Insisto em dizer que a esquerda é muito mais fiel do que qualquer religião do mundo. Para começar, via de regra, os principais pensadores da esquerda, como Karl Marx, Gramsci, Lenin e companhia, negavam, veementemente, a existência e o poder de Deus e se ofereciam como a solução das dúvidas, dos problemas e das carências humanas. Isso, por si só é uma usurpação. É um “querer ser igual ou maior que Deus”; substituí-lo. Se isso não é um grande exercício de fé, não sei mais o que é.
Esses doentios pais da utopia foram, por muito tempo, os baluartes da esquerda, os deuses da revolução, os senhores da sabedoria comunista. Apostaram na destruição dos valores e dos conceitos construídos por milênios. Determinaram que o cristianismo, a família e a cultura eram os principais obstáculos para a revolução. Por muito tempo seus seguidores investiram na engenharia social que levou o mundo à situação que vemos hoje. O que não previram foi o emburrecimento sistemático, até mesmo de seus líderes, frutos desta mesma engenharia social.
As esquerdas mundo afora adotaram, no decorrer das décadas, vozes cada vez mais distantes do academismo tradicional. No final década de 60, no Brasil, por exemplo, figuras como Zé Dirceu, Dilma e Lula já figuravam entre os líderes dos movimentos que intentavam a revolução, frustrada pelos militares. Nas décadas seguintes a aposta parece ter mudado de rumo, quando figuras com semblante sindical, de características messiânicas, como religiosos e sindicalistas, assumiram papel de protagonismo na liderança da esquerda no Brasil.
O fundo do poço parece ter sido atingido quando a esquerda brasileira ruiu com os casos de corrupção e as prisões de seus líderes, todos julgados e condenados dentro da legalidade, sem qualquer resquício de perseguição política. Na verdade, eles ainda contaram com as benesses dos amigos poderosos que possuem poder para soltar e prender qualquer um que lhes der na telha.
E o fundo do poço parece não ter fim. A esquerda percebeu que a imbecilização da população também afetou a sua organização. Quando vemos “filósofos” como Márcia Tiburi construindo uma narrativa para justificar o ato do assalto, podemos perceber que existe um sério problema de aproximação entre a realidade e a fábula. A reação das organizações esquerdistas foi inusitada. Ao invés de se reconduzirem ao velho academismo, apostaram em figuras idiotas, desprovidas de qualquer capacidade de diferenciar um abacaxi de um pêssego. A nova estratégia parece mirar o público que foi vítima do modelo educacional revolucionário de Paulo Freire. É uma tentativa de trazer aos inocentes úteis um tipo de liderança que possa estar no mesmo nível deles, (o fundo do poço).
Veja que o uso de adolescentes youtubers, cantores, artistas em geral e figuras semelhantes da política, é um recurso que aproxima os semelhantes. Não posso deixar de citar que isso é uma estratégia extremamente conveniente para o atual cenário sociocultural brasileiro. Ao que parece, a divisão do nosso povo em guetos enfraqueceu a maior parte das bases que o mantinha unido por algo que se assemelhava a um sentimento de nação. Quando vemos Paulo Coelho fazendo propaganda negativa do próprio país no exterior, ou mesmo cidadãos comuns torcendo, calorosamente, para que o Brasil se afunde na lama da crise econômica causada pela pandemia, percebemos que a esquerda investiu pesado na desconstrução do sentimento de pátria e criou uma “coisa social” capaz de torcer para a destruição do próprio país em nome de uma paixão por grupos que destruíram e trazem a promessa da reconstrução do Brasil.
Resta ao povo de bem assistir Anita, num chilique de…de…de… Anita mesmo, desejar que o 17 saia da tabuada, fazendo uma alusão ao número do candidato eleito para a presidência da República em 2018. Sejam bem vindos ao Brasil, um país que nunca venceu um prêmio Nobel de nada, que não produz tecnologia relevante, apesar de muitas mentes brilhantes, que não detém recorde algum em nada que não seja o maior bumbum e o maior silicone, mas que tem uma legião de pobres coitados que assumem Anita como representante. Que geração perdida!
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 11/02/2021.
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Crédito da Imagem: Luiz Augusto @LuizJacoby
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Enquanto a Educação brasileira não tiver uma radical reorientação, com demissões de esquerdistas, continuaremos a produzir gerações perdidas até o colapso que advirá disso. Parabéns, Davidson.
Parabéns por expor o tema!
Ela poderia tirar o “i” do nome artístico dela…