Vida Destra

Informação é Poder!

Política

MINHA BIOGRAFIA ACIMA DE TUDO. MEUS INTERESSES ACIMA DE TODOS! (Parte III)

Parte I e Parte II:

https://vidadestra.org/minha-biografia-acima-de-tudo-meus-interesses-acima-de-todos-parte-i/

https://vidadestra.org/minha-biografia-acima-de-tudo-meus-interesses-acima-de-todos-parte-ii/


 

Na tarde daquela sexta feira 24, tomamos conhecimento, diretamente de Jair Bolsonaro, dos motivos da atitude radical e desestabilizadora de Moro. O Presidente disse, sem meias palavras, que o ex Ministro era alguém que queria vê-lo fora da Presidência da República! Previamente, o Presidente teria falado isso em reunião com deputados federais. Isso, por si só, caracterizaria Moro como uma pessoa traidora e desleal.

Bolsonaro expôs a Moro agindo de forma prevaricadora, omissa, leniente, ao não tomar as devidas providências para esclarecer a tentativa de assassinato em Juiz de Fora, travando as investigações. O Presidente só não citou, explicitamente, esse comportamento de Moro como crime de prevaricação do ex Ministro. Mas isso ficou subentendido no seu pronunciamento. Esse crime está tipificado no artigo 319 do Código Penal:

Art 319: Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

Moro também não teria se sensibilizado, de forma alguma, em relação às atitudes arbitrárias de prefeitos e de governadores, que estavam cerceando direitos e liberdades constitucionais dos brasileiros, como liberdade de expressão e direito de ir e vir, tendo como desculpa o combate ao COVID-19. Mais prevaricação? Mais desídia? Onde heróis fazem isto? Moro foi se apequenando e Bolsonaro se agigantando, tornando-se este maior do que já é. Mas o trecho mais impactante da fala de Bolsonaro veio com uma frase emblemática, fulminante e lapidar:

“Dizer ao prezado ex-ministro Sergio Moro, como o senhor disse na sua coletiva que tinha uma biografia a zelar, eu tenho o Brasil para zelar”.

Frase digna de gigantes como Ronald Reagan e Winston Churchil. Moro, ao se preocupar com sua biografia acima de tudo, mostrou o quão narcisista é. O seu orgulho o fez meter os pés pelas mãos.

Jair mostrou Moro como desarmamentista, o que estaria em completa falta de sintonia com a visão e os valores conservadores defendidos pelo Presidente. Diante de uma gestão ineficaz, ou relapsa, do ex Diretor da PF, Maurício Valeixo, em esclarecer o crime de Juiz de Fora, ao ter concluído que Adélio agiu sozinho, quando muitas provas indicam o contrário, o Presidente tentou mostrar a Moro a necessidade de substituição do titular desse cargo. Moro se mostrou irredutível. Diante de uma cobrança explícita do Presidente, o ex Ministro condicionou a substituição do diretor da PF a uma troca: apenas em setembro deste ano, desde que ele, Moro, fosse indicado a uma vaga no STF. Chantagem explícita! Heróis não agem dessa forma! Isso é atitude de vilão!

A aura mítica de Paladino da Justiça começou a se esfumaçar de vez. Vimos que aquele personagem era apenas uma ilusão, uma farsa, um grande engodo. Moro conseguiu, muito bem, passar uma falsa imagem, cuidadosamente elaborada, a milhões de brasileiros que viam nele o Arquétipo de Justiceiro do Bem, usando truques de ótica marqueteira, como um mágico, para enganar a todos. Descobrimos que Moro era, na verdade, apenas uma espécie de “Mandrake” do lado sombrio, que iludiu, durante um bom tempo, toda uma nação. Agiu como um Mister M, o Mágico dos Mágicos, às avessas. Enquanto o Mister M original revelava os truques usados nos shows de mágica, o Mister Moro fazia questão de escondê-los do público, de forma a mantê-lo cativo e hipnotizado aos seus encantos e feitiços de grande sedutor de multidões de fiéis admiradores.

E, assim, a ficha caiu totalmente. Após analisarmos fatos passados com os olhos da razão, deixando de lado as lentes carregadas de emoção, que até então usávamos para descrever Sérgio Moro, finalmente entendemos o que tinha acontecido.

