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O tratamento precoce sob fogo cruzado – Parte I

Recentemente em minha cidade, o presidente da Associação Paulista de Medicina Regional de Rio Preto, Dr. Leandro Colturato, escreveu um pequeno artigo no principal jornal do município comentando uma pesquisa com relação ao que os médicos pensam sobre a pandemia. Um trecho do artigo que me chamou a atenção foi aquele em que o médico fala sobre “Os mais assustadores números da pesquisa”. Mas o que seria tão assustador assim? Bem, logo em seguida ele aponta que 1/3 dos médicos estão adotando tratamento precoce preferencialmente com a Cloroquina. Logo adiante ele arremata dizendo que “Mesmo as maiores entidades científicas, nacionais e internacionais, comprovando a ineficácia e os riscos destas drogas na prevenção e tratamento da Covid-19, mais de 1/3 dos médicos continuam a prescrever.” (sic)

A despeito de todo o conhecimento que o senhor Colturato deve possuir em sua área, a declaração é infeliz e controversa. Infeliz, pois traria um grande problema ético para os médicos que estão a prescrever essas drogas. Ora, já que os remédios são “ineficazes e causam riscos à saúde do paciente”, como foi colocado, e mesmo assim os médicos os prescrevem, eles não deveriam ser responsabilizados? Neste caso, as drogas estariam em uma situação pior que o placebo. Como então enquadrar a atitude de um profissional assim: negligência, imprudência ou imperícia?

Em segundo lugar é controversa, pois o fato de algumas entidades médicas não os recomendarem não significa que há consenso entre a classe médica como um todo no sentido de negar o tratamento por alegada falta de evidências científicas. Na verdade, como veremos, há evidências a partir de estudos especializados apoiando o tratamento precoce e muitos médicos de diversas especialidades o estão recomendando. Por exemplo, no evento “O Brasil vencendo a Covid” realizado no Palácio do Planalto em 24 de agosto de 2020, um grupo de médicos chamados “Médicos pela Vida”, encabeçados pelos doutores Nise Yamaguchi, Osmar Terra, entre outros, representando mais de 10 mil médicos no Brasil, entregou uma carta aberta ao presidente Bolsonaro sobre a eficácia do tratamento precoce.

Portanto, a decisão de 1/3 dos médicos dessa pesquisa não é caso isolado e muito menos está fundamentada em falácias científicas, já que cada vez mais as evidências a favor do tratamento precoce se avolumam. 

 

O QUE DIZEM AS RECENTES PESQUISAS

 

Há de se indagar se o Dr. Colturato desconhece recentes estudos científicos que vão contra o seu negacionismo ou se simplesmente passou por cima deles num ato de omissão deliberada.

Seja como for, o caso é que há diversas pesquisas atestando a eficácia do tratamento precoce utilizando coquetéis de medicamentos já conhecidos tais como a Cloroquina, Ivermectina, Azitromicina, vitamina D e outros mais recentes no combate ao Coronavírus.

O site https://c19study.com traz um banco de dados de todos os estudos realizados até o momento utilizando Hidroxicloroquina (HCQ) em relação à COVID-19. Segundo os autores, são 247 estudos realizados, sendo que 177 foram revisados por pares.

Em uma live com o jornalista Fernando Beteti, a Dra. Lucy Kerr que se especializou na pesquisa com Ivermectina, afirmava haver mais de 50 estudos controlados, randomizados duplo-cego com pacientes, os quais se submeteram ao tratamento com a droga. No entanto, um estudo recente com Ivermectina, elevou esse número para 85, segundo o infectologista Fernando Suassuna.

Na opinião da Dra. Lucy Kerr, depois de agosto de 2020 não se justifica mais questionar o uso do tratamento precoce com Ivermectina dado o avanço das pesquisas e o aparecimento de um grande número de estudos atestando a eficácia do medicamento no tratamento da doença.

A Ivermectina, por exemplo, tem tido sucesso nos testes em laboratórios. Tanto é assim que há agora testes em andamento utilizando doses mais fortes da droga.

No site https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04712279 está publicado um estudo apontando para o fato de que doses mais altas de Ivermectina podem ser usadas com sucesso no tratamento da COVID-19. No sumário do estudo encontramos a seguinte declaração: “Com base na justificativa científica combinada com a evidência preliminar, a Ivermectina tem evidência suficiente para ser testada em doses mais altas em um RCT para COVID-19. Os pesquisadores propõem testar a Ivermectina em altas doses como tratamento para pacientes recentemente diagnosticados com COVID-19, com o objetivo de explorar o possível papel protetor da Ivermectina em altas doses na infecção por SARS-CoV-2 em termos de redução da duração clínica e da doença virológica e prevenção do uso de oxigênio, hospitalização, ventilação mecânica, morte e sintomas persistentes pós-COVID.”

A Dra. Kerr não está sozinha nessa batalha; outro médico a defender o uso da Ivermectina foi o Dr. Pierre Kory que discursou no Senado dos EUA sobre suas pesquisas, informando que, ao contrário do que dizem entidades nacionais e internacionais, a Ivermectina para tratamento profilático tem tido altíssimo sucesso de cura.

