Parte I no link abaixo:
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Depois de muita expectativa, a partir das 17 horas daquela sexta feira, no Pronunciamento à Nação do Presidente da República, ficamos sabendo da outra versão da história. Do outro lado da moeda. Da estratégia de Bolsonaro no tabuleiro de xadrez após o xeque aplicado por Moro. O Presidente estava com todas as suas peças prontas para movimentar e sair da posição de perigo em que se encontrava. Estava rodeado de todos os seus ministros. Saiu rapidamente da situação incômoda partindo para o ataque frontal, rápido, letal. Fez isso calmamente, com a fala serena, assertiva, embora carregada de emoção. Diferente de Moro, Bolsonaro discursou de improviso. Olhando diretamente para as câmeras, falou com firmeza, mas com o coração, com sinceridade, com emotividade, como é de seu feitio. Mas o semblante do Presidente demonstrava tristeza e abatimento. Falas baseadas apenas na razão e na pura lógica convencem, mas não tocam na alma humana. Por outro lado, falas que sejam alicerçadas na razão, na lógica, na sinceridade, na verdade e, sobretudo, carregadas de emoção, tocam no fundo do coração.
O Presidente fez um discurso deste tipo. A sua postura, o seu olhar, o seu timbre de voz e seus gestos corporais demonstravam isso. Ali estava alguém falando de forma sincera, autêntica, transparente, como em uma conversa pessoal, olho no olho, sem subterfúgios, nem fingimentos, sem ter nada a esconder. Bolsonaro estava ali como que despindo sua alma perante a Nação, como em um desabafo para milhões de brasileiros.
O pronunciamento de Bolsonaro foi muito contrastante com o de Sérgio Moro no discurso frio, calculado, ensaiado e lido, pelo ex Ministro, às 11 horas da manhã daquela sexta. A fala do Presidente, na forma e no conteúdo, foi um movimento magistral, no tabuleiro político, para sair da zona de risco em que se encontrava e contra atacar com força seu agora adversário Sérgio Moro. Que fique essa fala de Bolsonaro registrada como uma Aula Magna de reversão rápida de expectativas negativas em positivas, na Arte da Guerra Política. Foi um movimento estratégico digno de Sun Tzu. Bolsonaro mostrou como um Comandante, verdadeiro líder, quando encurralado de forma traiçoeira em uma batalha, deve se posicionar. Mostrou como um Comandante, em um conflito intenso, perigoso, acossado por ferozes tropas inimigas, dispondo de escassos recursos, e margens mínimas de manobras, após ter recebido inesperada carga pesada de artilharia, não diretamente da tropa inimiga, mas, surpreendentemente, de um de seus principais e brilhantes generais, em que depositava toda a confiança, mas que acabara de desertar e se aliar ao lado adversário; deve agir. Agir e fazer a situação dar uma reviravolta extraordinária em seu favor, transformando uma potencial e iminente derrota em vitória, alterando os rumos da batalha e da guerra.
O mito em torno de nome de Sérgio Moro começou a se desfazer e desMOROnar a partir daquele contra ataque letal e preciso do Comandante Bolsonaro. Compreendemos a partir daquele Pronunciamento à Nação, que Moro não comunicou, como deveria fazê-lo por questões éticas, sua demissão pessoalmente ao Presidente, que era seu chefe e quem o escolheu como titular da pasta do MJSP. A partir da sequência da fala de Bolsonaro, as coisas começaram a clarear. As nuvens da desconfiança que estavam pairando sobre o Presidente começaram a se dissipar. Entendemos que o gesto de Moro, ao se demitir daquele jeito, foi, acima de tudo, um gesto político, mas, pela forma que escolheu, foi também um gesto afrontoso, mesquinho, e vingativo, partindo de alguém a quem tínhamos na conta de um grande herói.
