Minha mãe sempre me corrigia quando eu começava a fazer pirraça por alguma vontade que me era negada. Ela dizia para que eu parasse com “birra”. Birra é um comportamento mais comum em crianças e adolescentes, principalmente os mais mimados, que não conseguem lidar com o contraditório. Também chamamos, no interior, de arrelia. O menino arreliento é aquele que, quando seu time perde na pelada do campinho, ele recolhe a bola, que é sua propriedade, e vai-se embora dizendo: “Parei de brincar! Quero ver se vai ter pelada sem minha bola!”. É mais ou menos assim que vamos compreender o comportamento do Grupo Globo de Comunicação, com relação à alta na popularidade de Bolsonaro, sobretudo no Nordeste do país.
Durante os últimos 35 anos, o Grupo Globo se concentrou em produzir conteúdos para as massas, de maneira que os gostos dos brasileiros fossem o principal prato no cardápio da emissora. Novelas, futebol, Fórmula 1, noticiário, programas de entretenimento matinal, filmes, reprises e conteúdo infanto juvenil diversificado foram os grandes trunfos da emissora de TV que tinha a cara do Brasil.
Assim, quando se tornou a segunda maior emissora de TV do mundo, a Globo passou a ter um papel de formação cultural na vida dos brasileiros. Os artistas, as programações e o jeito Globo de ser passou a se confundir com o jeito brasileiro de ser. Com a morte de Roberto Marinho (1904-2003), o grupo passou a ser administrado pelos herdeiros do fundador. Aparentemente era um império intocado, que tinha caminho livre para se tornar, quiçá, a maior rede de TV do mundo.
Até aqui o texto se parece mais com uma pequena linha do tempo, muito superficial, do Grupo Globo. Porém, é necessário entendermos, pelo menos, este aspecto temporal da emissora para compreendermos como ela chegou ao estado agonizante em que se encontra.
A princípio, há de se ressaltar que o brasileiro tem entranhado nos seus costumes o hábito de assistir programas de TV como novelas, futebol e programas de conteúdos diversos. Isso faz parte de nosso povo; ou pelo menos fazia. Qualquer um se recorda da dificuldade que era, sobretudo no interior, para que as antenas analógicas de TV captassem sinal de qualidade. As antigas TVs de tubo ou mesmo as mais evoluídas, com transistores, não possuíam a capacidade de captar sinal das antiquadas antenas de TV, que ficavam nos topos dos morros das cidades de interior distribuindo um sinal muito ruim. Observe que, por mais difícil que fosse, a Globo sempre podia ser sintonizada. Isso era sinal de que a grande emissora tinha equipamentos e pessoal técnico capacitado para que o sinal chegasse aos quatro cantos do país.
Com todo esse aparato e contando com o vício que o brasileiro tem por televisão, a Globo dominou, com folga, o setor nos últimos 30 anos. Ciente desse poder, começaram a surgir interesses espúrios, principalmente no campo político. Com a bandeira de “luta contra a ditadura” empunhada nos anos 80, a Globo passa a responder aos interesses dos grupos políticos que se formavam em torno da possibilidade do fim do Regime Militar. Estes grupos, já sabemos, seriam os mesmos que saqueariam o Brasil nas décadas seguintes. Posando de democratas, os dirigentes da Rede Globo viram neste novo cenário a possibilidade de embarcar naquilo que a poderia tornar uma espécie de poder paralelo, fato que a levaria, como podemos ver nos dias de hoje, à ruína fiscal. Estou falando da captação de recursos públicos para a emissora. Com a subida dos “libertadores do Brasil” ao poder, a partir de 1989, a Globo passou a ter um papel importante no crescimento dos novos grupos políticos (que de novos não tinham nada). Também passou a ser fundamental no assassinato de reputações, como a do Dr. Enéas Carneiro, Silvio Santos e outros políticos e personalidades mais alinhados à direita.
Sabemos que todo trabalho tem um custo. O custo para todo esse auxílio aos grupos que hoje conhecemos como democratas, socialistas, comunistas, globalistas; como queiram, foi a literal “compra” de projetos de lei que assegurassem a destinação de dinheiro público ao setor midiático, de forma proporcional. Assim, sendo a Globo a maior emissora do país, teria a maior parte de recursos destinados a ela. Não estamos falando tão somente da Lei Rouanet ou de verbas publicitárias. Outro encalço a ser resolvido seria como driblar a tributação federal. Ou haveria uma sonegação bem organizada ou o perdão das dívidas. Neste texto não trazemos análises tributárias, nem mesmo algum tipo de planilha de dívidas. Para isso o Governo Federal disponibiliza dados em suas plataformas da Receita federal e outros órgãos do fisco.
No site “Cidade Acontece”, encontra-se:
“A astronômica dívida da Globo, segundo relatório da Price Waterhouse Coopers – Auditores Independentes, assinado por William J.N. Graham, no início de 2002 era de TRÊS BILHÕES, QUINHENTOS E OITENTA E TRÊS MILHÕES DE DÓLARES. Ou seja, mais de DEZ BILHÕES de reais.”
https://www.cidadeacontece.com.br/rede-globo-deve-mais-de-3-bi-e-pode-ir-a-falencia/
O que se passa na cabeça de cada jornalista ou editor do Grupo Globo quando absolutamente todos os seus veículos jornalísticos começam a atacar a realização de obras inacabadas e sucateadas pelos governos petistas? Simples: Alguma coisa deu errado na eleição de 2018! Isso fez com que algo fugisse do controle. Não é preciso ser gênio para se chegar a esta conclusão.