Em fevereiro deste ano a Associação Médica de Tokyo recomendou a Ivermectina para prevenção de casos graves de Covid-19. O presidente da Associação, Dr. Haruo Ozaki, em entrevista enfatizou que drogas antiparasitárias como “Ivermectina” devem ser administradas a pessoas infectadas por Coronavírus, dizendo que elas se mostraram eficazes na prevenção.

Enquanto isso, no Oriente Médio, estudos com Ivermectina, em Israel, comprovaram, com testes laboratoriais, resultados expressivos sobre a atividade antiviral do medicamento, reduzindo o tempo de infecção.

Cientistas israelenses estão agora testando um outro remédio, o novo spray EXO-CD24 que demonstrou uma eficácia de até 95% contra o vírus nos testes preliminares. O Brasil firmou parceria com Israel para participar da 3ª fase de testes do medicamento.

Um estudo no site da Biblioteca Nacional de Medicina aponta, entre outras coisas, que “os países com administração em massa de medicamentos de rotina de quimioterapia profilática, incluindo Ivermectina, têm uma incidência significativamente menor de COVID-19”. Dentre esses países, ele cita os da África, que fazem uso profilático da Ivermectina para combater infecções parasitárias.

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33259913/

Diante de pesquisas tão promissoras, tanto na África do Sul, quanto na França, médicos e entidades médicas estão solicitando autorização para ministrar remédios como a Ivermectina em pacientes com COVID-19.

Talvez seja por isso que vários países tais como Israel, EUA, Rússia, Espanha, Itália, Cuba e muitos outros usam agora remédios tais como a HCQ e a Ivermectina no tratamento da doença.

Muitos municípios brasileiros estão fazendo o tratamento com esses medicamentos e estão observando um progresso bastante significativo nos casos. Um exemplo é a cidade de Porto Feliz. Por outro lado, cidades e estados que proibiram o tratamento precoce explodiram em casos de óbitos por COVID-19, a exemplo do Estado de São Paulo.

Entretanto, só agora, o Ministério da Saúde tomou coragem e criou um protocolo de tratamento precoce com o uso da Cloroquina e outros remédios no combate a COVID-19.

 

ENTIDADES BRASILEIRAS QUE APOIAM O TRATAMENTO PRECOCE

 

No dia 12 de fevereiro, foi divulgado um manifesto assinado por dois mil médicos brasileiros, defendendo o uso do tratamento precoce contra o coronavírus.

E eles não estão sozinhos. Por exemplo, a Associação Médica do Rio Grande do Norte já havia defendido em coletiva de imprensa o tratamento precoce com tais medicamentos. Em contrapartida, a justiça do Rio Grande do Sul proibiu o uso no tratamento.

Apesar de ter sido acintosamente atacado pelo presidente da Associação Médica Brasileira (AMB) cujo parecer é contrário ao tratamento precoce, o Conselho Federal de Medicina é outra entidade a se posicionar a favor da liberação do tratamento.

Muito embora os negacionistas do tratamento precoce gritem “ciência”, “ciência”, “ciência”, ambos, ciência e cientistas é que não faltam para testemunharem que o tratamento antecipado no combate à doença realmente tem base cientifica e funciona. Cabe ressaltar que no ano passado um grupo de 25 cientistas brasileiros (que juntos somam mais de 69 mil citações cientificas), encabeçados pelo brilhante bioquímico brasileiro, Dr. Marcos Eberlin, escreveram duas cartas abertas a favor do uso da HCQ e do tratamento precoce.

 

OS ESTUDOS OBSERVACIONAIS SÃO VÁLIDOS?

 

Apesar da experiência empírica demonstrar que tais medicamentos funcionam, a opinião de muitas autoridades médicas vai no sentido de negar que tais estudos demonstraram quaisquer eficácias. Por exemplo, no dia 19/01/21 o Conselho Nacional de Saúde enviou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando que propagandas sobre tratamento precoce fossem retiradas, pois segundo a entidade, os medicamentos indicados no tratamento precoce não teriam comprovação científica.

Na contramão está um grupo de médicos chamados “Médicos pela Liberdade” que elucidou a questão da seguinte maneira: “Os estudos que temos (os melhores com nível de evidência II-B) indicam que o tratamento é eficaz. Esse nível de evidência foi aceito pela Sociedade Brasileira de Infectologia para elaboração de protocolo de, por exemplo, hepatite B”. Convém salientar que essa é a mesma entidade que afirma não haver evidencia cientifica para a cloroquina em estudos observacionais, mas atesta-os para a hepatite.

Continuando, eles chamam a atenção para o fato de que o conflito vai muito além de mera apresentação de evidências laboratoriais: “se você disser que hidroxicloroquina tem estudos observacionais, vão exigir que haja estudos controlados. Se houver observacionais controlados, vão exigir um observacional do tipo ‘quase experimento’. Se tiver, vão exigir experimental. Se tiver experimental controlado, randomizado duplo-cego, vão exigir triplo-cego multicêntrico peer reviewed [revisão por pares] com observação por 5 anos para verificar a mortalidade tardia.”

