação de Rodrigo Constantino. A esquerda não tem argumentos, então mente.
Excelente análise…
Excelente art.de @appeal67 s/o caso Mariana Ferrer as demissões de Constantino.No 1o. houve um estardalhaço da esquerda e no 2o. descontextualização do q ele disse. Anita, Vera Magalhães pediram a cabeça e o Sleeping Giants pressionou Band e Record. Devemos manter a atitude de boicotar!
Análise perfeita! ???