Moro acusou o Presidente de não ter cumprido o que prometeu ao lhe dar carta branca no MJSP. Mas foi mais além: deixou nas entrelinhas a possibilidade de o Presidente ter cometido supostos crimes, de interferir na Polícia Federal (PF), de querer ter acessos a relatórios sigilosos de investigações. Mas não apresentou provas. Interessante que, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em janeiro deste ano, Moro negou que Bolsonaro interferisse na PF. No entanto, na coletiva de sexta feira, no MJSP, o ex Ministro mudou de parecer e chegou a dizer que nem nos governos do PT houve interferência na PF. Uma mudança radical de postura. E sobre a questão da indicação para o cargo de Diretor da PF, ficamos sabendo, no pronunciamento de Bolsonaro, que pela lei, isso é da competência exclusiva do Presidente da República. Nada havia de ilegal em substituir o titular do cargo, caso este não estivesse afinado com o Presidente. É isto o que diz a Lei Nº. 13.047/2014 :
Art. 2º-C. O cargo de Diretor-Geral, nomeado pelo Presidente da República, é privativo de delegado de Polícia Federal integrante da classe especial.
Fomos informados também que o Presidente queria ter acesso apenas a relatórios de inteligência, algo que é de seu direito, conforme será exposto adiante, e não a inquéritos sigilosos de operações em curso da PF, como Moro deixou implícito. Isso foi deixado no ar, como se o Presidente estivesse interessado em obter informações privilegiadas de inquéritos da PF sobre algum amigo ou familiar, principalmente de seus filhos. Ocorre que nenhum dos filhos do Presidente está sendo, atualmente, investigado pela PF. A velha imprensa bate nessa tecla, há tempos, de que o Presidente estaria tentando proteger Flávio Bolsonaro por supostas irregularidades, interferindo na PF. Ocorre que o próprio Bolsonaro havia declarado, ano passado, que se Flávio tivesse cometido algum crime, lamentaria por ser seu pai, mas que, como filho, que Flávio pagasse por isso . Além do mais, a própria Polícia Federal realizou investigações sobre o senador, no suposto caso que o envolveria em crimes de lavagem de dinheiro, concluindo que Flávio Bolsonaro não cometeu nenhuma ilegalidade ou crime .
E por que o Presidente precisa ter acesso a relatórios e informes confidenciais? No meio jurídico, existe um conceito relacionado à direitos e deveres “in eligendo”, isto é, cabe ao Presidente escolher bem seus auxiliares e responder por essas escolhas. Além desse conceito, existem os direitos e deveres in vigilando, isto é, ao Chefe do Executivo cabe acompanhar, monitorar e zelar pelo bom desempenho e correção no exercício das funções de seus auxiliares. Se não fizer nada disso, o Presidente se torna responsável por qualquer desvio em relação ao que preconizam as leis.
Parabéns Lívio! Comovente e seguindo fielmente as impressões do momento! ??????
Grato pelo seu comentário Olímpia!
Moro errou, deu um tiro e saiu pela culatra… Era certo ele ir pro Stf ou presidência em 2026…
Verdade Eduardo. Grato pelo seu comentário!
Excelente, meu amigo! Eu fico com os bons de coração, os sinceros, mesmo que, em alguns momentos, sejam ingênuos. Continuo a apoiar este presidente e seu governo, agora mais limpo com a saída de mais um infiltrado.
Eu subscrevo o que você escreveu meu amigo. Concordo plenamente. Grande abraço!
Nada mais a acrescentar, meu amigo Lívio! Oportuna e lúcida explanação sobre dois lados, dois destinos. Um afogou-se n própria soberba e na “fidelidade” ingenua a uma org criminosa calculista e manipuladora. O outro segue firme em seus propósitos não divergente das promessas q fez ao seu eleitorado qdo decidiu pagar nas “armas” e batalhar por todos nós. Parabéns.
Isso mesmo meu amigo. Grato pelo seu comentário.
Parabéns! Muito bom, só tenho algo a dizer que não foi relatado. No dia 12 de março, em entrevista a TV, não lembro qual, mas acho que foi a própria Globo, Moro declarou que o Presidente Bolsonaro nunca interferiu na PF. Procure esta informação.
Grato pelo seu comentário Denise. A informação que você deu está na terceira parte do artigo. Deus lhe abençoe!
Excelente!!
Grato! Deus lhe abençoe!