A classe política brasileira parece que ainda não entendeu o fenômeno Bolsonaro. O mesmo digo da imprensa e da grande maioria dos analistas políticos.
Os que chegam perto do entendimento dizem que Bolsonaro reflete a antítese dos desacertos do lulopetismo e da corrupção institucionalizada. Outros foram um pouco além, tentando uma análise psicossocial, afirmando que Bolsonaro representa as aspirações da classe média. Mas pararam por aí.
Bolsonaristas adoram chamá-lo de “mito” e os opositores de todos os matizes desdenham disso, colocando os eleitores dele no mesmo patamar dos eleitores do petismo. Há algumas semelhanças no comportamento, mas as diferenças são enormes e acabam passando despercebidas para observadores menos atentos.
Bolsonaro em sua campanha não fez promessas mirabolantes e nem se comprometeu em solucionar, como num passe de mágica, os graves problemas que afetam o país após quase 30 anos de governos esquerdistas. Ele falou, um tanto vagamente, sobre a ruptura com uma velha forma de fazer política, o tão conhecido “toma lá, dá cá”. Não se comprometeu em oferecer cargos e recursos em troca de apoio. Pelo contrário, deixou claro que não faria isso, mas que buscaria escolher colaboradores pela competência e afinidade com os valores que defende. A única promessa que fez é que não toleraria mais a corrupção endêmica que assolou o país.
Elegeu-se sem um partido estruturado, sem um plano de governo abrangente, sem verba, sem tempo em Rádio e TV, contando apenas com o apoio crescente da população que passou também a atuar nas Redes Sociais de Internet. Mas contra ele teve a oposição de todos demais candidatos e da imprensa. Como explicar isso? Os simplistas garantem que foi uma facada que o elegeu. Foi bem mais que isso.
O verdadeiro fenômeno que Bolsonaro representa e é isso que faz dele um “mito”, é que além de ter sido o único candidato que defendeu valores, passou espontaneidade e sinceridade em suas falas. Mas, até mais que isso, representou as vozes de uma maioria até então silenciosa – independente de sexo, etnia, classe social e escolaridade – que tinha o profundo desejo de poder se orgulhar de ter nascido neste país, rejeitando ideologias que a única coisa que historicamente conseguiram foi a socialização da miséria e a criação de uma casta de favorecidos. Era um desejo latente que nele se canalizou.
Bolsonaro mostrou-se um patriota íntegro que colocou os interesses da Pátria acima de qualquer outro. E Pátria entendida no sentido amplo, mais até do que o torrão natal, mas a Nação e os valores que devem nortear seus rumos e destinos.
Nesse sentido, Bolsonaro foi e é a faísca que acendeu uma chama, um despertar da maioria da população para a convicção de que é possível mudar e nos tornarmos um país melhor. O mito não é ele, mas a consciência que ele despertou. E esse, não pode mais ser destruído ou derrubado, pois é maior que ele, maior que todos nós. É, principalmente, maior que os oportunistas, ressentidos e opositores. Esses, não entenderam ainda que não tem volta.
Laerte A Ferraz – para Vida Destra – 19/10/2019
Perfeito! Claríssimo e muito lúcido!!!
Olá. Sou Assistente Social e falar sobre “virtude” é quase que proibido na minha profissao marxista. Mas o “mito” chegou e os opositores NÃO querem entender a retomada do tema ‘valores’ e o amor à Pátria Amada Brasil.
Eu imagino o quão difícil seja se policiar nesse meio marxista. Estamos em uma nova era, gostem ou não gostem.