Vamos aos exemplos. Veja a obra de transposição do Rio São Francisco. Obra iniciada e sucateada pelos governos de Lula e Dilma. Desvios milionários, interrupções após confirmação de corrupção nos contratos, uso político da miséria do Nordeste e tantas outras constatações que nos fazem entender que a conclusão (diga-se de passagem, praticamente a construção total, devido ao estado de abandono em que a obra se encontrava) da transposição no setor onde Bolsonaro recentemente inaugurou uma das obras, é só o começo de uma verdadeira revolução numa região onde o capital político do PT e dos outros partidos de esquerda sempre foi a miséria daquela gente.
Para os desavisados, globomaníacos, que não conseguem ficar um dia sequer sem dar audiência ao choro global, é importante mostrar que a mesma emissora afirma, no site G1, em 11/12/2015, que:
“A obra começou em 2007, deveria ter acabado há três anos, mas o cronograma atrasou. O orçamento que era de R$ 4,5 bilhões agora já passa dos R$ 8 bilhões. O projeto pretende levar a água do rio para beneficiar 12 milhões de pessoas em quase 400 cidades de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Os contratos investigados são de R$ 680 milhões. A Polícia Federal disse que empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo e Coesa utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões do dinheiro público destinado à transposição.”
A militância global parece estar defendendo agora algo que constatou ser ilícito no passado!
Portanto, não só sabemos que algo deu errado, como sabemos que a Globo está inteiramente desesperada por algo de muito ruim que está próximo de acontecer. Já estamos assistindo ao fim de contratos de transmissão da Copa Libertadores da América, do monopólio na transmissão de campeonatos regionais de futebol e, mais recentemente, do fim do contrato de transmissão das corridas de Fórmula 1. As demissões de figuras de peso na emissora também mostram que existe um problema gravíssimo com a chegada de Bolsonaro ao poder. Esse problema é financeiro, e não existia; ou pelo menos era bem ocultado pelos detentores do poder político.
Agora resta tentar emplacar a narrativa de que Bolsonaro está usando as obras do PT para fazer sua campanha política, ou mesmo se apropriando da mesma estratégia petista para conquistar a confiança daquela pobre gente. Porém, com a força democrática das redes sociais, a Globo perdeu o posto de maior veículo produtora de cultura e divulgadora de notícias. Isso também explica o fato de as ridículas agências de checagem (nome bonito para a censura moderna) terem ligação direta com a emissora e com partidos e políticos que possuem ligações com a velha prática de derramar dinheiro público em grupos de mídia tradicionais.
Assim sendo, Bolsonaro e os conservadores que possuem voz nas redes sociais estão sendo combatidos pela Globo e suas agências de checagem. Não toleram o fato de o Presidente estar entregando obras ao invés de amontoados de concreto e restos de construções abandonadas. Se retorcem ao verem o dinheiro poupado por um ano e meio de governo com zero casos de corrupção ser aplicado em programas que fazem o Bolsa Família parecer uma esmola a troco de votos. Se mordem ao verem a popularidade de um capitão do exército, xucro e sem polidez subir a níveis altos.
Por que será que o Presidente e as obras que estão sendo entregues pela máquina de construir chamada Tarcísio Gomes de Freitas incomodam tanto a Globo? Onde ela esteve nas quase duas décadas de roubos e rombos no patrimônio do país promovidos pelo PT?
Estejam atentos! Mais ataques virão por aí. Todos com o mesmo enredo. Alguém tem que dizer aos editores da Globo que ela está sendo o principal cabo eleitoral de Bolsonaro.
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 1º/9/2020.
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Muito bom!! Estou seguindo no Twitter
A briga entre Bolsonaro e Globo começou com a negativa do editorial do Globo feito por R.Marinho em apoio à ditadura. Gostaria que fosse cassada a concessão, mas o Congresso pode derrubar. Por ora, espero ver o direito de resposta de Bolsonaro às 100.000 mortes.
Perfeito! Quanto mais o desespero, mais ataques.
Parabéns pelo excelente artigo!
Os ataques ao presidente deixam à mostra a insatisfação de grupos que usavam o Estado para proveito próprio e mostra também que existem críticos que desconhecem o conceito de continuidade, tão necessário ao bom funcionamento do Estado!
Eu sempre disse que a política é a cultura do sempre foi assim, sempre será e nunca vai mudar. Por isso eu já desistir de política, nunca muda. Acostumado e conformado já com isso. Desisto. Por isso que justifico o voto e lavo minhas mãos da política, no futuro, ñ me decepciono
Os ataques mostram o desespero de causa. E, ao contrário do que pretendem, quanto mais atacam, mais aumenta a popularidade do presidente. Eles não conseguem entender que a mentira foi inviabilizada pelas redes sociais e sua utilização desenfreada se volta contra o próprio emissor.