Como bem explicou o endocrinologista Flávio Cadegiani: “Não existir comprovação científica não quer dizer que não funciona”. E ressalta uma lógica que muitos fazem questão de não enxergar: “a respeito da alegada falta de comprovação científica dos medicamentos, também não houve tempo hábil para comprovar a eficácia das vacinas e, mesmo assim, elas estão sendo aplicadas. Se você abre exceção para vacinas, de modo a permitir o uso emergencial do produto, por que não abrir exceção para a medicação?”

Complementando a questão, o filósofo Olavo de Carvalho faz a seguinte observação: “Se cada remédio só pudesse ser usado depois da comprovação laboratorial, A MEDICINA AINDA NÃO TERIA NEM COMEÇADO.” (ênfase no original)

Olavo tem razão. Existe uma abordagem chamada “uso Off Label” que foi recentemente defendida pelo presidente da ANVISA em uma live do presidente Jair Bolsonaro. Trata-se do uso de medicamentos que, mesmo não tendo na sua bula indicação para determinado tipo de adoecimento, ainda assim é utilizado. Por exemplo, tem medicação que é para depressão que pode ser utilizada para dor; medicação para diabetes que é utilizada para diminuir a obesidade. Ela não foi criada para aquele tipo de doença, mas descobriu-se que ela funciona muito bem em outros tipos.

Este uso “Off Label”, que a medicina pratica há muito tempo, está sendo seguido pelos médicos indianos. Segundo o médico, Dr. Alessandro Loiola, “A Índia utiliza o tratamento precoce com HCQ desde o início da “pandemia” e como resultado “A Índia anotou na conta da Covid19 10 VEZES MENOS mortes por milhão de habitantes que o Brasil.” Lembrando que a Índia possui uma população 5 vezes maior do que a nossa.

Tenho para mim que o que define melhor esse fogo cruzado em torno do tratamento precoce não seja a falta de ciência, mas o excesso de política.

Estamos assistindo perplexos a autonomia do médico sendo tolhida por decretos governamentais e pela guerra ideológica. Como já é de costume, o médico, junto ao seu paciente, deve decidir a melhor forma de tratamento.

O problema é que a guerra política em torno do vírus e a criação de narrativas está tão grande que muitos médicos ficam com receio de prescrever o tratamento precoce e, com isso, muitos pacientes que poderiam ter sido curados, estão correndo risco de morte desnecessariamente.

 

MINHA EXPERIÊNCIA COM A COVID-19

 

Em meados do ano passado, fui infectado com o vírus. Em princípio, acreditei que estivesse apenas com uma gripe forte (minhas gripes têm um ciclo de 7 dias). Durante duas semanas fiz 3 testes rápidos e todos deram negativos.  Meus sintomas só pioravam com dores de cabeça aguda, mal-estar geral no corpo, falta de ar, tosse seca e no décimo dia perdi o apetite. Então resolvi ir ao médico.

Fui a um médico da rede pública que me aconselhou a voltar para casa e, como tratamento, me receitou um paracetamol e o isolamento social. Fui então a outro médico, sem ser do SUS, e relatei os mesmos sintomas. Ele me encaminhou para fazer o teste PCR e retirou 5 comprimidos de Hidroxicloroquina do bolso e me deu. Além da HCQ me receitou azitromicina, paracetamol e um xarope para diminuir a tosse. O PCR deu positivo. O tratamento durou 5 dias, mas no terceiro dia 90% dos sintomas haviam desaparecido. Dentro de um mês já estava completamente curado sem sintoma algum.

Não fiz isolamento social, não usei máscaras dentro de casa e mesmo assim, nem minha esposa nem meus dois filhos pegaram Coronavírus.

Esse mesmo médico me disse que, de todos aqueles que haviam sido tratados por ele com Hidroxicloroquina, nenhum necessitou ir ao hospital. E tem sido assim, sou testemunha da cura de dezenas de amigos e colegas que fizeram tratamento com Cloroquina ou Ivermectina. A maioria deles não precisou ser internada. Não é difícil ver testemunhos tanto de personalidades públicas tais como políticos, artistas, médicos, como de anônimos das redes sociais e grupos de WhatsApp, atestando a eficácia do tratamento.

Sim, funciona!

 

Continua no próximo artigo!

 

 

Paulo Cristiano da Silva, para Vida Destra, 23/02/2021.
Vamos discutir o Tema! Sigam-me no Twitter  @pacrisoficial , no Parler @Pacris e no Conservative Core @pacris

 

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2 COMMENTS

  1. No fogo cruzado que @pacrisoficial relata no tratamento precoce, ele tem nome e sobrenome “LOBBY FARMACEÚTICO”, puramente político. O tratamento do REDEMSVIR custa quanto?A OMS está reconhecendo a Hidroxicloroquina, mas o PDT quer processar Bolsonaro. Sem falar que o CFRM admite a prescrição off label. Agora mandar o paciente para casa tomar Dipirona para mim é crime!

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É natural de São José do Rio Preto, casado, servidor público com formação em Ciências Sociais e pós-graduado em Ciências da Religião e Teologia.