Paulo Guedes é economista pela UFMG, mestre pela FGV e mestre e doutor em economia pela Universidade de Chicago, escola referência no pensamento liberal econômico que formou os economistas chilenos que estabilizaram a economia daquele país no governo de Pinochet através de medidas liberais, como privatizações em massa de empresas estatais, revogação de regulamentações inúteis e abertura da economia ao mercado externo. Além disso, a Universidade de Chicago é a que mais reúne economistas vencedores do prêmio Nobel no mundo, incluindo Milton Friedman, forte expoente da Universidade e do liberalismo em si. Paulo Guedes, em sua tese, ao contrário da maioria dos seus colegas latino americanos, propôs um modelo matemático sobre política fiscal ótima em um modelo de crescimento para uma economia aberta em dois setores. No Brasil, após ter terminado os estudos, o economista atuou em várias áreas, sendo professor da FGV, da PUC e do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, fundador do banco BTG Pactual, presidente do IBMEC, uma escola de negócios a qual ele, durante sua gestão na presidência, criou na instituição o primeiro curso de MBA sobre finanças no país, fundador do Instituto Millenium, um think tank (uma espécie de “fábrica de ideias”) brasileiro cujo objetivo é difundir as ideias dos pensamentos liberal e conservador no país, ambos sufocados pela hegemonia da esquerda desde a década de 80. Atualmente, Guedes é presidente da Bozano investimentos, uma empresa de investimentos que foi criada em 2013 com a fusão da BR investimentos – criada pelo futuro ministro -, a Mercatto Asset – gestora focada em fundos de ações, de crédito e multimercado -, e a Trapezus, que concentrava suas operações em estratégias quantitativas.
Os desafios de Paulo Guedes são os maiores e mais problemáticos que um ministro da fazenda poderia enfrentar. Primeiro, há a previdência social, que já apresenta déficit de 150 bilhões por ano e está prestes a entrar em colapso, pois a quantidade de pessoas que trabalham e bancam o sistema está diminuindo, ao passo em que a quantidade de pessoas dependentes, isto é, aposentados e pensionistas, está aumentando, fazendo com que o sistema demande uma reforma urgentemente, dado que boa parte dele é sustentado, na falta da reforma, com títulos do tesouro direto, o que faz a dívida pública nacional aumentar. O sistema chegou nesse ponto crítico porque o nosso modelo de seguridade social foi desenhado para um Brasil em que a expectativa de vida das pessoas era menor, então o Brasil cresceu, se desenvolveu, mas o modelo previdenciário não foi reformado o suficiente para acompanhar a nova realidade do país. O segundo grande desafio de Guedes é privatizar as mais de 400 estatais do Brasil ou abrir o capital delas, como os Correios, que por possuir um passivo trabalhista bilionário, não é interessante para o Estado vendê-lo no momento, dado que o referido passivo desvaloriza a empresa. Este é um problema porque é um processo de concessão e processos de concessão são os mais burocráticos possíveis, porque precisa do aval do Congresso Nacional, o qual encontra nomes contrários à privatização, os quais prometem ser a pedra no sapato do governo. O terceiro desafio é reformar completamente a legislação tributária do Brasil, a qual se reunida toda, isto é, todas as leis sobre ICMS, ISS, IPTU, CIDE e demais siglas abreviativas de impostos daria um assustador livro de 41 mil páginas e 7 toneladas. Nem é preciso dizer que com um sistema tributário desses as empresas gastam, além de já pagar os impostos, muito mais dinheiro com contadores, advogados e demais profissionais que calculam e cuidam dessa parte contábil, travando seu crescimento e consequentemente, a geração de emprego, que é o outro BO que Paulo Guedes terá para resolver. As políticas Econômicas do governo Dilma, como a contabilidade criativa ou pedaladas fiscais, isto é, usar dinheiro de bancos públicos para pagar benefícios sociais, conduta vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal e que resultou no impeachment da presidente, deixaram um estrago catastrófico nas empresas: muitas fecharam e as que sobraram, foram achacadas, sendo obrigadas a cortar gastos e, consequentemente, demitir funcionários. Uma das medidas que o futuro ministro propôs é a de zerar os impostos sobre a folha de pagamento, que são aproximadamente 40% do salário do funcionário. Se ele realmente conseguir fazer isso, pelo menos nos dois anos conseguintes já haverá uma alta na geração de empregos por dois motivos: as empresas terão mais dinheiro para contratar e investir e uma política desse tipo é um convite a empresas estrangeiras para virem investir no Brasil.
Com o receituário liberal defendido por Guedes, o Brasil tem tudo para sair de vez da crise e se tornar uma potência daqui a alguns anos, mas não dependerá única e exclusivamente do ministro, há por trás um Congresso com nomes, a exemplo dos petistas, que têm a maior bancada, os quais boicotarão o governo apenas para manter a situação de miséria e, sob esse argumento, voltar ao poder novamente para cometer as atrocidades políticas e econômicas que já cometeram, as mesmas que jogaram, inclusive, o Brasil onde está hoje. Caberá à sociedade e à militância de Bolsonaro se organizar no futuro, através de manifestações, para pressionar os parlamentares contrários às boas medidas que serão tomadas, a fim de impedir a influência e poderio de partidos inimigos do povo, como o próprio PT e sua linha auxiliar, o PSOL, que se diz contra a corrupção e contra o PT, mas defende que Lula é inocente e vota, nas sessões, exatamente como o Partido dos Trabalhadores.
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Bom dia folks,
Os desafios são grandes, mas uma hora precisam ser enfrentados. Não dá para continuar sustentando um estado do nosso tamanho.
No mais passando para desejar um Feliz 2019 a todos, com saúde, paz e prosperidade sob a proteção de Deus.
Feliz 2019!!
Feliz ano novo !!!
feliz ano novo para vocês também