Compreendemos que o “herói” Moro era apenas um mito fabricado pelos globalistas fabianos. Nós ignoramos os sinais disso e fizemos de conta que ele era confiável e totalmente respeitável. Atribuímos a Moro qualidades e virtudes que ele não tinha e não tem. A máscara caiu e nós nos decepcionamos merecidamente por acreditarmos em um pseudo-herói. Toda decepção é diretamente proporcional ao grau de credibilidade, de confiança e de respeito que depositamos em uma pessoa que nos traiu. E essa decepção cresce não linearmente e se torna exponencial dependendo do modo como essa pessoa nos trai. No caso de Moro, ele traiu miseravelmente a confiança depositada nele pelo Presidente Bolsonaro e por milhões de brasileiros, que viam no ex Juiz Federal de Curitiba, e agora também ex Ministro, o arauto da justiça, o grande herói nacional que combatia a corrupção no atacado, o justiceiro enviado pelos céus para o grande acerto de contas contra o crime organizado que destruía o tecido social da nação.

A esse acerto de contas, jamais feito em nossa história, foi dado o nome de Operação Lava Jato. Seria a guerra final, em nosso país, contra a criminalidade do colarinho branco, contra a bandidagem dos tubarões, contra toda a corrupção impregnada nas instituições brasileiras. Assim, Moro foi alçado à categoria de semideus. Ele era quem, pensamos, estávamos esperando há tempos, para julgar com mão de ferro, de forma justa e punir os corruptos, os maus, os perversos, os grandes ladrões do erário e do crime organizado. E assim esse falso ídolo foi fabricado, atraindo uma legião de fiéis na nova seita fundada: a “Morolatria”.

O Super Moro, aquele boneco gigante inflável, com a face do ex Juiz Federal, da Lava Jato, e vestido como Superman, usado em várias manifestações que os patriotas brasileiros fizeram na luta contra a corrupção, agora faz parte de passado. O choque que levamos ao descobrir quem era a figura por trás do homem de carne e osso nos fez entender que nunca devemos criar grandes expectativas sobre qualquer ser humano, pois eles são falíveis. Confiar 100%, só em Deus!

Mas a Verdade sempre se impõe pela força dos fatos. A verdade liberta. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, ensinou Jesus. A verdade nos liberta da escravidão do engano. O engano, que se esconde na escuridão e na noite da mentira, se dissipa totalmente quando chegam os primeiros raios brilhantes do Sol da Verdade.

E eis então, quando mais o país precisava do suposto herói, eis que ele tira a máscara de justiceiro e se revela tal como é: Um homem vingativo, calculista, frio, insensível que não se preocupou em nada com a opressão de tantos brasileiros perseguidos, humilhados, brutalizados, presos por aspirantes a ditadores, apenas pelo fato de caminharem nas ruas, nas praias, ou sentarem em bancos de praças. Ou simplesmente tentarem ganhar a vida honestamente, como aquele pobre comerciante do Piauí, que foi tirado de dentro de sua loja, obrigado a fecha-la e depois, algemado de forma covarde e brutal, mesmo sem oferecer resistência, por policiais que praticaram abuso grave de autoridade. Não satisfeitos, os policiais ainda deram chave de braço no indefeso e desarmado cidadão trabalhador, asfixiando-o de tal forma que o homem teve ataque epiléptico e quase morreu. Ainda houve o caso de uma senhora em Goiás, presa e algemada, apenas porque não respeitou a distância entre pessoas imposta pelo governo estadual. E tantos e tantos outros casos de violência houve, contra cidadãos trabalhadores, que seria exaustivo narrar. Enquanto esses cidadãos honestos eram presos, e brutalizados, de forma arbitrária, milhares de criminosos eram soltos pelas autoridades, usando-se como desculpa o combate ao COVID-19, em uma inversão completa de valores. Mas onde estava Moro?

Moro, o suposto herói, se manteve calado diante da barbárie da perseguição implacável, por policiais militares, agindo como guardas pretorianas, sob as ordens de tiranos, de pretensos e potenciais pequenos Césares, contra os brasileiros indefesos, e desarmados, acusados de violarem leis sanitárias draconianas. Moro estava mais preocupado em manter e salvar as aparências. Estava mais interessado em ignorar os pedidos do Presidente Bolsonaro sobre as providências contra aqueles absurdos. Moro estava mais interessado em sua BIOGRAFIA. Moro estava mesmo interessado em negociar uma vaga para o STF. Quando não foi atendido, saiu atirando em que lhe estendeu a mão. Definitivamente, isso não é postura de herói! Nunca foi! Não esqueceremos isso, porque se tem uma falta grave que brasileiros não toleram é a traição! Agora conhecemos o lema de Moro: MINHA BIOGRAFIA ACIMA DE TUDO, E MEUS INTERESSES ACIMA DE TODOS!

