Há um ano, quando as restrições para combater a pandemia começaram, a frase que mais se ouvia era “são só quinze dias para achatar a curva”. Pois bem. Em nome do chamado bem comum a população, paulatinamente, passou a aceitar as restrições de circulação, por mais estapafúrdias que fossem, impostas pelas autoridades. E tudo em nome da ciência e do bem comum.
Só que ao longo de 2020 e também em 2021, o que mais se viu foram desvios de verbas para o combate à pandemia; hospitais de campanha desmontados antes mesmo do final do ano – ou depois de encerradas as campanhas eleitorais. O show de horrores dos governadores e prefeitos acabou quando o próprio Jair Bolsonaro expôs em suas redes sociais o quanto cada estado recebeu desde o início da pandemia.
Como resposta – e liderados pelo pior dos gestores da crise sanitária, João Dória – os governadores resolveram dobrar a aposta e apertaram ainda mais as restrições nos seus estados; chegando a dizer, inclusive, o que cada família pode ou não comprar no comércio local.
A resposta a tanta tirania veio neste domingo, 14 de março, em forma de protesto por todo o país. Casados de tantos desmandos, da burrice e das desastrosas medidas de combate ao COVID – que implicaram na perda de milhares de empregos e deixou ainda mais brasileiros na miséria – milhares de brasileiros tomaram as ruas numa das maiores manifestações da história recente do Brasil.
“A economia a gente vê depois” diziam eles. O “depois” chegou, junto com o limite da paciência do pagador de impostos. O Brasil não cansa, mas se cansou. E quem vai pagar a conta, a partir de agora, serão os mesmos que levaram o país ao caos social.
Que sejam todos democraticamente demitidos. E sintam na pele o mesmo desprezo que eles próprios tem pelos cidadãos que governam.
Lucia Maroni, para Vida Destra, 16/03/2021. Sigam-me no Twitter, vamos debater o tema! @rosadenovembroo
Crédito da Imagem: Luiz Augusto @LuizJacoby
Infelizmente @rosadenovembroo a maioria da população ficou em casa, sentado nos sofás de suas casas, assistindo televisão, que não noticiaram as manifestações, apenas a mídia alternativa.