O que leva uma classe inteira de supostos artistas ao mundo paralelo da mentira, do ridículo, da estupidez sem limite, da falta de vergonha na cara, da falta de noção? Na minha humilde opinião: dinheiro, fama, dinheiro, poder, dinheiro.
É certo que, mesmo no passado remoto, em que existiam artistas, os que realmente se enquadravam nesse nome, havia necessidade de um bom financiador, geralmente um nobre, alguém com muita grana para patrocinar a elevação da alma humana por meio da arte.
Mesmo assim, o artista não precisava vender a sua alma ao seu protetor, mas ele tinha que ser bom, muito bom. Tinha que valer a pena, entendem? E, vejam bem, muitos valiam até mais. Obras que atravessaram o tempo e o espaço, e também a imensa ignorância humana, e são até os dias atuais, para quem não é um perfeito boçal, verdadeiros tesouros do mundo.
Ouvindo Arcângelo Corelli, compositor italiano que viveu entre os séculos XVII e XVIII, eu me pergunto: Senhor, Pai de toda sabedoria, o que aconteceu à humanidade nessas últimas décadas? A mesma coisa quando li Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, 1547-1616. Idem quando assisto a um filme de Charlie Chaplin ou leio alguns de seus textos.
Como é possível uma categoria inteira, no mundo todo, transformar-se em uma imensa gangue de estúpidos, medíocres, alienados, pobres de espírito e outros tantos adjetivos nada animadores? Os verdadeiros artistas encontram-se somente no passado? Ou será que a indústria gananciosa não permite que atualmente eles apareçam, encobrindo os olhos do respeitável público (desrespeitado há muito e a todo tempo) com essa grossa fumaça indecente de seres bestiais?
Ainda bem que temos registrados esses verdadeiros gênios do passado. Ainda bem que, pelo menos por enquanto, não nos é proibido viajar no tempo e encontrar os sonhos da mulher forte e decidida que foi Charlotte Brontë. Ainda bem que podemos ver Carlitos se equilibrar tão bem pela corda bamba em que sempre viverá o ser humano. Ainda bem que os verdadeiros artistas viveram e trabalharam muito antes desses nefastos de agora terem existido. Ainda bem que ainda temos memória. Mas eu me pergunto: até quando?
Gogol, para Vida Destra, 10/02/2.020.
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Bem…vejo que a classe artística se colocou como a herdeira da antiga nobreza pré-iluminismo…como burgueses lutaram não para por fim aos privilégios e retirada do poder absoluto…e sim para tomar para si …simples ver isso….basta ver…..os grandes artistas…tratados com todos os privilégios…ditando regras…valores…invejados…adorados..e colocados como seres especiais…não com sangue azul…mas..com cérebros privilegiados..acima de todos os mortais…jogador de futebol…o famoso…chamado de artista da bola…jornalistas….com arte investigativa…ou seja para ser especial…tem que ser artista..e para isso contam com o sonho dos pequenos que querem se transformar em grandes astros…ou mesmo com o apoio daqueles que tem certeza que não possuo o dom…e por isso idólatra…enfim…o que não contavam e que um novo período..das luzes está começando…nos tirando do rastros dos cometas que nos destrói…mas do verdadeiro sol…talvez..o que chamamos de Deus…este sim …o único artista…