 

Lívio Oliveira, para Vida Destra, 30 de abril de 2.020.

Sigam-me no Twitter! Vamos debater o assunto! @liviolsoliveira

24 COMMENTS

  1. Bom dia! Lívio, perfeito em sua análise, nos favorece pra que entendamos como funciona à articulação política sem a presença de Deus. Onde à mentira e à falácia fazem morada. O traidor age assim, na sombra daquele que brilha porque, quem age com verdade, confiante do olhar de Deus não erra o caminho!!

    • Bom dia Marco! Exatamente. Mas, graças a Deus, que a Verdade sempre surge, como o Sol que põe um fim à noite escura da mentira. Grato pelo seu comentário.

  2. Amigo Lívio, esse cretino é pior do que todos poderiam imaginar. Enviaram-me um post dele no Twitter em que o canalha usa o número de mortos pelo Coronavírus para atacar este governo. Ele diz q as mortes aumentam assustadoramente. É um sujeitinho baixo, torpe, vil. Em resumo, um VERME.

    • Pois é amigo. Estavam os sinais na nossa frente, de que ele não era dos nossos, e os ignoramos. A negação da realidade tem um alto custo. Estamos aprendendo uma grande lição. Grato pelo comentário e grande abraço!

  3. Bom Dia Lívio.!!
    Sergio Moro se deixou levar pela biografia e pelo populismo que achava que tinha, mais não colocou na balança coisa simples que já existiam como Olavo De carvalho e 57 milhões de votos e a maior obra de Bolsonaro que foi colocar este pais nas mãos de Deus, Brasil acima de todos e Deus acima de tudo.

    • Boa tarde Newton. Exatamente meu amigo. Este sujeito superestimou sua própria importância e se deu muito mal. Grato pelo seu comentário.

  4. Bom dia Lívio. Vc foi perfeito. Nossa decepção foi muito grande. Sempre digo q o tempo de Deus é diferente do nosso. Enquanto isso vamos pavimentando nossos saberes aprendendo a separar o Joio do trigo. Aprendizados , muito das vezes, é dolorido embora extremamente compensatórios. Obrigada

    • Boa tarde Beatriz. Sim, só recapitulando: “Toda decepção é diretamente proporcional ao grau de credibilidade, de confiança e de respeito que depositamos em uma pessoa que nos traiu.” Foi o caso desta pessoa. Mas, felizmente, a verdade surgiu e se impôs, libertando aqueles que amam a Verdade. Honrado pelo seu comentário. Deus lhe abençoe.

  5. Bom dia Lívio, seus comentários e as alegações escritas me fizeram retroceder desde a nomeação do Sr. Sérgio Moro, infelizmente ele traiu a si mesmo, e depois a nós. Brilhante exposição de fatos. Me chama a atenção a questão do globalismo, parece um tsunami. Porém vamos vencer. ??

    • Boa tarde Jeremias. Agradeço pela generosidade de seu comentário. De fato, Moro poderia ter escolhido um caminho que o colocasse entre os grandes lutadores da Verdade. Infelizmente, irá passar a história de uma forma nada lisonjeira. Valeu amigo. Deus lhe abençoe!

  6. A vaidade do ego faz isso com qualquer pessoa, longe de nós toda vaidade! Concordo com você em cada palavra, essa é também minha visão.
    Estejamos em oração!
    Sobre o Moro o que temos a dizer é que:
    Sua Luz é outra! Quando atravessou o 29° corredor, teve que declarar que Jesus não é a Luz do mundo e aceitar que Bafomet é o detentor da luz! Hj ele já se considera um ministro da Luz com 33 ritos passados e aprovação prévia do próprio inimigo dos homens!
    Parabéns, Lívio, pelo seu impecável artigo!

    • Rose, minha amiga, honrado pelo seu comentário. Concordo com o que você escreveu. Suas referências ao “trabalho” de Moro me faz lembrar de um outro personagem, que ambicionou tomar o lugar de Deus. Aliás, quis colocar o seu trono acima das mais altas nuvens. A inveja, o orgulho e a soberba fizeram com que a corrupção entrasse no coração desse ser, que era o mais glorioso da criação Divina, se tornasse o mais maligno dos seres. Como diz a Escritura: o orgulho precede a queda, e a altivez de espírito precede a ruína. Deus lhe abençoe e grande abraço!

LEAVE A RESPONSE

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Lívio Luiz Soares de Oliveira. Economista, analista pesquisador, articulista do Vida Destra